Monólogo "Claustrofobia", com Márcio Vito - foto: Nil Canine
Solo com Márcio Vito interpretando três personagens, que se cruzam dentro de um prédio empresarial no centro de uma metrópole brasileira, estabelecendo um jogo cênico dinâmico que transita entre a estranheza e o humor. Espetáculo ‘Claustrofobia’, texto de Rogério Corrêa e direção de Cesar Augusto está de volta em curtíssima temporada, no Teatro Firjan SESI.
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O monólogo conta com atuação visceral de Marcio Vito e direção de Cesar Augusto, ambos indicados aos prêmios Shell e APTR deste ano. Um ascensorista, uma executiva ambiciosa e um porteiro que sonha em ser policial. Pressionados pelo sistema, os três personagens se cruzam dentro de um prédio empresarial no centro de uma metrópole brasileira.
Completando 36 anos de carreira, o ator Márcio Vito interpreta este trio no solo “Claustrofobia”, estabelecendo um jogo cênico dinâmico que transita entre a estranheza e o humor. Idealizado e escrito por Rogério Corrêa, com direção de Cesar Augusto, o espetáculo reestreia dia 24 de março, deste ano, no Teatro Firjan SESI, no Centro do Rio de Janeiro, com sessões segundas e terças, até o dia 29 de abril. O espetáculo conta com seis indicações para os principais prêmios de teatro da cidade. Entre as indicações a peça traz na bagagem ator (Marcio Vito – APTR e Shell), direção (Cesar Augusto – APTR), cenário (Beli Araujo e Cesar Augusto – Shell) e iluminação (Adriana Ortiz – APTR).
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Através de três vidas que se entrelaçam, a peça expõe o isolamento e a alienação da vida urbana atual. O prédio onde se passa a história é um microcosmo das relações trabalhistas, humanas e sociais do país. O espetáculo parte de uma circunstância em que essas questões são não apenas a base das relações interpessoais, mas até definitivas para como os personagens enxergam si próprios e julgam o outro. “O texto põe uma lupa nos pensamentos e preconceitos que separam as personagens em classes às quais eles julgam pertencer, que realmente são diferentes entre si, mas eles apenas se imaginam mais distantes uns dos outros do que de fato estão”, diz Márcio Vito.
Desdobrando-se entre os três personagens, o ator ilustra a realidade com um humor ácido, característico da dramaturgia de Rogério Corrêa. O trio está comprimido entre o elevador e a portaria de um prédio de escritórios. Imigrante do interior do Brasil, Marcelino é tímido, introvertido e trabalha como ascensorista para mandar dinheiro para casa. Ele passa seus dias enclausurado, descendo e subindo, dentro de uma caixa metálica. Stella é uma executiva ambiciosa, uma espécie de coach de si mesma, que está começando em um novo emprego. O porteiro Webberson controla tudo da portaria, até mesmo a música que toca no elevador. Ele sonha em ser policial e ter em mãos uma arma que lhe traga poder. “Esses três personagens se esbarram num mesmo contexto arquitetônico, que é um prédio típico de centro empresarial. Se nos aprofundarmos um pouco mais, as situações acontecem em torno do ascensorista, que está dentro do elevador. São representações de um sistema traduzido pela arquitetura de um prédio. A partir daí vamos entendendo as humanidades”, diz Cesar Augusto.
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Idealizador do projeto, o autor Rogério Corrêa faz sua estreia no Rio de Janeiro como dramaturgo em espetáculo presencial. Radicado em Londres há 30 anos, já teve seus textos encenadas no formato on-line, em São Paulo e na Inglaterra. Afeito a temas políticos e polêmicos, ele teve a ideia de escrever “Claustrofobia” em 2009, durante uma temporada no Rio. “Neste período no Brasil, percebi como ainda tem muito ascensorista trabalhando. Descobri que, para mim, aquele trabalho era uma metáfora da alienação do capitalismo, do trabalho contemporâneo”, diz Rogério.
FICHA TÉCNICA
Texto: Rogério Corrêa | Direção: Cesar Augusto | Ator: Márcio Vito | Cenário e figurino: Cesar Augusto e Beli Araujo | Iluminação: Adriana Ortiz | Trilha sonora original: André Poyart | Assistente de direção: João Gofman | Direção de movimento: Andrea Maciel | Assistente de iluminação: Jandir Ferrari | Assessoria de imprensa: Paula Catunda | Fotografia: Nil Caniné | Redes sociais: Rafael Texeira | Designer gráfico: Rita Ariani | Produção: Malu Costa | Assistente de produção: Rômulo Chindelar | Contabilidade: Mauro de Santana | Realização: Treco Produções | Na rede: @claustrofobia.teatro / @marciovito / @rogerioncorrea / @cia66
SERVIÇO
Espetáculo: Claustrofobia
Temporada: De 24 de março a 29 de abril 2025
Dias/horários: segundas e terças, às 19h
Onde: Teatro Firjan Sesi Centro
Endereço: Avenida Graça Aranha, n. 1, Rio de Janeiro/RJ
Ingressos: R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia)
Compras online, sympla: clique aqui.
Duração: 60 min
Classificação: 16 anos
Gênero: Drama
Mais informações: @teatrofirjansesicentro / site
Rogério Corrêa – Com uma longa carreira nas artes dramáticas no Brasil e no Reino Unido, é roteirista, pela Universidade Goldsmiths, em Londres. Entre 2009 e 2012, trabalhou na coordenação do Núcleo de Roteiro e Dramaturgia da CAL. Entre as suas peças mais recentes, estão: “Renoir – A Beleza Permanece” (direção de Isaac Bernat, 2022), “Entre Homens” (direção de Cesar Augusto, 2021), “De Bar em Bar” (direção de Isaac Bernat, 2020), “The Spinning House” (Prêmio Player Playwrights 2018, categoria de Melhor Peça), “Bunker Theatre” (2017), “Connected” (Theatre503 em Londres, como parte do evento Red Like Embers – Contemporary Voices of Brazil), “Mona & I” (Teatro Cervantes em Londres – 2017, tendo ficado em segundo lugar na categoria de Melhor Comédia pelo grupo de dramaturgia Players Playwrights e indicada como Melhor Espetáculo) e “Sex Between Men in the 21st Century (Londres, 2019). Indicado na categoria de Melhor Produtor pelo Brazilian Press Awards UK, em 2017. Finalista duas vezes do Prêmio Brasil em Cena da Petrobras, com os textos “Na Real” e “Sexo Entre Homens no Século XXI”. Em 2018, foi curador e produziu, com Márcia Zanelatto o espetáculo “Brazil Diversity” (Theatre503 – Londres). A peça ganhou o Brazilian Press Awards 2018 na categoria de Melhor Projeto.
Cesar Augusto – Integra a Cia dos Atores desde a sua formação como ator, diretor e, eventualmente, como cenógrafo há 35 anos, e mantém há 15 anos, com seus parceiros, a Sede da Cia dos Atores, localizada na Lapa – Escadaria Selaron, onde atua como diretor artístico. Dirige o TEMPO_FESTIVAL há 10 anos. Foi diretor artístico da ocupação CÂMBIO, no Teatro Gláucio Gill e Teatro Café Pequeno, ambos indicados ao Prêmio APTR RJ de 2011 e 2012. Idealizador da residência HOBRA – Holanda/Brasil, esteve à frente, como curador da área de artes cênicas, do Instituto Galpão Gamboa, sendo indicado aos principais prêmios da cidade do Rio de Janeiro. Em 2016, recebeu o prêmio APTR na categoria Especial, pela multiplicidade de ações artísticas. Atuou em espetáculos como “Melodrama”, “Ensaio.Hamlet”, “Insetos” e “Conselho de Classe” – sendo este indicado aos prêmios Shell e APTR e tendo circulado pelo país e em diversos festivais internacionais na América Latina, América do Norte e Europa. Atualmente, participa do espetáculo “Julius Caesar – Vidas Paralelas”. Como diretor, esteve à frente de dezenas produções teatrais, como “Cerca Viva” e “LA CODISTA_BR”, entre 2022 e 2023; e “A Tropa”, que segue em circulação há sete anos. Durante a pandemia, dirigiu e atuou em diversos trabalhos que receberam indicações ao prêmio APTR, entre eles, “Entre Homens”, “Kabaré Online”, “FIGO” e “Processo Julius Caesar”. Entre 2022 e 2023, dirigiu dois espetáculos no Centro Cultural Oi Futuro: a obra teatral multimídia “BU!” e o infantil “Meus 2 Pais”.
Márcio Vito – Foi premiado no FIC Brasília por sua atuação em “No meu Lugar” de Eduardo Valente; e em Paulínia por “5x Favela” (ambos exibidos no Festival de Cannes). Está no elenco dos filmes “Um Animal Amarelo”, “A Vida Invisível”, “Deslembro”, “Campo Grande” e “Pendular”, entre outros. Na TV, estreou na minissérie “Amazônia”, de Glória Perez. Participou das novelas “Caminho das Índias”, “Cordel Encantado”, “Novo Mundo” e “Orgulho & Paixão”, além das séries “Filhas de Eva” e “Filhos da Pátria”. Foi do elenco fixo do programa de humor “Tá no Ar”. Em teatro, atuou e coescreveu as peças “Antes que Tudo Acabe” (NAI + National Theater of Scotland), dirigida por Renato Rocha, e “O que eu Gostaria de Dizer” (companhia brasileira), dirigida por Márcio Abreu. Destacam-se também suas atuações na peça “Incêndios”, com Marieta Severo, dirigida por Aderbal Freire-Filho, e em “Two Roses for Richard III”, coprodução da BufoMecânica com a Royal Shakespeare Company, com direção de Fábio Ferreira e Cláudio Baltar. No cinema em 2023, participou de “Nosso Sonho”, cinebiografia de Claudinho e Buchecha”, de Eduardo Albergaria, e “Minha Irmã e Eu”, com a Ingrid Guimarães e Tatá Werneck, direção de Susana Garcia. Em 2024, estará em “Malu”, de Pedro Freire, e “A Festa de Léo”, de Luciana Bezerra, primeiro longa do Nós do Morro. Na TV, estará em “Guerreiros do Sol”, na GloboPlay, série que integra as comemorações dos 60 anos de Rede Globo, 30 anos de Estúdios Globo e 100 anos do grupo O Globo.
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