“Eu nem percebi que esse tempo todo passou. Eu sempre fiz teatro com muito amor e, quando isso acontece, a gente não sente o passar dos anos”
– Nicette Bruno
Nicette Bruno, pioneira da TV no Brasil, faleceu na manhã de domingo (20/12/2020), aos 87 anos. Ela estava internada com Covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio.
Uma dama, uma enciclopédia do teatro e da televisão brasileira, essa é Nicette Bruno!
Nicette Xavier Miessa; na arte, “Nicette Bruno“, assim, a atriz se apresenta. “A família da mamãe era Bruno. Como era toda muito voltada para o lado artístico, adotei esse nome. O lado do papai era mais financista, não tinha muito a ver”. Nicette nasceu no dia 7 de janeiro de 1933, em Niterói, no Rio de Janeiro, filha de Eleonor Bruno Xavier, médica e atriz, e Sinésio Campos Xavier, que se dedicava às finanças, ocupando cargo no Tesouro Nacional. Desde muito pequena, adotou a arte como profissão. Iniciou a carreira artística aos 4 anos, na Rádio Guanabara, no programa infantil de Alberto Manes.
“Eu estudei até o segundo clássico, e não cheguei a me formar. A única formação que eu tenho é a de piano, no Conservatório Nacional, além de sempre me dedicar ao estudo do teatro. Na rádio, comecei aos 4 anos, declamando, cantando. Aos 6 anos, fui estudar piano e tocava na própria rádio.”
Cinco anos depois, Nicette ingressou no grupo de teatro da Associação Cristã de Moços, e os palcos entraram de vez na vida da atriz. De lá, foi para o Teatro Universitário, de Jerusa Camões, e o Teatro do Estudante, criado por Paschoal Carlos Magno. Aos 14 anos, já era profissional, contratada pela Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais. Na companhia, estreou na peça A Filha de Iório, de Gabriele D’Annunzio. Sua atuação como Ornela lhe valeu a medalha de ouro de Atriz Revelação pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais.
E foi no teatro que Nicette, aos 19 anos, encontrou o amor de toda a sua vida: o também ator Paulo Goulart. Em 1952, a carioca e o paulista de Ribeirão Preto conheceram-se no palco e trocaram os primeiros beijos nos camarins durante os intervalos do espetáculo Senhorita Minha Mãe, de Louis Verneuil, no Teatro de Alumínio, na Praça das Bandeiras, futuro Paço Municipal, em São Paulo. Da união, oficializada em fevereiro 1954, nasceram três filhos: os atores Paulo Goulart Filho, Bárbara Bruno e Beth Goulart. O ator faleceu em 2014, prestes a completar 60 anos de casado.
“Eu e Paulo tínhamos uma afinidade cênica muito grande. Tanto que nos conhecemos em cena, né? Trabalhar juntos era muito bom, porque tínhamos a mesma seriedade, sabíamos separar a nossa relação. Quando estávamos em cena, éramos personagens, não a nossa individualidade.”
Nicette e Paulo Goulart fundaram em 1953 a companhia Teatro Íntimo de Nicette Bruno, o Tinb, que contou com a participação de atores como Tônia Carrero, Rubens de Falco e Walmor Chagas. “Fizemos uma série de apresentações no Tinb, onde também estreou o Antunes Filho, como diretor da peça Weekend, do Noël Coward”, relembra. Ainda durante as décadas de 1950 e 1960, Nicette integrou praticamente todas as principais companhias de teatro do país, sendo reconhecida e premiada. Mesmo depois de embarcar na televisão, a atriz nunca deixou os palcos.
Nicette Bruno também foi uma pioneira da televisão. Estreou na TV Tupi tão logo ela foi inaugurada, em 1950, fazendo participações em recitais e teleteatros, como em A Corda, dirigido por Cassiano Gabus Mendes. Também na emissora, a atriz atuou na primeira adaptação do Sítio do Picapau Amarelo, feita por Tatiana Belinky e Júlio Gouveia e exibida de 1952 a 1962. Anos depois, de 2001 a 2004, viveria a Dona Benta na segunda versão do seriado produzida pela Globo. Após a experiência na TV Tupi, trabalhou no programa Dona Jandira em Busca da Felicidade (1953), da TV Continental, junto com Paulo Goulart. “Tudo isso era a época de televisão ao vivo, não havia ainda o videoteipe. Nós fazíamos televisão como fazíamos teatro. Era um teatro televisionado. Com o videoteipe, começou-se a se criar uma nova linguagem de atuação em televisão”.
