sexta-feira, dezembro 20, 2024

Nicette Bruno – o amor pela arte e a vida

“Eu nem percebi que esse tempo todo passou. Eu sempre fiz teatro com muito amor e, quando isso acontece, a gente não sente o passar dos anos”
– Nicette Bruno

Nicette Bruno, pioneira da TV no Brasil, faleceu na manhã de domingo (20/12/2020), aos 87 anos. Ela estava internada com Covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio.

Esboço biobibliográfico da atriz Nicette Bruno

Uma dama, uma enciclopédia do teatro e da televisão brasileira, essa é Nicette Bruno!

Nicette Xavier Miessa; na arte, “Nicette Bruno“, assim, a atriz se apresenta. “A família da mamãe era Bruno. Como era toda muito voltada para o lado artístico, adotei esse nome. O lado do papai era mais financista, não tinha muito a ver”. Nicette nasceu no dia 7 de janeiro de 1933, em Niterói, no Rio de Janeiro, filha de Eleonor Bruno Xavier, médica e atriz, e Sinésio Campos Xavier, que se dedicava às finanças, ocupando cargo no Tesouro Nacional. Desde muito pequena, adotou a arte como profissão. Iniciou a carreira artística aos 4 anos, na Rádio Guanabara, no programa infantil de Alberto Manes.

“Eu estudei até o segundo clássico, e não cheguei a me formar. A única formação que eu tenho é a de piano, no Conservatório Nacional, além de sempre me dedicar ao estudo do teatro. Na rádio, comecei aos 4 anos, declamando, cantando. Aos 6 anos, fui estudar piano e tocava na própria rádio.”

Cinco anos depois, Nicette ingressou no grupo de teatro da Associação Cristã de Moços, e os palcos entraram de vez na vida da atriz. De lá, foi para o Teatro Universitário, de Jerusa Camões, e o Teatro do Estudante, criado por Paschoal Carlos Magno. Aos 14 anos, já era profissional, contratada pela Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais. Na companhia, estreou na peça A Filha de Iório, de Gabriele D’Annunzio. Sua atuação como Ornela lhe valeu a medalha de ouro de Atriz Revelação pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais.

E foi no teatro que Nicette, aos 19 anos, encontrou o amor de toda a sua vida: o também ator Paulo Goulart. Em 1952, a carioca e o paulista de Ribeirão Preto conheceram-se no palco e trocaram os primeiros beijos nos camarins durante os intervalos do espetáculo Senhorita Minha Mãe, de Louis Verneuil, no Teatro de Alumínio, na Praça das Bandeiras, futuro Paço Municipal, em São Paulo. Da união, oficializada em fevereiro 1954, nasceram três filhos: os atores Paulo Goulart Filho, Bárbara Bruno e Beth Goulart. O ator faleceu em 2014, prestes a completar 60 anos de casado.

“Eu e Paulo tínhamos uma afinidade cênica muito grande. Tanto que nos conhecemos em cena, né? Trabalhar juntos era muito bom, porque tínhamos a mesma seriedade, sabíamos separar a nossa relação. Quando estávamos em cena, éramos personagens, não a nossa individualidade.”

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Nicette Bruno e Paulo Goulart

Nicette e Paulo Goulart fundaram em 1953 a companhia Teatro Íntimo de Nicette Bruno, o Tinb, que contou com a participação de atores como Tônia Carrero, Rubens de Falco e Walmor Chagas. “Fizemos uma série de apresentações no Tinb, onde também estreou o Antunes Filho, como diretor da peça Weekend, do Noël Coward”, relembra. Ainda durante as décadas de 1950 e 1960, Nicette integrou praticamente todas as principais companhias de teatro do país, sendo reconhecida e premiada. Mesmo depois de embarcar na televisão, a atriz nunca deixou os palcos.

