Lançamento imperdível! Mario Adnet e Zé Nogueira apresentam “Moacir Santos: Choros & Alegria”, álbum ganha edição especial em vinil duplo pela Rocinante Três Selos!
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Choros & Alegria foi lançado originalmente em 2005, apenas em formato CD, pelo selo Biscoito Fino. Moacir Santos voltou novamente ao Brasil para acompanhar as gravações e durante encontros informais na casa de Mario Adnet, relembrava antigos choros que havia criado na década de 1940. Com o apoio do violonista e produtor e da revisão de Ricardo Gilly, as lembranças iam se transformando em partituras, repassadas ao time de músicos que gravaria o disco: Andrea Ernest Dias, Marcos Nimrichter, Ricardo Silveira, Teco Cardoso, Jessé Sadoc, Phillip Doyle, Armando Marçal, Cristovão Bastos, Nailor Proveta e até o trompetista norte-americano Wynton Marsalis, entre outros. Marsalis costuma dizer que Moacir Santos foi o músico que mais se aproximou de Duke Ellington.
Em Choros & Alegria não foram utilizados elementos regionais com formação comum aquela dos conjuntos de choro dos anos 1930 e 1940. A escolha de instrumentos para cada tema foi distinta, com guitarra elétrica, trio de violões e um acordeão, como em “Saudades de Jaques”, uma homenagem a Jackson do Pandeiro. As três derradeiras canções de Choros & Alegria são como um presente divino. “Samba Di Amante”, “Carrossel” e “Felipe” trazem a singular e intrínseca voz de Moacir Santos. Além dos “choros”, o álbum contém o que o maestro chamou de “alegrias” — composições de diversos períodos de sua trajetória que flertavam com jazz, samba, música infantil e temas circenses. O título original do disco seria Choros Negros, no entanto o compositor ficou desconfiado, pois queria trazer a sensação de felicidade às pessoas que ouvissem o álbum e assim sugeriu a mudança para Choros & Alegria.
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Esta edição Rocinante/Três Selos é em vinil duplo preto 180g, inclui capa dupla e texto do jornalista e escritor Bento Araujo, autor da série de livros Lindo Sonho Delirante.

Mario Adnet e Zé Nogueira apresentam Moacir Santos: Choros & Alegria
— Por Bento Araujo —
“Agora Eu Sei”. A composição de Moacir Santos que abre esse álbum teve uma origem curiosa, em 1970. Até os 16 anos de idade, o maestro pernambucano não possuía nenhum documento que atestasse sua data de nascimento, naturalidade e filiação. “Acontece muito mistério na vida de uma pessoa que não tem muito recurso, ou melhor, quase nada, naqueles sertões bravios lá do Nordeste, e eu fui um deles”, declarou para o Museu da Imagem e do Som (MIS) do Rio de janeiro, em 1992. O angustiante anseio pela identidade do maestro é compartilhado até hoje por grande parte da população brasileira, carente do imprescindível direito de cidadania. Depois de muitas buscas através dos anos, foi localizado no salão da Casa Paroquial de São José do Belmonte, no sertão pernambucano, o registro de batismo de “Muacy”, como estava grafado seu nome no documento. Da libertação dessa angústia que o assombrava há tempos, surgiu não somente “Agora Eu Sei”, mas também “What’s My Name”, canção que encerra o disco Saudade, lançado nos EUA pelo selo Blue Note, em 1974.
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Em depoimento a Rodrigo Calmanowitz, reproduzido no excelente livro Moacir Santos ou os Caminhos de um Músico Brasileiro, de Andrea Ernest Dias, o maestro revelou detalhes preciosos sobre a criação de “Agora Eu Sei”: “Minha vida é um encadeamento sem fim. Meu pai tinha largado a gente, minha mãe morreu quando eu tinha três anos, depois fugi da cidade. Eu me sentia como um órfão, sem saber direito o meu nome, nem quando nasci. Parecia uma criatura numa pedra no meio do mar, com as águas batendo, como se fosse as pessoas perguntando: ‘Quem é você? Qual o seu nome? Quando você nasceu? Onde você nasceu?’, e eu não sabia de nada. Mas agora eu sei. ‘Agora Eu Sei’ é o título de uma das coisas aí, uma música minha”.