Sua primeira telenovela foi Os Fantoches (1967), de Ivani Ribeiro, na TV Excelsior. A atriz participou ainda de novelas de grande sucesso na extinta Tupi, entre as quais Meu Pé de Laranja Lima (1970), de Ivani Ribeiro, a partir do romance de José Mauro de Vasconcelos; Éramos Seis (1977), de Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, uma adaptação do livro de Maria José Dupré; e a inacabada Como Salvar Meu Casamento (1979), de Edy Lima, Ney Marcondes e Carlos Lombardi, a última produzida pela emissora.
“Foi triste. Durante um ano, sofremos muito, mas mantivemos o entusiasmo. Isso faz parte do artista brasileiro: ele não sucumbe, não entrega os pontos facilmente.”
Convidada pelo ator e diretor Fabio Sabag para participar do seriado Obrigado, Doutor, Nicette Bruno começou a trabalhar na Globo em 1981. Seu papel foi o da freira Júlia, auxiliar do protagonista Francisco Cuoco. Sua primeira novela na emissora foi Sétimo Sentido (1982), de Janete Clair, na qual interpretou Sara Mendes, mãe da paranormal Luana Camará (Regina Duarte). Em seguida, foi a misteriosa cozinheira Isolda na novela Louco Amor (1983), escrita por Gilberto Braga. “Era uma personagem interessantíssima, que guardava o segredo da novela. Foi um trabalho muito contido. Só no fim é que a personagem tinha uma grande cena, na qual se esclarecia o grande mistério da história”, diz.
Depois, participou de duas minisséries de grande sucesso: Meu Destino é Pecar (1984), adaptação da obra de Nelson Rodrigues feita por Euclydes Marinho, e Tendas dos Milagres (1985), adaptada da obra de Jorge Amado por Aguinaldo Silva e Regina Braga.
“Os personagens do Nelson têm uma intensidade dramática muito grande. A minha personagem, por exemplo, usava um véu para esconder a sua verdadeira personalidade, como faziam as senhoras da sociedade daquela época; personagens presas a preconceitos.”
A atriz trabalhou ainda no remake da novela Selva de Pedra (1986), de Janete Clair; em Bebê a Bordo (1988), de Carlos Lombardi; na novela Rainha da Sucata (1990), de Silvio de Abreu; em Perigosas Peruas (1992), de Carlos Lombardi; e no remake de Mulheres de Areia (1993), de Ivani Ribeiro, em que viveu a fútil Julieta Sampaio. “Ela só gostava de ser chamada de Juju. Fui para Cuba, para um encontro de teledramaturgia, e a novela estava sendo exibida naquele país. No desembarque, no aeroporto, eu ouvi: ‘Iuiú! Iuiú! Iuiú!’ Mais tarde, percebi que era ‘Juju’. Fiquei surpresa”, relembra.
A malvada Úrsula, de O Amor Está no Ar (1997), foi a sua primeira vilã em novelas da Globo. Depois, atuou em minisséries como Labirinto (1998), de Gilberto Braga, e Aquarela do Brasil (2000) de Lauro César Muniz, na novela Andando nas Nuvens (1999), de Euclydes Marinho, e nos programas Você Decide e Brava Gente.
“No teatro, eu já havia feito muitos personagens fortes, negativos. Na TV, foi engraçado, porque acho que o público não acreditou muito”
Entre 2001 a 2004, trabalhou na nova versão de um dos maiores sucessos da televisão brasileira, o Sítio do Picapau Amarelo.
“O diretor Roberto Talma queria que a Dona Benta tivesse uma identificação com a criança de hoje, mas preservando a essência da personagem. Achei muito interessante a ideia de ela se comunicar com o Pedrinho via internet, ao mesmo tempo dizendo ao neto: ‘Olha, tem tempo que você não me escreve uma carta ou um bilhete. Não devemos nos comunicar só por meio do computador. A emoção da escrita é muito grande, e eu quero sentir essa sensação’. Fiquei conhecida pelo público como Dona Benta”.