A era da televisão ao vivo  

Nicette Bruno também foi uma pioneira da televisão. Estreou na TV Tupi tão logo ela foi inaugurada, em 1950, fazendo participações em recitais e teleteatros, como em A Corda, dirigido por Cassiano Gabus Mendes. Também na emissora, a atriz atuou na primeira adaptação do Sítio do Picapau Amarelo, feita por Tatiana Belinky e Júlio Gouveia e exibida de 1952 a 1962. Anos depois, de 2001 a 2004, viveria a Dona Benta na segunda versão do seriado produzida pela Globo. Após a experiência na TV Tupi, trabalhou no programa Dona Jandira em Busca da Felicidade (1953), da TV Continental, junto com Paulo Goulart. “Tudo isso era a época de televisão ao vivo, não havia ainda o videoteipe. Nós fazíamos televisão como fazíamos teatro. Era um teatro televisionado. Com o videoteipe, começou-se a se criar uma nova linguagem de atuação em televisão”.

Sua primeira telenovela foi Os Fantoches (1967), de Ivani Ribeiro, na TV Excelsior. A atriz participou ainda de novelas de grande sucesso na extinta Tupi, entre as quais Meu Pé de Laranja Lima (1970), de Ivani Ribeiro, a partir do romance de José Mauro de Vasconcelos; Éramos Seis (1977), de Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, uma adaptação do livro de Maria José Dupré; e a inacabada Como Salvar Meu Casamento (1979), de Edy Lima, Ney Marcondes e Carlos Lombardi, a última produzida pela emissora.

“Foi triste. Durante um ano, sofremos muito, mas mantivemos o entusiasmo. Isso faz parte do artista brasileiro: ele não sucumbe, não entrega os pontos facilmente.”

Entrada na Globo

Convidada pelo ator e diretor Fabio Sabag para participar do seriado Obrigado, Doutor, Nicette Bruno começou a trabalhar na Globo em 1981. Seu papel foi o da freira Júlia, auxiliar do protagonista Francisco Cuoco. Sua primeira novela na emissora foi Sétimo Sentido (1982), de Janete Clair, na qual interpretou Sara Mendes, mãe da paranormal Luana Camará (Regina Duarte). Em seguida, foi a misteriosa cozinheira Isolda na novela Louco Amor (1983), escrita por Gilberto Braga. “Era uma personagem interessantíssima, que guardava o segredo da novela. Foi um trabalho muito contido. Só no fim é que a personagem tinha uma grande cena, na qual se esclarecia o grande mistério da história”, diz.

Depois, participou de duas minisséries de grande sucesso: Meu Destino é Pecar (1984), adaptação da obra de Nelson Rodrigues feita por Euclydes Marinho, e Tendas dos Milagres (1985), adaptada da obra de Jorge Amado por Aguinaldo Silva e Regina Braga.

“Os personagens do Nelson têm uma intensidade dramática muito grande. A minha personagem, por exemplo, usava um véu para esconder a sua verdadeira personalidade, como faziam as senhoras da sociedade daquela época; personagens presas a preconceitos.”

A atriz trabalhou ainda no remake da novela Selva de Pedra (1986), de Janete Clair; em Bebê a Bordo (1988), de Carlos Lombardi; na novela Rainha da Sucata (1990), de Silvio de Abreu; em Perigosas Peruas (1992), de Carlos Lombardi; e no remake de Mulheres de Areia (1993), de Ivani Ribeiro, em que viveu a fútil Julieta Sampaio. “Ela só gostava de ser chamada de Juju. Fui para Cuba, para um encontro de teledramaturgia, e a novela estava sendo exibida naquele país. No desembarque, no aeroporto, eu ouvi: ‘Iuiú! Iuiú! Iuiú!’ Mais tarde, percebi que era ‘Juju’. Fiquei surpresa”, relembra.

A malvada Úrsula, de O Amor Está no Ar (1997), foi a sua primeira vilã em novelas da Globo. Depois, atuou em minisséries como Labirinto (1998), de Gilberto Braga, e Aquarela do Brasil (2000) de Lauro César Muniz, na novela Andando nas Nuvens (1999), de Euclydes Marinho, e nos programas Você Decide e Brava Gente.