O primeiro contato de Zé Nogueira com Moacir Santos aconteceu em 1982, quando o saxofonista estava em Los Angeles para gravar o disco Luz, de Djavan. Zé insistiu bastante para que Djavan convidasse Moacir para cuidar do arranjo de alguma canção do LP e foi assim que o maestro escreveu o arranjo de “Capim”. Foi durante essa temporada que Zé visitou Moacir em sua casa, em Pasadena, e provou o famoso feijãozinho da Dona Cleonice, esposa do maestro. Para Zé aquilo era uma tremenda alegria, ele que havia descoberto a obra de Moacir depois de garimpar, ainda nos anos 70, os três álbuns dele lançados pelo lendário selo Blue Note: Maestro (1972), Saudade (1974) e Carnival of the Spirits (1975). O cultuado Coisas, lançado pelo selo Forma em 1965, chegou ao conhecimento do saxofonista em sua integralidade somente na década de 1990, como aconteceu com uma grande parcela dos apreciadores do maestro pernambucano — prestes a ser redescoberto pelas próximas gerações. Mas nessa altura, Zé Nogueira já havia até tocado ao lado de seu guru, na primeira edição do Free Jazz Festival, em 1985.
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O compositor, violonista, arranjador e produtor Mario Adnet costuma dizer que sua vida se divide em antes e depois do encontro com Moacir Santos. A obra do maestro ele conheceu quando Zé Nogueira sugeriu um projeto envolvendo Moacir e um CD pirata com músicas do pernambucano caiu em suas mãos. Adnet ficou tão encantado que sugeriu uma pauta para o jornal O Globo, uma longa entrevista com Moacir Santos. No artigo de página inteira que foi capa do segundo caderno, Adnet ressaltava a gravidade do caso, alegando que os brasileiros vinham há décadas ignorando mais um dos gênios da nossa música. A semente estava plantada e em dois anos germinaria no projeto Ouro Negro, o primeiro fruto do esforço de Adnet e Nogueira em resgatar, compilar e apresentar a obra e o legado de Moacir Santos em seu próprio país.
Já a projeção internacional do maestro começou muito antes, quando Horace Silver esteve no Rio de Janeiro. Em visita à casa de Sérgio Mendes, o norte-americano ouviu e se encantou com “Nanã”. Ao perguntar de quem era a composição, Sérgio disse “é de um professor nosso”. Moacir falou mais sobre isso à revista Trip: “Eita, eu até me arrepio… Quando estava em Los Angeles, fui encontrar com Horace Silver. Durante um show, depois do intervalo, ele disse: ‘Senhoras e senhores, quero apresentar um nome, um músico brasileiro que vocês não conhecem, mas vão conhecer’. Isso foi uma premonição. Horace Silver era da Blue Note, para a qual acabei trabalhando”.
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Morando no Sul da Califórnia desde 1967, Moacir lançou poucos álbuns como solista (como a trilogia pela Blue Note), optando em trabalhar como ghost writer de Henry Mancini e Lalo Schifrin, em trilhas sonoras para o cinema e também como professor após o lançamento do álbum Opus 3 No. 1 (Discovery Records, 1979). Passaram-se mais de duas décadas para que o maestro voltasse a gravar, o que aconteceu em Ouro Negro (Universal, 2001), projeto de Zé Nogueira e Mario Adnet com a benção e a participação do homenageado, que voltou ao Brasil para gravar o CD duplo com novos arranjos de suas canções e ilustres participações de Gilberto Gil, Djavan, Joyce, João Donato, João Bosco, Ed Motta, Milton Nascimento, Muiza Adnet e Sheila Smith.
