‘Cuíca imortais: de João Mina a Boca de Ouro’, livro conta a história de um dos instrumentos musicais mais brasileiros através da história de seus mestres. Obra tem autoria de J. Muniz Jr. e Paulinho Bicolor.
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Dois entusiastas da música popular brasileira se unem para desenvolver – pela primeira vez – uma história de um dos instrumentos símbolos do samba e do Brasil: a cuíca. O jovem pesquisador Paulinho Bicolor e o veterano escritor J. Muniz Jr. lançam o livro “Cuícas imortais: de João Mina a Boca de Ouro”, primeiro volume de uma coleção com o objetivo de evocar renomados cuiqueiros e cuiqueiras que se consagraram por suas façanhas no decorrer do século XX.
Paulinho Bicolor, cuiqueiro, pesquisador e mestre em música pela UFRJ, fez desse livro o reflexo de uma paixão. Ele, que iniciou sua carreira como músico profissional aos dezessete anos, tocando cavaquinho em grupos de samba e de chorinho, hoje dedica-se exclusivamente à cuíca. Desde 2010, passou a aprofundar na história e na cultura da cuíca e manter um site com conteúdos sobre o instrumento. Mas uma visita ao mestre Osvaldinho da Cuíca, em São Paulo, marcou o ponto de partida desta jornada. Foi lá que Paulinho ouviu pela primeira vez o nome de J. Muniz Jr. A partir do primeiro encontro, uma amizade se desenvolveu, e a ideia de registrar a história dos grandes cuiqueiros do passado começou a ganhar forma.
“A minha primeira visita ao seu Muniz foi em julho de 2011. Passamos horas conversando em um cômodo de sua casa repleto de memórias, condecorações, flâmulas, fotografias, recortes de jornal, documentos, histórias e sabedoria. Foi como entrar em uma cápsula, atravessar um portal, e acessar tempos, lugares, personagens, que a cada palavra o seu Muniz descortinava, lembrando casos de suas andanças pelo Rio de Janeiro, de sua atuação em Santos e São Paulo, enfim, de toda a sua dedicação heróica, generosa, verdadeira e apaixonada ao samba, de cuíca sempre em punho. E a partir daquele momento ele se tornou a minha maior referência em relação à pesquisa do instrumento. Após uma live que fizemos juntos em 2020, voltamos a nos comunicar com mais frequência, sempre por telefone, e numa das ligações o seu Muniz propôs escrevermos um livro a quatro mãos sobre os grandes cuiqueiros do passado, que eram sempre assunto nas nossas conversas. Topei na hora!”, relata Paulinho Bicolor.
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Seria uma oportunidade única para colaborar com uma verdadeira lenda. Conhecido como Marechal do Samba, J. Muniz Jr. é um dos nomes históricos da X9 Santista, cuiqueiro emérito e consagrado historiador do samba, considerado um dos mais importantes intelectuais do gênero. Aos 90 anos, ele é uma biblioteca viva de conhecimento e atua – além da música – como jornalista e pesquisador da cultura afro-brasileira, com vários livros publicados sobre o universo dos sambistas.
“Foi um trabalho prazeroso, dentro do nosso gosto, isso devido ao forte relacionamento com a cuíca, um dos típicos instrumentos dos primórdios do samba adotado pelas primeiras escolas de samba do Rio de Janeiro. Trata-se, pois, de uma nova contribuição no cenário literário do samba, não só para os cuiqueiros, como para os pesquisadores e estudiosos do palpitante tema”, conta J. Muniz Jr.
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Apesar disso, o processo de criação da coleção “Cuícas Imortais” foi intenso e minucioso. Paulinho e Muniz mergulharam nas memórias, entrevistas e documentos para resgatar a trajetória de figuras importantes do mundo da cuíca, como João Mina, Oliveira, Ministrinho, Boca de Ouro, Generoso da Cuíca, entre outros.
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“No tocante à seleção dos cuiqueiros, foram considerados, tanto a antiguidade como a notoriedade, principalmente aqueles que foram projetados artisticamente no decorrer dos anos dourados do primoroso século XX. Dessa forma, artistas legendários e outros fascinantes personagens passaram a figurar, com todo calor humano, nas páginas desse inédito trabalho que leva o pomposo título ‘Cuícas imortais’”, relembra Muniz.
O resultado é uma obra que oferece um olhar detalhado sobre a vida e o legado desses músicos que tanto contribuíram para a imortalização de um instrumento tão característico do samba. Desde a elaboração do escopo do livro até a redação final dos textos, Paulinho e J. Muniz trabalharam em estreita sintonia para garantir que cada página refletisse com precisão a importância desses personagens para a música brasileira. O livro entra em pré-venda no site da Mórula Editorial no dia 21 de abril, data em que se comemora o Dia da Cuíca, efeméride reconhecida por Lei no calendário municipal do Rio de Janeiro, extra-oficialmente celebrada pelos amantes do instrumento de todo o Brasil.
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“Trabalhar nessa coleção, e nesse primeiro volume, especialmente, foi como ser um arqueólogo em busca de elos perdidos, vasculhando o passado da cuíca para reescrever a sua história através do resgate de personagens fundamentais que acabaram esquecidos no tempo”, conclui Paulinho.
LANÇAMENTOS
27/4 – Santos/SP – 16 horas
Realejo Livros
Av. Marechal Deodoro, 2 – Gonzaga
4/5 – Rio de Janeiro/RJ – 14 horas
Livraria Folha Seca
Rua do Ouvidor, 37 – Centro
Título: Cuíca imortais: de João Mina a Boca de Ouro
Autores: J. Muniz Jr. e Paulinho Bicolor
Editora: Mórula Editorial
Preço de capa: R$ 59
Brochura
Revisão: Marilia Pereira
Coordenação editorial: Vitor Castro
Colagem (capa): Glênio Nascimento
Páginas: 136
Dimensões: 140 x 210 x 10mm
ISBN: 978-65-6128-019-8
* Compre o livro: Clique aqui.
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“Se samba ao som de cuíca era coisa antiga e bem provada, ‘Cuícas imortais’, de J. Muniz Jr., historiador do samba, e de Paulinho Bicolor, músico e pesquisador do gênero, chega para tirar da sombra, com rara justiça cultural e social, os mestres cuiqueiros” (Carlos Didier)
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“Ao relembrar as trajetórias dos grandes construtores dos modos brasileiros de tocar cuíca, os autores prestam ainda um serviço inestimável à historiografia do samba, chamando para a grande roda do tempo – pelo nome – aqueles que, a partir das gramáticas do tambor, ousaram preencher o vazio com sonoridades inusitadas” (Luiz Antônio Simas)
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“No universo do Samba, é comum que ganhem fama o compositor, intérprete, casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, diretores de Escolas de Samba e alguns passistas. Porém, os operários do Samba, isto é, aqueles que garantem o seu ritmo, na maior parte das vezes, padecem na sombra do esquecimento da história. Este livro não é apenas original pelo fato de se propor a traçar perfis biográficos de cuiqueiros e cuiqueiras. A obra de Muniz e Bicolor é original também porque homenageia os anônimos do ritmo Samba” (Eduardo Pontin – Instituto Cultural Glória ao Samba)
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