“No teatro, eu já havia feito muitos personagens fortes, negativos. Na TV, foi engraçado, porque acho que o público não acreditou muito”

 

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Nicette Bruno no papel de Dona Benta na segunda versão do ‘Sítio do Picapau Amarelo’, da TV Globo. foto: ©Antônio Gaudério/Folhapress

A doce Dona Benta

Entre 2001 a 2004, trabalhou na nova versão de um dos maiores sucessos da televisão brasileira, o Sítio do Picapau Amarelo.

“O diretor Roberto Talma queria que a Dona Benta tivesse uma identificação com a criança de hoje, mas preservando a essência da personagem. Achei muito interessante a ideia de ela se comunicar com o Pedrinho via internet, ao mesmo tempo dizendo ao neto: ‘Olha, tem tempo que você não me escreve uma carta ou um bilhete. Não devemos nos comunicar só por meio do computador. A emoção da escrita é muito grande, e eu quero sentir essa sensação’. Fiquei conhecida pelo público como Dona Benta”.

A atriz voltou a atuar em telenovelas em 2005, quando viveu a Ofélia de Alma Gêmea, de Walcyr Carrasco, uma das maiores audiências da história da Globo na faixa das 18h. No ano seguinte, Nicette Bruno foi escalada pelo autor para fazer uma homenagem a Ivani Ribeiro (1922-1995), no primeiro capítulo do remake de O Profeta, adaptada por Thelma Guedes e Duca Rachid. A atriz interpretou a personagem Cleyde Alves de Freitas, o verdadeiro nome da novelista, de quem fora muito amiga. Depois, ela integrou o elenco de outra novela de Walcyr, Sete Pecados (2007), na qual deu vida à Julieta, a Juju, grande amor de Romeu, personagem de Ary Fontoura. Em 2010, viveu a Júlia Spina, mãe do costureiro Jacques Leclair, pseudônimo de André Spina (Alexandre Borges), no remake da novela Ti-Ti-Ti, de Cassiano Gabus Mendes, escrito por Maria Adelaide Amaral.

Em 2011, Nicette Bruno interpretou a Iná de A Vida da Gente, de Lícia Manzo. No ano seguinte, atuou na novela Salve Jorge, de Gloria Perez, no papel de Leonor, uma viúva espirituosa e excêntrica, matriarca da família Flores Galvão. Em 2013, viveu Santinha, uma típica matriarca portuguesa, na novela Joia Rara, de Duca Rachid e Thelma Guedes. Em I love Paraisópolis (2015), novela de Alcides Nogueira e Mário Teixeira, Nicette interpretou Izabelita, acionista majoritária da empresa Pilartex e mãe de Soraya (Letícia Spiller). Em 2017, interpretou Elza, na novela Pega Pega. Era moradora da Zona Norte do Rio de Janeiro, irmã de Prazeres (Cristina Pereira) e tia de Júlio (Thiago Martins), abandonado por Arlete (Elizabeth Savala) quando criança.

Em 2020, a atriz, que interpretou a protagonista Lola na versão de 1977 de Éramos Seis, pela TV Tupi, ganhou uma homenagem na adaptação da trama, na Globo. Na reta final da novela, ela viveu a madre Joana, uma freira de um asilo em São Paulo. No local, ela encontra Lola, agora vivida por Gloria Pires.

Cinema e Literatura

Aos 14 anos, Nicette estreou no cinema em Querida Suzana (1947), com direção de Alípio Ramos. Nessa comédia, também estrelada por Anselmo Duarte e Tônia Carrero, a atriz interpretou uma jovem de uma escola de moças. Desde então, foram mais de dez filmes. Em 2018, fez uma participação especial em O Avental Rosa, de Jayme Monjardim.

Em 2010, Nicette e Paulo Goulart lançaram o livro Grandes Pratos e Pequenas Histórias de Amor, com receitas que o casal criou ou testou em seus almoços de domingo, ao lado da família e dos amigos.
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Fonte: perfil biobibliográfico/MemóriaGlobo.