Enquanto Ouro Negro era forte em vocais e participações, o projeto seguinte de Nogueira e Adnet, Choros & Alegria surgiu com maior destaque ao lado instrumental, contendo antigas composições de Moacir que datavam dos anos 1940 aos 1990, a maioria delas inéditas. Debilitado e sem poder tocar desde 1997, quando sofreu um acidente vascular cerebral, o maestro participou de Ouro Negro e Choros & Alegria cantando, “com aquela voz grave e doce, como o seu sax barítono, dizendo e cantando o que você precisa ouvir”, como diz Zé Nogueira.
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Choros & Alegria foi lançado originalmente em 2005, apenas em formato CD, pelo selo Biscoito Fino. Moacir voltou novamente ao Brasil para acompanhar as gravações e durante encontros informais na casa de Adnet, relembrava antigos choros que havia criado na década de 1940. Com o apoio do violonista e produtor e da revisão de Ricardo Gilly, as lembranças iam se transformando em partituras, repassadas ao time de músicos que gravaria o disco: Andrea Ernest Dias, Marcos Nimrichter, Ricardo Silveira, Teco Cardoso, Jessé Sadoc, Phillip Doyle, Armando Marçal, Nailor Proveta e até o trompetista norte-americano Wynton Marsalis, entre outros.
Marsalis entrou em contato com a música de Moacir Santos quando ganhou de um amigo o CD Ouro Negro. Impressionado, ligou imediatamente para Mario Adnet, fazendo o convite para uma apresentação ao seu lado no festival francês Jazz in Marciac. A noite foi batizada de My Brazilian Heart Concert (The Music of Moacir Santos) e contou com Adnet, Zé Nogueira e Marcos Nimrichter. Marsalis costuma dizer que Moacir Santos foi o músico que mais se aproximou de Duke Ellington.
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Assim como Duke Ellington, Moacir criava música utilizando a orquestra como instrumento, escrevendo partituras para que cada um dos instrumentos contasse uma diferente história — a música executada democraticamente, em conjunto, uma engrenagem perfeita, onde todos eram importantes e ninguém era mais que ninguém. Foi esse o conceito utilizado em Coisas, que aliado ao espírito renovador do maestro e a sua abordagem afro-brasileira, apresentou uma instrumentação baseada em arranjos para bandas de câmara ao invés daqueles criados para as tradicionais big bands do jazz. Isso propiciou uma dinâmica mais solta, cristalina, principalmente na execução dos metais. Essa abordagem, praticamente uma escola criada por Moacir, foi adotada tanto em Ouro Negro como em Choros & Alegria. De se ressaltar também a característica do maestro em enfatizar os timbres graves e soturnos, inserindo trompete e trompa ao naipe de metais, assim como Gerry Mulligan fazia no início dos anos 1950.
Em Choros & Alegria, por exemplo, não foram utilizados elementos regionais com formação comum aquela dos conjuntos de choro dos anos 1930 e 1940. A escolha de instrumentos para cada tema foi distinta, com guitarra elétrica, trio de violões e um acordeão, como em “Saudades de Jaques”, uma homenagem a Jackson do Pandeiro.
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O título original do disco seria Choros Negros, no entanto o compositor ficou desconfiado, pois queria trazer a sensação de felicidade às pessoas que ouvissem o álbum e assim sugeriu a mudança para Choros & Alegria. Os “choros” são as dolorosas e nostálgicas lembranças da infância e adolescência: a partida da mãe quando ele tinha apenas três anos, as longas viagens de caminhão pelo sertão (retratada em “De Bahia ao Ceará”) e a descoberta do preconceito e do racismo ao seu redor.
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Além dos “choros”, o álbum contém o que o maestro chamou de “alegria” — composições de diversos períodos de sua trajetória que flertavam com jazz, samba, música infantil e temas circenses. As brincadeiras ficam por conta da experimental “Lemurianos”, alternando ritmos e compassos. O álbum também contém histórias irônicas e divertidas, como em “Vaidoso”, referência à falta de vaidade de Moacir, como relembrou sua esposa Cleonice no livro Choros & Alegria — Cancioneiro Moacir Santos: “O Moacir ensinou a todo mundo, botava a todos nas alturas, e ele próprio se descuidava tanto de sua própria carreira… Eu sempre falei para ele, cheguei uma vez a falar para o Quincy Jones num estúdio que a voz do Moacir é o sax-barítono. Ele tem uma maneira doce de tocar o sax-barítono”. Sendo assim, as três derradeiras canções de Choros & Alegria são como um presente divino. “Samba Di Amante”, “Carrossel” e “Felipe” trazem a singular e intrínseca voz de Moacir Santos.
