Médico ginecologista de Macatuba (SP) começou com a iniciativa em 2001 e ação se tornou projeto de lei em 2014.
– por Ana Borges/G1*
A cada parto realizado, uma muda de árvore. Foi com essa ideia que o médico ginecologista Calixto Felipe Hueb, de 69 anos, implantou o projeto ” Plantar”, em Macatuba (SP).
Em comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia (5), o profissional contou ao G1 como uma simples ação conseguiu com que mais de mil árvores fossem plantadas no município.
De acordo com ele, a ideia surgiu em 2001 por querer transformar o momento de um nascimento em algo marcante. Com isso, resolveu presentear toda família com muda. Atualmente, mais de mil árvores foram plantadas na cidade após a ação.
“Além da minha preocupação com o meio ambiente, achava muito frio apenas realizar o parto e mais nada. Agora, entrego o diploma de mãe, que vai com a foto do recém-nascido e a muda da árvore, para que possam cuidar do filho e dar sua contribuição ao meio ambiente, que é uma forma de também ajudar a preservar o futuro do filho”.
Projeto de lei
O médico afirma que, na época, foi desencorajado por diversas pessoas que não acreditavam que o projeto funcionaria.
“No início, eu pagava com o próprio dinheiro pelas mudas de árvores frutíferas e não frutíferas”, diz.
Porém, em 2014 a ideia se transformou em projeto de lei. Com isso, a prefeitura passou a custear todas as mudas e todos os bebês que nascem na maternidade ganham a sua própria árvore. Todos os médicos da maternidade foram integrado ao projeto que une vida e preservação ambiental.
“Quem tem quintal priorizamos árvores frutíferas como mudas de manga, abacate. Já quem vai plantar em praças ou áreas públicas, entregamos mudas não frutíferas”, explica.
Entrega
De acordo com o profissional, após o parto, as mães que são presenteadas pelo médico fazem questão de manter contato com o profissional seja pessoalmente ou pelas redes sociais.
” É muito engraçado, porque elas me mandam sempre fotos ou postam na minha rede social o crescimento do filho e da árvore. E eu fico muito feliz”.
Já perto de se aposentar, o médico diz que se sente muito orgulhoso de ver que o projeto deu certo.
“Eu quero continuar fazendo isso até morrer. É um trabalho de formiguinha, mas se todos derem a sua contribuição, fica mais fácil. Meu sonho é que esse projeto nunca morra, até porque ele está relacionado ao nascimento. E gostaria que se estendesse por vários lugares”, reforça.
fonte: G1