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Nicette Bruno – acervo TV Cultura

A atriz e produtora, Nicette Bruno – participou de mais de 200 obras do teatro, televisão, cinema e rádio:

1945 O fantasma de Canterville (Teatro)
1946Romeu e Julieta (Teatro) – Julieta
19473200 metros de altitude (Teatro)
1947A filha de Iório (Teatro) – Ordella
1947Dias Felizes (Teatro)
1947Já é manhã no mar (Teatro) – Princesa
1947Querida Suzana (Cinema)
1948Anjo negro (Teatro) – Ana Maria
1948Cremont (Teatro)
1948Ele, ela e o outro (Teatro)
1948Fausto (Teatro) – Margarida
1948O balão que caiu no mar (Teatro)
1948Os homens… O mundo é nosso (Teatro) – Clara
1948/1949Trevas ardentes (Teatro)
1949A megera domada (Teatro)
1949As solteironas dos chapéus verdes (Teatro)
1949Convite à vida (Teatro)
1949Dias felizes (Teatro)
1949Família (Teatro)
1949Já é manhã no mar (Teatro) – Princesa
1949Mensagem sem rumo (Teatro)
1949 Na alcova da marquesa (Teatro)
1949O amor e a morte (Teatro)
1949O Balão que caiu no mar (Teatro) – Baleia
1949Os homens (Teatro)
1949Sorriso de Gioconda (Teatro) – Dora Hutton
1950Alegres canções na montanha / 3.200 Metros de Altitude (Teatro)
1950As águas (Teatro) – Edna
1950Branca de Neve (Teatro) – Branca de Neve
1950Caminhantes sem lua (Teatro) – Camila
1950Contrastes (Teatro) – Sonia
1950O Rei Maracá (Teatro)
1951De amor também se morre / Tessa (Teatro) – Tessa, além da Produção
1951Dias felizes (Teatro)
1952Amor versus casamento (Teatro) – Atuação e Produção
1952Grande Teatro Monções: De amor também se morre (Televisão) – Tessa
1952Grande Teatro Monções: Festim diabólico / A corda (Televisão)
1952Grande Teatro Monções: Fugir, casar ou morrer (Televisão)
1952Grande Teatro Tupi: De Nova York para Detroit (Televisão)
1952Grande Teatro Tupi: Esquina perigosa (Televisão)
1952O canto da saudade: lenda do Carreiro (Cinema) – Ela mesma
1952Senhorita minha mãe (Teatro) – Atuação e Produção
1952 Tele-Comédia Tupi: Senhorita minha mãe (Televisão)
1953Esquina da ilusão (Cinema) – Iracema
1953Improviso (Teatro) – Atuação e Produção
1953Ingênua até certo ponto (Teatro) – Atuação e Produção
1953Os amantes (Teatro) – Atuação e Produção
1953Week End (Teatro) – Sorel Bliss, além da Produção
1953/1954 É proibido suicidar-se na primavera (Teatro) – Atuação e Produção
1953/1954Teatro Nicette Bruno (Televisão)
1954Amor versus casamento (Teatro) – Atuação e Produção
1954Lição de botânica (Teatro) – Atuação e Produção
1954O primo da Califórnia (Teatro) – Atuação e Produção
1954Senhorita minha mãe (Teatro) – Atuação e Produção
1955Ingenuidade (Teatro) – Atuação e Produção
1955Teatro de Abílio Pereira de Almeida: O primo da Califórnia (Televisão)
1955Teatro do Rio da TV Rio: Ciúme (Televisão)
1955/1956 Bife, bebida e sexo (Teatro) – Atuação e Produção
1956 Poeira de estrelas 1956 (Teatro)
1956Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Casamento no Uruguai (Televisão)
1956Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Chuvas de verão (Televisão)
1956Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Feia (Televisão)
1956Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Felisberto do café (Televisão) – Dulce
1956Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Não mate o seu marido! (Televisão)
1956Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: O Sabetudo (Televisão) – Ester
1956Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: O último Guilherme (Televisão)
1956Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: O urso (Televisão)
1956Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Para servi-la, madame (Televisão)
1956 – Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Pivette (Televisão)
1956Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Sol de primavera (Televisão)
1957A vida não é nossa (Teatro) – Atuação e Produção
1957Marido magro, mulher chata (Teatro)