A atriz voltou a atuar em telenovelas em 2005, quando viveu a Ofélia de Alma Gêmea, de Walcyr Carrasco, uma das maiores audiências da história da Globo na faixa das 18h. No ano seguinte, Nicette Bruno foi escalada pelo autor para fazer uma homenagem a Ivani Ribeiro (1922-1995), no primeiro capítulo do remake de O Profeta, adaptada por Thelma Guedes e Duca Rachid. A atriz interpretou a personagem Cleyde Alves de Freitas, o verdadeiro nome da novelista, de quem fora muito amiga. Depois, ela integrou o elenco de outra novela de Walcyr, Sete Pecados (2007), na qual deu vida à Julieta, a Juju, grande amor de Romeu, personagem de Ary Fontoura. Em 2010, viveu a Júlia Spina, mãe do costureiro Jacques Leclair, pseudônimo de André Spina (Alexandre Borges), no remake da novela Ti-Ti-Ti, de Cassiano Gabus Mendes, escrito por Maria Adelaide Amaral.
Em 2011, Nicette Bruno interpretou a Iná de A Vida da Gente, de Lícia Manzo. No ano seguinte, atuou na novela Salve Jorge, de Gloria Perez, no papel de Leonor, uma viúva espirituosa e excêntrica, matriarca da família Flores Galvão. Em 2013, viveu Santinha, uma típica matriarca portuguesa, na novela Joia Rara, de Duca Rachid e Thelma Guedes. Em I love Paraisópolis (2015), novela de Alcides Nogueira e Mário Teixeira, Nicette interpretou Izabelita, acionista majoritária da empresa Pilartex e mãe de Soraya (Letícia Spiller). Em 2017, interpretou Elza, na novela Pega Pega. Era moradora da Zona Norte do Rio de Janeiro, irmã de Prazeres (Cristina Pereira) e tia de Júlio (Thiago Martins), abandonado por Arlete (Elizabeth Savala) quando criança.
Em 2020, a atriz, que interpretou a protagonista Lola na versão de 1977 de Éramos Seis, pela TV Tupi, ganhou uma homenagem na adaptação da trama, na Globo. Na reta final da novela, ela viveu a madre Joana, uma freira de um asilo em São Paulo. No local, ela encontra Lola, agora vivida por Gloria Pires.
Aos 14 anos, Nicette estreou no cinema em Querida Suzana (1947), com direção de Alípio Ramos. Nessa comédia, também estrelada por Anselmo Duarte e Tônia Carrero, a atriz interpretou uma jovem de uma escola de moças. Desde então, foram mais de dez filmes. Em 2018, fez uma participação especial em O Avental Rosa, de Jayme Monjardim.
Em 2010, Nicette e Paulo Goulart lançaram o livro Grandes Pratos e Pequenas Histórias de Amor, com receitas que o casal criou ou testou em seus almoços de domingo, ao lado da família e dos amigos.
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Fonte: perfil biobibliográfico/MemóriaGlobo.