Assim que lançado, o disco foi resenhado por Luiz Fernando Vianna na Folha de S. Paulo: “No processo de recuperação da obra de Moacir Santos, Choros & Alegria é um passo atrás que significa dois à frente. Ao gravar composições dos anos 40, feitas antes do revolucionário Coisas (1965), o time de músicos comandado por Mario Adnet e Zé Nogueira — o mesmo de Ouro Negro (2001) — abriu o já amplo arco de invenções do maestro pernambucano de 81 anos, radicado há 38 nos EUA. Como já se disse quando do lançamento em CD de Coisas, em 2004, Santos é soma, não exclusão. O que parecia óbvio diante dos amálgamas sonoros dos anos 60 e 70 se reforça com o aparecimento das criações mais antigas. Embora assentadas sobre um gênero definido, o choro, as músicas do jovem Santos incorporam influências várias. Os arranjos de Adnet e Nogueira deixam claro como, na obra de Santos, um choro não é mera reprodução de modelos, permitindo variantes surpreendentes. Nessa fase pós-Coisas, as criações de Santos já são como gêneros em si, cada música com sua própria estética, pouco se prendendo a bases preestabelecidas. Não por acaso, um dos destaques do disco se chama ‘Rota Infinito’, de 1975, gravada agora com a participação de Wynton Marsalis, o maior trompetista norte-americano vivo. Marsalis ficou tão entusiasmado com a obra de Santos que o comparou a Duke Ellington e exaltou a sua capacidade de unir, na mesma partitura, África, Brasil, Europa e EUA. Em suma, Moacir Santos é a world music do bem. Ou, apropriando-se do título da divina terceira faixa do CD, é o ‘Paraíso’”.
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Será que o fato de ter levado tanto tempo para seu talento finalmente ser reconhecido no Brasil era algo que atormentava Moacir? Em entrevista para a revista Trip, na ocasião do lançamento de Choros & Alegria (2005), ele respondeu: “Penso que as coisas, especialmente as controladas por forças sobrenaturais, só vêm na hora. Penso que foi cabível, o tempo foi exatamente o que tinha que ser. O que está acontecendo hoje já vale por tudo. Porque hoje estou bem para receber”. Ironicamente, um segundo e fatal derrame não demoraria a chegar, em agosto de 2006.
“Eu toco saxofone! Estou com fome! Quero comer!”. Era isso que Moacir chegava dizendo nas cidades do Nordeste por onde passava, depois de fugir na boleia de um caminhão aos 14 anos de idade. Andarilho e nômade por natureza, viajou fazendo música pelo Brasil, até se estabelecer nos Estados Unidos. Dos aprendizados com Koellreuter, Cláudio Santoro, Paulo Silva e Guerra Peixe até os ensinamentos que transmitiu a Baden Powell, Roberto Menescal, João Donato, Sérgio Mendes, Eumir Deodato, Dom Um Romão e Paulo Moura — todos respeitavam e admiravam o “professor”. Citando Roberto Quartin, produtor e fundador do selo Forma que lançou Coisas em 1965: “Moacir confere dignidade a tudo quanto escreve”.
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Tom Jobim e Vinicius de Moraes consideravam Moacir Santos o “patrono” da bossa. Tanto que Vinicius pede benção ao ouro negro, em meio a tantos outros ícones da música brasileira em seu “Samba da Benção”: “A bênção, maestro Moacir Santos / Não és um só, és tantos como / O meu Brasil de todos os santos / Inclusive meu São Sebastião / Saravá! A bênção, que eu vou partir / Eu vou ter que dizer adeus”.