1957Os amantes (Teatro) – Atuação e Produção
1957Paixão da terra (Teatro)
1957TV de Comédia Tupi: É proibido suicidar-se na primavera (Televisão)
1957TV de Comédia Tupi: O amor que não morreu (Televisão)
1957TV de Comédia Tupi: O maluco nº 04 (Televisão)
1957/1958 Marido magro e mulher chata (Teatro)
1957/1958Marido magro, mulher chata – TV Paulista (Televisão)
1958Casal entre aspas (Teatro)
1958Grande Teatro Tupi: ciúme (Televisão)
1958Grande Teatro Tupi: De amor também se morre (Televisão) – Tessa
1958Grande Teatro Tupi: Um soldado em Nova York (Televisão)
1958Inimigos íntimos (Teatro) – Ivone
1958O filhote do espantalho (Teatro)
1958Suspeita (Televisão)
1958Um francês em nossas vidas (Teatro)
1958/1959Pedro Mico (Teatro) – Maria Aparecida
1959A compadecida (Teatro)
1959Grande Teatro Tupi: Os enamorados (Televisão)
1959Grande Teatro Tupi: Que o céu a condene (Televisão)
1959TV Continental: Isto é estória (Televisão)
1959O Guarani (Televisão)
1959Teatro câmera um: morte de encomenda (Televisão)
1959Teatro câmera um: Os olhos do cadáver (Televisão)
1959TV Continental: Teatro de ontem (Televisão)
1959Teledrama TV Continental: Um bonde chamado desejo (Televisão) – Blanche Dubois
1959/1960 TV Continental: Teleteatro das quartas feiras (Televisão)
1959/1963TV Continental: Dona Jandira em busca da felicidade (Televisão) – Dona Jandira
1960Pedro Mico (Teatro) – Maria Aparecida, além da Produção
1960Teledrama TV Continental: Quatro destinos (Televisão)
1961Inimigos íntimos (Teatro) – Ivone
1961Pedro mico (Teatro) – Maria Aparecida
1962Paixão da terra (Teatro) – Atuação e Produção
1962Zefa entre os homens (Teatro) – Zefa, além da Produção
1963O boi e o burro no caminho de Belém (Teatro)
1963Um elefante no caos (Teatro)
1964A megera domada (Teatro) – A Megera
1965O santo milagroso (Teatro)
1965/1966Escola de mulheres (Teatro) – Inês
1966A noiva do passado (Televisão)
1967Boa tarde, excelência! (Teatro) – Felícia, além da Produção
1967/1968 Os fantoches (Televisão) – Estela
1968As criadas (Teatro) – Produção
1968 O olho azul da falecida (Teatro) – Atuação e Produção
1968Os últimos (Teatro)
1968/1969A muralha (Televisão) – Margarida Olinto
1968/1969Legião dos esquecidos (Televisão)
1969/1970Sangue do meu sangue (Televisão) – Clara
1970A gordinha (Televisão) – Mônica Becker
1970/1971O meu pé de laranja lima (Televisão) – Cecília
1971/1972A fábrica (Televisão) – Clara
1972 A marcha (Cinema) – Lucila
1972Signo da esperança (Televisão) – Luísa
1972/1973Camomila e bem-me-quer (Televisão) – Margarida ‘Margô’
1973Rádio mulher (Rádio)
1973 Rosa dos Ventos (Televisão) – Madre Maria das Neves
1973/1974Divinas & maravilhosas (Televisão) – Helena
1973/1974Os efeitos dos raios gama sobre as margaridas do campo (Teatro)
1974O prisioneiro da segunda Avenida (Teatro)
1974 Papai, mamãe & cia (Teatro) – Atuação e Produção
1976Classe média, televisão quebrada (Teatro)
1976Papai, mamãe & cia (Teatro) – Atuação e Produção
1976/1977 – Papai coração (Televisão) – Sílvia
1977Éramos seis (Televisão) – Eleonora Abílio de Lemos ‘Dona Lola’
1978Casal classe média, Televisão Quebrada (Teatro)
1978/1979Salário mínimo (Televisão) – Zilda
1979/1980Como salvar meu casamento (Televisão) – Isadora ‘Dorinha’
1980Dona Rosita, a solteira (Teatro) – Atuação e Produção
1980/1981Mãos ao alto, São Paulo! (Teatro) – Atuação e Produção
1981Mãos ao alto, Rio! (Teatro) – Atuação e Produção
1981Obrigado, doutor (Televisão) – Irmã Júlia
1982Os efeitos do raio gama nas margaridas do campo (Teatro)
1982 Sétimo Sentido (Televisão) – Sara Mendes
1982/1983Agnes de Deus (Teatro) – Madre Mirian Ruth
1983Caso Verdade TV Globo: Chico Xavier, um infinito amor (Televisão)
1983Caso Verdade TV Globo: Procura-se amor (Televisão)
1983 Louco amor (Televisão) – Isolda Becker
1983Quarta Nobre TV Globo: O fantasma de Canterville (Televisão) – Mary Anne