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A atriz e produtora, Nicette Bruno – participou de mais de 200 obras do teatro, televisão, cinema e rádio:
1945 – O fantasma de Canterville (Teatro)
1946 – Romeu e Julieta (Teatro) – Julieta
1947 – 3200 metros de altitude (Teatro)
1947 – A filha de Iório (Teatro) – Ordella
1947 – Dias Felizes (Teatro)
1947 – Já é manhã no mar (Teatro) – Princesa
1947 – Querida Suzana (Cinema)
1948 – Anjo negro (Teatro) – Ana Maria
1948 – Cremont (Teatro)
1948 – Ele, ela e o outro (Teatro)
1948 – Fausto (Teatro) – Margarida
1948 – O balão que caiu no mar (Teatro)
1948 – Os homens… O mundo é nosso (Teatro) – Clara
1948/1949 – Trevas ardentes (Teatro)
1949 – A megera domada (Teatro)
1949 – As solteironas dos chapéus verdes (Teatro)
1949 – Convite à vida (Teatro)
1949 – Dias felizes (Teatro)
1949 – Família (Teatro)
1949 – Já é manhã no mar (Teatro) – Princesa
1949 – Mensagem sem rumo (Teatro)
1949 – Na alcova da marquesa (Teatro)
1949 – O amor e a morte (Teatro)
1949 – O Balão que caiu no mar (Teatro) – Baleia
1949 – Os homens (Teatro)
1949 – Sorriso de Gioconda (Teatro) – Dora Hutton
1950 – Alegres canções na montanha / 3.200 Metros de Altitude (Teatro)
1950 – As águas (Teatro) – Edna
1950 – Branca de Neve (Teatro) – Branca de Neve
1950 – Caminhantes sem lua (Teatro) – Camila
1950 – Contrastes (Teatro) – Sonia
1950 – O Rei Maracá (Teatro)
1951 – De amor também se morre / Tessa (Teatro) – Tessa, além da Produção
1951 – Dias felizes (Teatro)
1952 – Amor versus casamento (Teatro) – Atuação e Produção
1952 – Grande Teatro Monções: De amor também se morre (Televisão) – Tessa
1952 – Grande Teatro Monções: Festim diabólico / A corda (Televisão)
1952 – Grande Teatro Monções: Fugir, casar ou morrer (Televisão)
1952 – Grande Teatro Tupi: De Nova York para Detroit (Televisão)
1952 – Grande Teatro Tupi: Esquina perigosa (Televisão)
1952 – O canto da saudade: lenda do Carreiro (Cinema) – Ela mesma
1952 – Senhorita minha mãe (Teatro) – Atuação e Produção
1952 – Tele-Comédia Tupi: Senhorita minha mãe (Televisão)
1953 – Esquina da ilusão (Cinema) – Iracema
1953 – Improviso (Teatro) – Atuação e Produção
1953 – Ingênua até certo ponto (Teatro) – Atuação e Produção
1953 – Os amantes (Teatro) – Atuação e Produção
1953 – Week End (Teatro) – Sorel Bliss, além da Produção
1953/1954 – É proibido suicidar-se na primavera (Teatro) – Atuação e Produção
1953/1954 – Teatro Nicette Bruno (Televisão)
1954 – Amor versus casamento (Teatro) – Atuação e Produção
1954 – Lição de botânica (Teatro) – Atuação e Produção
1954 – O primo da Califórnia (Teatro) – Atuação e Produção
1954 – Senhorita minha mãe (Teatro) – Atuação e Produção
1955 – Ingenuidade (Teatro) – Atuação e Produção
1955 – Teatro de Abílio Pereira de Almeida: O primo da Califórnia (Televisão)
1955 – Teatro do Rio da TV Rio: Ciúme (Televisão)
1955/1956 – Bife, bebida e sexo (Teatro) – Atuação e Produção
1956 – Poeira de estrelas 1956 (Teatro)
1956 – Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Casamento no Uruguai (Televisão)
1956 – Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Chuvas de verão (Televisão)
1956 – Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Feia (Televisão)
1956 – Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Felisberto do café (Televisão) – Dulce
1956 – Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Não mate o seu marido! (Televisão)
1956 – Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: O Sabetudo (Televisão) – Ester