Disco Mario Adnet e Zé Nogueira apresentam ‘Moacir Santos: Choros & Alegria’ • LP Vinil – edição especial • Selo Rocinante/Três Selos • 2005/2025
– instrumental / vocal –
Músicas / compositor
Lado A
A1. Agora eu sei (Moacir Santos) | 1970
A2. Outra coisa (Moacir Santos) | 1968
A3. Paraíso (Moacir Santos) | ca. 1988
A4. Vaidoso (Moacir Santos) | 1946
Lado B
B1. Flores (Moacir Santos) | 1946
B2. Saudade de Jacques (Moacir Santos) | 1947 / Dedicada ao amigo Jackson do Pandeiro
B3. Cleonix (Moacir Santos) | 1947 / Dedicada à esposa Cleonice Santos
B4. Ricaom (Moacir Santos) | 1946
Lado C
C1. De Bahia ao Ceará (Moacir Santos) | 1942
C2. Excerto Nº 1 (Moacir Santos) | 1968
C3. Lemurianos (Pâtâla). (Moacir Santos) | 1980
C4. Rota ∞ (Moacir Santos) | 1975
Lado D
D1. Samba Di Amante (Moacir Santos) | Meados dos anos 80
D2. Carrossel (Moacir Santos) | Por volta de 1978
D3. Felipe (Moacir Santos) | 1991 / Dedicado ao infante Felipe Pantoja
– ficha técnica –
Faixa A1 – Bateria: Jurim Moreira; Baixo acústico: Jorge Helder; Piano fender: Marcos Nimrichter; Guitarra: Ricardo Silveira; Percussão: Armando Marçal; Flauta: Andrea Ernest Dias; Sax soprano: Zé Nogueira; Sax alto: Nailor Proveta; Sax tenor: Marcelo Martins; Sax barítono: Teco Cardoso; Trompete: Vander Nascimento; Trombone: Vittor Santos; Trombone baixo: Antônio Henrique Bocão; Trompa: Philip Doyle; Voz: Muiza Adnet; Vibrafone: Jota Moraes; Orquestração: Mario Adnet, a partir do arranjo original de Moacir Santos e Curt Berg | Faixa A2 – Bateria: Jurim Moreira; Baixo acústico: Jorge Helder; Percussão: Armando Marçal; Piano: Cristovão Bastos; Piano eender: Marcos Nimrichter; Violão: Mario Adnet; Flauta: Andrea Ernest Dias; Sax soprano: Zé Nogueira; Sax tenor: Marcelo Martins; Sax baritono e flauta: Teco Cardoso; Trompete: Vander Nascimento; Trombone: Vittor Santos; Transcrição e ampliação do arranjo original de Moacir Santos: Zé Nogueira | Faixa A3 – Bateria: Jurim Moreira; Baixo acústico: Jorge Helder; Piano: Marcos Nimrichter; Guitarra: Ricardo Silveira; Flauta: Andrea Ernest Dias; Sax soprano: Zé Nogueira; Sax alto: Nailor Proveta; Sax tenor: Marcelo Martins; Sax barítono: Teco Cardoso; Flugelhorn: Vander Nascimento; Trombone: Vittor Santos; Trombone baixo: Antônio Henrique Bocão; Trompa: Philip Doyle; Orquestração: Mario Adnet | Faixa A4 – Bateria: Jurim Moreira; Baixo acústico: Jorge Helder; Piano Cristovão Bastos; Guitarra: Ricardo Silveira; Percussão: Armando Marçal; Sax tenor: Marcelo Martins; Trombone: Vittor Santos; Arranjo: Mario Adnet e Zé Nogueira || Faixa B1 – Bateria: Jurin Moreira; Baixo acústico: Jorge Helder; Piano: Cristovão Bastos; Guitarra: Ricardo Silveira; Percussão: Marçal e Elias Ferreira; Flauta e flautim: Andrea Ernest Dias; Clarinete: Nailor Proveta; Violão de 7 cordas: Marcello Gonçalves; Arranjo: Mario Adnet e Zé Nogueira | Faixa B2 – Bateria: Jurim Moreira; Baixo acústico: Jorge Helder; Piano e acordeon: Marcos Nimrichter; Guitarra: Ricardo Silveira; Percussão: Armando Marçal e Elias Ferreira; Sax barítono: Teco Cardoso; Arranjo: Mario Adnet | Faixa B3 – Bateria: Jurim Moreira; Baixo acústico: Jorge Helder; Piano: Marcos Nimrichter; Guitarra: Ricardo Silveira; Violão: Mario Adnet; Percussão: Elias Ferreira; Sax soprano: Zé Nogueira; Trompete: Vander Nascimento; Arranjo: Zé Nogueira e Mario Adnet | Faixa B4 – Bateria: Jurin Moreira; Percussão: Armando Marçal e Elias Ferreira; Baixo acústico: Jorge Helder // Trio Madeira Brasil – Violão: Zé Paulo Becker; Violão de 7 cordas: Marcello Gonçalves; Bandolim: Ronaldo do Bandolin; Arranjo: Trio Madeira Brasil || Faixa C1 – Bateria: Jurim Moreira; Baixo acústico: Jorge Helder; Piano: Cristovão Bastos; Percussão: Armando Marçal e Elias Ferreira; Flauta: Andrea Ernest Dias; Clarinete: Nailor Proveta; Sax tenor: Marcelo Martins; Trombone: Vittor Santos; Arranjo e Violão: Mario Adnet | Faixa C2 – Bateria: Jurim Moreira; Baixo acústico: Jorge Helder; Sax soprano: Zé Nogueira; Sax alto: Nailor Proveta; Sax tenor: Marcelo Martins; Sax barítono: Teco Cardoso; Arranjo original: Moacir Santos | Faixa C3 – Bateria: Jurim Moreira; Baixo acústico: Jorge Helder; Piano: Cristovão Bastos; Violão: Mario Adnet; Guitarra: Ricardo Silveira; Percussão: Armando Marçal; Flauta: Andrea Ernest Dias; Sax soprano: Zé Nogueira; Sax alto: Nailor Proveta; Sax tenor: Marcelo Martins; Sax barítono: Teco Cardoso; Trompete: Vander Nascimento; Trombone: Vittor Santos; Trombone baixo: Antônio Henrique Bocão; Trompa: Philip Doyle; Reorquestração: Mario Adnet, a partir do arranjo original de Moacir Santos e Curt Berg | Faixa C4 – Bateria: Jurim Moreira; Baixo acústico: Jorge Helder; Piano: Cristovão Bastos; Piano fender: Marcos Nimrichter; Guitarra: Ricardo Silveira; Percussão: Armando Marçal; Flauta: Andrea Ernest Dias; Sax soprano: Zé Nogueira; Sax alto: Nailor Proveta; Sax tenor: Marcelo Martins; Sax barítono: Teco Cardoso; Trompete solo: Wynton Marsalis; Trompete: Jessé Sadoc; Trompa: Philip Doyle; Trombone: Vittor Santos; Trombone baixo: Antônio Henrique Bocão; Arranjo: Mario Adnet || Faixa D1 – Bateria Jurim Moreir; Baixo acústico: Jorge Helder; Piano Fender Marcos Nimrichter; Guitarra: Ricardo Silveira; Violão: Mario Adnet; Percussão: Armando Marçal; Sax soprano: Zé Nogueira; Sax alto: Nailor Proveta; Sax tenor: Marcelo Martins; Sax barítono: Teco Cardoso; Trompete: Vander Nascimento; Trompa: Philip Doyle; Trombone: Vittor Santos; Trombone baixo: Antônio Henrique Bocão; Voz: Moacir Santos; Transcrição e Orquestração: Mario Adnet | Faixa D2 – Bateria: Jurim Moreira; Baixo acústico: Jorge Helder; Piano: Cristovão Bastos; Violão: Mario Adnet; Percussão: Armando Marçal; Sax soprano: Zé Nogueira; Sax alto: Nailor Proveta; Sax barítono: Teco Cardoso; Voz: Muiza Adnet e Moacir Santos; Transcrição e adaptação do arranjo original: Mario Adnet | Faixa D3 – Piano e teclado: Cristovão Bastos; Voz: Cezar Adnet Bava e Moacir Santos; Coro: Ana, Rafaela, Luisa, Mariana, Giovanna, Gabriela, Maria e Cezar; Coordenação do coro: Norma Nogueira; Arranjo: Moacir Santos || Direção e produção musical: Mario Adnet e Zé Nogueira | Produção executiva e coordenação do projeto: Mariza Adnet (Pimpini) | Assistentes de produção: Luciana Palhares, Jokak Kinet, Antônia Adnet e Inês Adnet | Gravado e mixado nos Estúdios