1984Ao papai com dinamite e afeto (Teatro) – Atuação e Produção
1984Boa noite, mãe (Teatro) – Mãe, além da Produção
1984Meu destino é pecar (Televisão) – Clara Castro
1985Caso verdade: cartas marcadas (Televisão)
1985Flávia, cabeça, tronco e membro (Teatro)
1985Tenda dos milagres (Televisão) – Joana
1985/1986Trilogia da louca (Teatro)
1986Selva de pedra (Televisão) – Fanny Marlene
1986/1987A casa de Bernarda Alba (Teatro) – Pôncia
1987Aviso prévio (Teatro) – Atuação e Produção
1988À margem da vida (Teatro) – Atuação e Produção
1988/1989 Bebê a bordo (Televisão) – Branca Ladeira
1989/1990Meu reino por um cavalo (Teatro) – Atuação e Produção
1990Flávia: cabeça, tronco e membros (Teatro)
1990Rainha da sucata (Televisão) – Neiva Pereira
1991Céu de Lona (Teatro) – Paloma, além da Produção
1992 Perigosas peruas (Televisão) – Vivian Bergman
1993 Mulheres de areia (Televisão) – Julieta Sampaio ‘Juju’
1993Ulf (Teatro)
1994Enfim sós (Teatro)
1994Incidente em Antares (Televisão) – Lanja Vacariano
1995A próxima vítima (Televisão) – Antonina Giovanni ‘Nina’
1995Engraçadinha… seus amores e seus pecados (Televisão) – Maria José ‘Zezé’
1996Gertrude Stein, Alice Toklas & Pablo Picasso (Teatro)
1996/1997Roque Santeiro, o musical (Teatro)
1997O amor está no ar (Televisão) – Úrsula Souza Carvalho Uchoa
1998Labirinto (Televisão) – Edite
1998Mulher: amor secreto (Televisão) – Diná Brandão
1998Mulher: de braços abertos (Televisão) – Diná Brandão
1998 Mulher: ninho vazio (Televisão) – Diná Brandão
1998Sai de baixo: – Sexta, sábado e suingue (Televisão) – Ivone
1998Vila Isabel (Cinema)
1998Zoando na TV (Cinema) – Dona Xênia
1998/1999 Somos irmãs (Teatro) – Dircinha Batista
1999Andando nas nuvens (Televisão) – Judite Mota
1999Flora encantada (Televisão)
1999O belo e as feras: Desgraça Pouca é Bobagem (Televisão) – Eleonora
2000 Aquarela do Brasil (Televisão) – Glória
2000Brava gente: O Santo e a Porca (Televisão) – Benona
2000 Crimes delicados (Teatro) – Atuação e Produção
2000Você decide: A volta (Televisão) – Zélia
2001/2004Sítio do Picapau Amarelo (Televisão) – Benta Encerrabodes de Oliveira ‘Dona Benta’
2002Seja o que Deus quiser! (Cinema) – Velha maluca
2003/2004Sábado, domingo e segunda (Teatro)
2004Xuxa no mundo da imaginação (Televisão)
2005As alegres canções da montanha (Teatro)
2005/2006Alma gêmea (Televisão) – Ofélia Santini
2006A diarista: quem rouba tem! (Televisão) – Jane
2006O homem inesperado (Teatro) – Marta, além da Produção
2006/2007O profeta (Televisão) – Cleide de Oliveira ‘Tia Cleide’
2007/2008Sete pecados (Televisão) – Julieta Verona ‘Dona Juju’
2008A guerra dos Rocha (Cinema) – Dinorá França ‘Nonô’
2008Dicas de um sedutor: amor não tem idade (Televisão) – Rosa
2008Especial fim de ano: nada fofa (Televisão) – Dona Nice
2008O homem inesperado (Teatro) – Marta, além da Produção
2010 A casa das horas (Cinema) – Mrs. Celeste
2010O homem inesperado (Teatro) – Marta, além da Produção
2010/2011Ti Ti Ti (Televisão) – Júlia Spina
2011A tempestade (Teatro)
2011/2012A vida da gente (Televisão) – Iná Fonseca
2012As brasileiras: A mamãe da Barra (Televisão) – Isaura
2012/2013Salve Jorge (Televisão) – Leonor Flores Galvão
2013/2014 Joia rara (Televisão) – Santa Maria Vidal ‘Santinha’
2014Perdas e ganhos (Teatro)
2015 I love Paraisópolis (Televisão) – Izabel Maria Marins de Albuquerque ‘Izabelita’
2016Criança Esperança ‘Especial’ (Televisão) – Dona Benta
2016 Doidas e santas (Cinema) – Elda
2016O que terá acontecido a Baby Jane? (Teatro) – Blanche Hudson
2017/2018 Pega pega (Televisão) – Elza Mendes da Silva
2018O avental rosa (Cinema) – Dona Tereza
2018 Pippin (Teatro) – Berthe
2018/2019Malhação: vidas brasileiras (Televisão) – Estela Santos
2019Órfãos da terra (Televisão) – Ester Blum
2019/2020Éramos seus (Televisão) – Madre Joana
2020Quarta-Feira, sem falta, lá em casa (Teatro)
Fonte: Elenco Brasileiro

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Nicette Bruno – acervo TV Globo

Outras referências biobibliográficas sobre Nicette Bruno

ANUÁRIO de teatro 1994. São Paulo: Centro Cultural São Paulo, 1996.
ARTEDOARTISTA. Atriz Nicette Bruno em Arte do Artista. Aderbal Freire-Filho conversa com uma atriz e estrela maior, Nicette. in: Arte do Artista/ TV Brasil. Programa disponível no link. (acessado em 16.12.2020).
FERREIRA, Luiz Carlos. Há 85 anos, nascia a atriz Nicette Bruno, um dos ícones da TV e do teatro brasileiro. in: Acervo Folha de S. Paulo, 7.1.208. Disponível no link. (acessado em 16.12.2020).
GUERINI, Elaine. Nicette Bruno & Paulo Goulart: tudo em família. São Paulo: Cultura – Fundação Padre Anchieta: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004. 256 p. (Aplauso Perfil). Disponível no link. (acessado em 16.12.2020)
IMDb. Nicette Bruno. Filmografia. in: IMDb. disponível no link. (acessado em 16.12.2020)
MAGALDI, Sábato. A eterna revelação de 33 Anos de teatro. Jornal da Tarde, São Paulo, p. 21, 5 maio 1980.
MAGALDI, Sábato; VARGAS, Maria Thereza. Cem anos de teatro em São Paulo (1875-1974). São Paulo: Senac, 2000.
NICETTE Bruno. In: Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível no link (acessado em 16.12.2020).
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PIMENTEL, Julia. Nicette Bruno completa 70 anos de carreira, relembra personagens marcantes e conta seu amor pela arte: “Eu nem percebi que esse tempo todo passou”. In: Teatro e Pensata/Site Heloisa Tolipan, 30 1.2017. Disponível no link. (acessado em 16.12.2020).
PRADO, Décio de Almeida. O teatro brasileiro moderno. São Paulo: Perspectiva, 1996.
WIKIPEDIA. Nicette Bruno. ‘Perfil biográfico’. in: Wikipédia. disponível no link. (acessado em 16.12.2020)


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