1956 – Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: O último Guilherme (Televisão)
1956 – Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: O urso (Televisão)
1956 – Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Para servi-la, madame (Televisão)
1956 – Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Pivette (Televisão)
1956 – Teatro de Comédia Piraquê TV Tupi: Sol de primavera (Televisão)
1957 – A vida não é nossa (Teatro) – Atuação e Produção
1957 – Marido magro, mulher chata (Teatro)
1957 – Os amantes (Teatro) – Atuação e Produção
1957 – Paixão da terra (Teatro)
1957 – TV de Comédia Tupi: É proibido suicidar-se na primavera (Televisão)
1957 – TV de Comédia Tupi: O amor que não morreu (Televisão)
1957 – TV de Comédia Tupi: O maluco nº 04 (Televisão)
1957/1958 – Marido magro e mulher chata (Teatro)
1957/1958 – Marido magro, mulher chata – TV Paulista (Televisão)
1958 – Casal entre aspas (Teatro)
1958 – Grande Teatro Tupi: ciúme (Televisão)
1958 – Grande Teatro Tupi: De amor também se morre (Televisão) – Tessa
1958 – Grande Teatro Tupi: Um soldado em Nova York (Televisão)
1958 – Inimigos íntimos (Teatro) – Ivone
1958 – O filhote do espantalho (Teatro)
1958 – Suspeita (Televisão)
1958 – Um francês em nossas vidas (Teatro)
1958/1959 – Pedro Mico (Teatro) – Maria Aparecida
1959 – A compadecida (Teatro)
1959 – Grande Teatro Tupi: Os enamorados (Televisão)
1959 – Grande Teatro Tupi: Que o céu a condene (Televisão)
1959 – TV Continental: Isto é estória (Televisão)
1959 – O Guarani (Televisão)
1959 – Teatro câmera um: morte de encomenda (Televisão)
1959 – Teatro câmera um: Os olhos do cadáver (Televisão)
1959 – TV Continental: Teatro de ontem (Televisão)
1959 – Teledrama TV Continental: Um bonde chamado desejo (Televisão) – Blanche Dubois
1959/1960 – TV Continental: Teleteatro das quartas feiras (Televisão)
1959/1963 – TV Continental: Dona Jandira em busca da felicidade (Televisão) – Dona Jandira
1960 – Pedro Mico (Teatro) – Maria Aparecida, além da Produção
1960 – Teledrama TV Continental: Quatro destinos (Televisão)
1961 – Inimigos íntimos (Teatro) – Ivone
1961 – Pedro mico (Teatro) – Maria Aparecida
1962 – Paixão da terra (Teatro) – Atuação e Produção
1962 – Zefa entre os homens (Teatro) – Zefa, além da Produção
1963 – O boi e o burro no caminho de Belém (Teatro)
1963 – Um elefante no caos (Teatro)
1964 – A megera domada (Teatro) – A Megera
1965 – O santo milagroso (Teatro)
1965/1966 – Escola de mulheres (Teatro) – Inês
1966 – A noiva do passado (Televisão)
1967 – Boa tarde, excelência! (Teatro) – Felícia, além da Produção
1967/1968 – Os fantoches (Televisão) – Estela
1968 – As criadas (Teatro) – Produção
1968 – O olho azul da falecida (Teatro) – Atuação e Produção
1968 – Os últimos (Teatro)
1968/1969 – A muralha (Televisão) – Margarida Olinto
1968/1969 – Legião dos esquecidos (Televisão)
1969/1970 – Sangue do meu sangue (Televisão) – Clara
1970 – A gordinha (Televisão) – Mônica Becker
1970/1971 – O meu pé de laranja lima (Televisão) – Cecília
1971/1972 – A fábrica (Televisão) – Clara
1972 – A marcha (Cinema) – Lucila
1972 – Signo da esperança (Televisão) – Luísa
1972/1973 – Camomila e bem-me-quer (Televisão) – Margarida ‘Margô’
1973 – Rádio mulher (Rádio)
1973 – Rosa dos Ventos (Televisão) – Madre Maria das Neves
1973/1974 – Divinas & maravilhosas (Televisão) – Helena
1973/1974 – Os efeitos dos raios gama sobre as margaridas do campo (Teatro)
1974 – O prisioneiro da segunda Avenida (Teatro)
1974 – Papai, mamãe & cia (Teatro) – Atuação e Produção
1976 – Classe média, televisão quebrada (Teatro)