Ar, no Rio de Janeiro em abril e maio de 2004 | Engenheiro de gravação e mixagem: Duda Mello | Assistentes: Leonardo Moreira e Igor Ferreira | Gravação adicional nos Estúdios Mega São Paulo | Produção executiva (SP): Roby Nunez | Masterização: Carlos Freitas (Classic Master) São Paulo | Projeto gráfico: Eduardo Varela | Fotografia: Guto Costa | Digitalização das partituras: Mário Adnet, Alexandre Loureiro, Marcelo Martins e Antônia Adnet | Assessoria jurídica: Denise Costa | Wynton Marsalis foi gentilmente cedido pela Blue Note Records | Agradecimentos: Cleonice Santos, Kati Almeida Braga, Olivia Hime, Genevieve Stewart, Thomas Evered (Blue Note), Jacinto Amaral, Eliane Costa, Claudio Jorge, Helio Hasselman, Guto Costa, Rique Pantoja, Eleonora e Cyro Batista || Edição Rocinante/Três Selos – 2025 – Coordenação geral: João Noronha, Sylvio Fraga e Wladymir Jasinski | A&R: Márcio Rocha, Rafael Cortes | Coordenação gráfica: Mateus Mondini | Coordenação técnica: Pepê Monnerat | Coordenação de prensagem: Vinicius Crivellaro | Licenciamento: Daniel Moura e Joe Lima | Texto e edição de conteúdo: Bento Araujo | Direção de arte: Bloco Gráfico | Design: Pedro Caldara | Masterização: Pepê Monnerat | Assessoria de imprensa: Pantim Comunicação / Tathianna Nunes e Dayw Vilar | Selo: Rocinante/Três Selos | Cat.: R3-070 | Formato: LP vinil | Ano: 2005/2025 | Relançamento: março 2025 | ♪Ouça o álbum: clique aqui | ♩Compre o disco LP: clique aqui.

Felipe (Moacir Santos) 1991
[Dedicado ao infante Felipe Pantoja]
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Nossa gloria de Deus
0 amor que é universal
Bem dizer que essa fonte infinita
Dá-nos suster pra suportar
E lutar contra toda tormenta da vida
Que é bem natural
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Este infante é da luz
Da luz que o calor nos traz
Quem souber que seu nome é Felipe
Sabe também do que ele é capaz
Uma coisa ele gosta de guerra
Pra Terra enfim viver em paz
Projeto Rocinante Três Selos
A paixão pelo vinil uniu, em novembro de 2023, três grandes nomes do mercado nacional em uma colaboração inédita: a fábrica Rocinante, localizada em Petrópolis, a Três Selos, renomada por sua seleção especial de lançamentos em vinil, e a Tropicália Discos, uma loja icônica do Rio de Janeiro com mais de 20 anos de expertise na divulgação da música brasileira.
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Essas referências do mercado se unem para apresentar com excelência algumas das obras mais marcantes da música brasileira, incluindo nomes consagrados como Chico César, Gilberto Gil, Hermeto Pascoal, Novelli, Tulipa Ruiz, Céu, Baiana System, Barão Vermelho, Anelis Assumpção, Dona Onete, Alceu Valença, Os Orixás, Chico Buarque, Djavan, Cólera, Tim Bernardes. Com um projeto gráfico inovador e utilizando as melhores prensas de vinil do país, essa parceria promete elevar ainda mais a música brasileira, celebrando sua riqueza e diversidade em cada lançamento.
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Série: Discografia da Música Brasileira / Música instrumental / Jazz / álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske