Morreu na manhã desta quinta-feira (19), o artista plástico Francisco Brennand. Ele estava internado no Real Hospital Português após ser diagnosticado com um quadro grave de pneumonia. A informação foi confirmada por um amigo do artista. Em nota, o Hospital informou que o ceramista estava internado há 10 dias. O corpo de Brennand será velado a partir das 16h na Capela Imaculada Conceição, na Oficina de Cerâmica Francisco Brennand, no bairro da Várzea. A cerimônia será aberta ao público. O local do sepultamento ainda não foi divulgado.
Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand iniciou a sua formação artística em 1942, aprendendo a modelar com Abelardo da Hora (1924). Em seguida, recebeu influências de pintura de Álvaro Amorim e Murilo Lagreca. Em seus quadros, estão presentes flores e frutos que parecem flutuar no espaço, explorando o uso de linhas simplificadas e cores puras. O gosto pela cerâmica foi incentivado por obras de Pablo Picasso, Joán Miró e Léger que teve contato durante uma estada em Paris.
Ceramista, escultor, desenhista, pintor, tapeceiro, ilustrador e gravador, o recifense começou a se enveredar pelas artes no fim da década de 1940, primeiramente se dedicando à pintura. Em seus quadros, pintava flores e frutos com linhas simples e cores puras. Migrou para a cerâmica inspirado na obra de Pablo Picasso, Joán Miró e Léger, que conheceu durante uma temporada em Paris. Entre 1958 a 1999, realizou diversos painéis e murais cerâmicos em várias cidades do Brasil e dos Estados Unidos.
Mas foi em 1971, reformou a fábrica de cerâmica abandonada de seu pai, nas cercanias de Recife, então quase abandonada, e fez dele a Oficina Brennand, misto de ateliê com parque de esculturas, que ele recheou de seres gigantescos e fantásticos.