1976 – Papai, mamãe & cia (Teatro) – Atuação e Produção
1976/1977 – Papai coração (Televisão) – Sílvia
1977 – Éramos seis (Televisão) – Eleonora Abílio de Lemos ‘Dona Lola’
1978 – Casal classe média, Televisão Quebrada (Teatro)
1978/1979 – Salário mínimo (Televisão) – Zilda
1979/1980 – Como salvar meu casamento (Televisão) – Isadora ‘Dorinha’
1980 – Dona Rosita, a solteira (Teatro) – Atuação e Produção
1980/1981 – Mãos ao alto, São Paulo! (Teatro) – Atuação e Produção
1981 – Mãos ao alto, Rio! (Teatro) – Atuação e Produção
1981 – Obrigado, doutor (Televisão) – Irmã Júlia
1982 – Os efeitos do raio gama nas margaridas do campo (Teatro)
1982 – Sétimo Sentido (Televisão) – Sara Mendes
1982/1983 – Agnes de Deus (Teatro) – Madre Mirian Ruth
1983 – Caso Verdade TV Globo: Chico Xavier, um infinito amor (Televisão)
1983 – Caso Verdade TV Globo: Procura-se amor (Televisão)
1983 – Louco amor (Televisão) – Isolda Becker
1983 – Quarta Nobre TV Globo: O fantasma de Canterville (Televisão) – Mary Anne
1984 – Ao papai com dinamite e afeto (Teatro) – Atuação e Produção
1984 – Boa noite, mãe (Teatro) – Mãe, além da Produção
1984 – Meu destino é pecar (Televisão) – Clara Castro
1985 – Caso verdade: cartas marcadas (Televisão)
1985 – Flávia, cabeça, tronco e membro (Teatro)
1985 – Tenda dos milagres (Televisão) – Joana
1985/1986 – Trilogia da louca (Teatro)
1986 – Selva de pedra (Televisão) – Fanny Marlene
1986/1987 – A casa de Bernarda Alba (Teatro) – Pôncia
1987 – Aviso prévio (Teatro) – Atuação e Produção
1988 – À margem da vida (Teatro) – Atuação e Produção
1988/1989 – Bebê a bordo (Televisão) – Branca Ladeira
1989/1990 – Meu reino por um cavalo (Teatro) – Atuação e Produção
1990 – Flávia: cabeça, tronco e membros (Teatro)
1990 – Rainha da sucata (Televisão) – Neiva Pereira
1991 – Céu de Lona (Teatro) – Paloma, além da Produção
1992 – Perigosas peruas (Televisão) – Vivian Bergman
1993 – Mulheres de areia (Televisão) – Julieta Sampaio ‘Juju’
1993 – Ulf (Teatro)
1994 – Enfim sós (Teatro)
1994 – Incidente em Antares (Televisão) – Lanja Vacariano
1995 – A próxima vítima (Televisão) – Antonina Giovanni ‘Nina’
1995 – Engraçadinha… seus amores e seus pecados (Televisão) – Maria José ‘Zezé’
1996 – Gertrude Stein, Alice Toklas & Pablo Picasso (Teatro)
1996/1997 – Roque Santeiro, o musical (Teatro)
1997 – O amor está no ar (Televisão) – Úrsula Souza Carvalho Uchoa
1998 – Labirinto (Televisão) – Edite
1998 – Mulher: amor secreto (Televisão) – Diná Brandão
1998 – Mulher: de braços abertos (Televisão) – Diná Brandão
1998 – Mulher: ninho vazio (Televisão) – Diná Brandão
1998 – Sai de baixo: – Sexta, sábado e suingue (Televisão) – Ivone
1998 – Vila Isabel (Cinema)
1998 – Zoando na TV (Cinema) – Dona Xênia
1998/1999 – Somos irmãs (Teatro) – Dircinha Batista
1999 – Andando nas nuvens (Televisão) – Judite Mota
1999 – Flora encantada (Televisão)
1999 – O belo e as feras: Desgraça Pouca é Bobagem (Televisão) – Eleonora
2000 – Aquarela do Brasil (Televisão) – Glória
2000 – Brava gente: O Santo e a Porca (Televisão) – Benona
2000 – Crimes delicados (Teatro) – Atuação e Produção
2000 – Você decide: A volta (Televisão) – Zélia
2001/2004 – Sítio do Picapau Amarelo (Televisão) – Benta Encerrabodes de Oliveira ‘Dona Benta’
2002 – Seja o que Deus quiser! (Cinema) – Velha maluca
2003/2004 – Sábado, domingo e segunda (Teatro)
2004 – Xuxa no mundo da imaginação (Televisão)
2005 – As alegres canções da montanha (Teatro)
2005/2006 – Alma gêmea (Televisão) – Ofélia Santini
2006 – A diarista: quem rouba tem! (Televisão) – Jane
2006 – O homem inesperado (Teatro) – Marta, além da Produção
2006/2007 – O profeta (Televisão) – Cleide de Oliveira ‘Tia Cleide’
2007/2008 – Sete pecados (Televisão) – Julieta Verona ‘Dona Juju’
2008 – A guerra dos Rocha (Cinema) – Dinorá França ‘Nonô’
2008 – Dicas de um sedutor: amor não tem idade (Televisão) – Rosa
2008 – Especial fim de ano: nada fofa (Televisão) – Dona Nice
2008 – O homem inesperado (Teatro) – Marta, além da Produção
2010 – A casa das horas (Cinema) – Mrs. Celeste
2010 – O homem inesperado (Teatro) – Marta, além da Produção
2010/2011 – Ti Ti Ti (Televisão) – Júlia Spina
2011 – A tempestade (Teatro)
2011/2012 – A vida da gente (Televisão) – Iná Fonseca
2012 – As brasileiras: A mamãe da Barra (Televisão) – Isaura
2012/2013 – Salve Jorge (Televisão) – Leonor Flores Galvão
2013/2014 – Joia rara (Televisão) – Santa Maria Vidal ‘Santinha’
2014 – Perdas e ganhos (Teatro)
2015 – I love Paraisópolis (Televisão) – Izabel Maria Marins de Albuquerque ‘Izabelita’
2016 – Criança Esperança ‘Especial’ (Televisão) – Dona Benta
2016 – Doidas e santas (Cinema) – Elda
2016 – O que terá acontecido a Baby Jane? (Teatro) – Blanche Hudson
2017/2018 – Pega pega (Televisão) – Elza Mendes da Silva
2018 – O avental rosa (Cinema) – Dona Tereza
2018 – Pippin (Teatro) – Berthe
2018/2019 – Malhação: vidas brasileiras (Televisão) – Estela Santos
2019 – Órfãos da terra (Televisão) – Ester Blum
2019/2020 – Éramos seus (Televisão) – Madre Joana
2020 – Quarta-Feira, sem falta, lá em casa (Teatro)
Fonte: Elenco Brasileiro
ANUÁRIO de teatro 1994. São Paulo: Centro Cultural São Paulo, 1996.
ARTEDOARTISTA. Atriz Nicette Bruno em Arte do Artista. Aderbal Freire-Filho conversa com uma atriz e estrela maior, Nicette. in: Arte do Artista/ TV Brasil. Programa disponível no link. (acessado em 16.12.2020).
FERREIRA, Luiz Carlos. Há 85 anos, nascia a atriz Nicette Bruno, um dos ícones da TV e do teatro brasileiro. in: Acervo Folha de S. Paulo, 7.1.208. Disponível no link. (acessado em 16.12.2020).
GUERINI, Elaine. Nicette Bruno & Paulo Goulart: tudo em família. São Paulo: Cultura – Fundação Padre Anchieta: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004. 256 p. (Aplauso Perfil). Disponível no link. (acessado em 16.12.2020)
IMDb. Nicette Bruno. Filmografia. in: IMDb. disponível no link. (acessado em 16.12.2020)
MAGALDI, Sábato. A eterna revelação de 33 Anos de teatro. Jornal da Tarde, São Paulo, p. 21, 5 maio 1980.
MAGALDI, Sábato; VARGAS, Maria Thereza. Cem anos de teatro em São Paulo (1875-1974). São Paulo: Senac, 2000.
NICETTE Bruno. In: Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível no link (acessado em 16.12.2020).
OGLOBO. Relembre a história de Paulo Goulart e Nicette Bruno na semana de aniversário do casal. in: O Globo, 9.1.2018. Disponível no link. (acessado em 16.12.2020).
PERSONAEMFOCO. Nicette Bruno fala do amor pelo teatro e por Paulo Goulart no Persona em Foco. In: Persona em Foco/TV Cultura, 1 de dezembro 2015. Disponível no link. (acessado em 16.12.2020).
PIMENTEL, Julia. Nicette Bruno completa 70 anos de carreira, relembra personagens marcantes e conta seu amor pela arte: “Eu nem percebi que esse tempo todo passou”. In: Teatro e Pensata/Site Heloisa Tolipan, 30 1.2017. Disponível no link. (acessado em 16.12.2020).
PRADO, Décio de Almeida. O teatro brasileiro moderno. São Paulo: Perspectiva, 1996.
WIKIPEDIA. Nicette Bruno. ‘Perfil biográfico’. in: Wikipédia. disponível no link. (acessado em 16.12.2020)
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