NONADA ZN
apresenta a coletiva fragmento I: vento pórtico
com os artistas Iah Bahia, Loren Minzú, Siwaju Lima, sob curadoria de Clarissa Diniz
abertura dia 6 de maio, no bairro da Penha.
fragmento I: vento pórtico
investigar o vazio como significante, o vento como condutor de sentidos,
a arte como instrumento de comunicação
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NONADA ZN, abriga a mostra coletiva fragmento I: vento pórtico, com os artistas Iah Bahia, Loren Minzú, Siwaju Lima, sob curadoria de Clarissa Diniz, com aproximadamente 32 trabalhos entre esculturas, instalações, gravuras, vídeos e objetos, inéditos ou não, uma rara exposição de processo, com abertura no próximo dia 6 de maio.
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O projeto idealizado pela curadora, dividido em duas etapas, surge do desejo de reavivar um centro de produção na Penha, e reativar sua vocação criadora que, no passado, era preenchido por muitos saberes, memórias e trabalho.
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Em seu primeiro movimento – “fragmento I: vento pórtico” – a curadora ocupa os espaços desde o mês de março, com os artistas em atividades criativas desenvolvendo seus experimentos e poéticas, “realizando investigações site specific e partilhando seus saberes e desejos num processo coletivo de criação, crítica e interlocução”, relata Clarissa Diniz. As pesquisas in loco são focadas em torno dos imaginários, políticas e formas do vento, do movimento, do vazio, do oco, do avesso. Nesse primeiro instante, tem-se uma singular ocasião de acesso não só a obras geradas a partir dessa imersão mas também ser apresentado a resultados que Iah Bahia, Loren Minzú e Siwaju Lima produziram através as contaminações e convergências espontâneas advindas da convivência entre si e com o espaço e suas histórias e a forma como foram compartilhadas.
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A costura de artistas impares em uma mesma pesquisa apresentou-se como uma promessa onde os resultados impossibilitaram qualquer previsão. Iah Bahia desenvolve obras com variadas formas e materialidades em artes experimentais, processuais e abstracionais. Possui sua prática-pesquisa a partir de observações e experimentações interdisciplinares conjunta a matéria-tecido, matéria-lixo e de outros elementos substanciais coletados no território urbanizado. Destaca as tensões do espaço habitado, e convoca o rearranjo dos efeitos do ecocídio em uma nova visualidade no mundo, como o conhecemos. Loren Minzú, em sua prática, investiga a produção de imagens ligadas a noções temporais, espaciais e corporais, com base em ficções acerca dos sistemas perceptivos e comunicativos em relações interespecíficas. Interessado nos processo fenomenológicos que compõem o mundo visível e sensível, o artista observa e joga com a luminosidade e a escuridão que emanam de corpos terráqueos e cósmicos, para compor cenas audiovisuais, instalações e esculturas com vegetais, minerais, elementos matéricos e artefatos. Por outro lado, Siwaju Lima investiga a relação do tempo com diferentes ecologias por meio do reaproveitamento de peças de ferro doadas ou encontradas. Seus trabalhos estabelecem uma relação íntima e direta com a escultura fundida, e as possíveis relações entre a matéria e os símbolos que incorpora, entre o objeto e seu entorno, entre corpo escultórico e o espaço, e entre a obra e nossos corpos, sempre numa dimensão temporal em espiral e em expansão.
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Em um segundo momento, “fragmentos II”, tem como fio condutor as ideias de armadilha, defesa, feitiço, armadura.
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Aglutinadas em Fragmentos I e II, as pesquisas de Siwaju, Iah e Loren harmonizam um estimulante cenário da produção recente da arte brasileira que atua com materiais como o papel, o ferro, a madeira ou a cerâmica.
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“Não estamos diante de projetos estéticos extrativistas no seio dos quais as matérias são instrumentalizadas como recursos a serem apropriados por mãos e gestos autoritários. Ao contrário, Vento Pórtico desdobra-se em exercícios poéticos cuja ética implica em dobrar, acariciar, oxidar ou tocar materialidades como a corpos cúmplices com os quais compartilhamos segredos, saberes, desejos e pragas.” Clarissa Diniz
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Artistas
Iah Bahia (1993 São Gonçalo, RJ) – Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Iniciou sua formação em cursos livres na Escola de Artes Spectaculu e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ). É formada no curso técnico em Design de Moda e, recentemente, ingressou em Artes Visuais-Escultura na Escola de Belas Artes da UFRJ (RJ). Em 2020, participou do programa de residência do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e em 2022 participou da residência formativa Elã, no Galpão Bela Maré (RJ).
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Loren Minzú (1999, São Gonçalo, RJ) – Vive e trabalha entre São Gonçalo e Rio de Janeiro. Graduando em Artes pela Universidade Federal Fluminense, passou por instituições como Casa do Povo, (SP) e Parque Lage, (RJ) — onde compôs a turma de Formação e Deformação (2021). Em 2022, foi residente no programa Elã, do Galpão Bela Maré, (RJ). Nas exposições, destacam-se Rebu, no Parque Lage, (RJ), em 2021, Raio a Raio, organizada pelo Solar dos Abacaxis no pilotis do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2022), De montanhas submarinas o fogo faz ilhas, na Pivô (SP) em colaboração com a Kadist (2022) e In the Skeleton of The Stars, no Institut für Auslandsbeziehungen, (Stuttgart, Alemanha), em 2023. Também participou de mostras audiovisuais no Cine Bijou, (SP), Centro Petrobras de Cinema, (Niteroi, RJ) e na Cinemateca Nacional Dominicana (Santo Domingo).
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Siwaju Lima (1997 São Paulo, SP) – Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Graduanda em Artes Visuais na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), é artista do ateliê de escultura da EAV Parque Lage (RJ), do Programa Formação e Deformação, e da Escola Livre de Artes do Galpão Bela Maré (RJ). Entre as exposições coletivas que participou em 2022, destacam-se Arte como trabalho, no Museu da História e da Cultura Negra, Idolatrada salve! Salve! (RJ), na Fábrica Bhering, Olha geral, no Instituto de artes da UERJ (RJ), e Ecologias do bem-viver, no Galpão Bela Maré (RJ).
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Curadora
Clarissa Diniz (1985 Recife, PE) – Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Curadora, pesquisadora, crítica de arte. Realiza pesquisas voltadas para a arte contemporânea, sobretudo questionando e expandindo noções de crítica, curadoria, circulação e do que é a arte brasileira. A questão social é tema presente em suas produções. Licenciatura em educação artística e artes plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco (2008). Mestre em Artes pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2011). Integra o grupo curatorial do Museu de Arte do Rio (MAR), a convite de Paulo Herkenhoff, onde fica até 2018 realizando muito projetos de relevância para o segmento artístico. Nessa data passa a integrar, como professora, a equipe da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV Parque Lage). Em 2019, inicia o doutorado em sociologia e antropologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Como crítica de arte, se destaca pela escrita contundente e questionadora. Além da publicação de artigos, organiza e colabora com projetos editoriais. Entre eles: Crachá: Aspectos da Legitimação Artística (2008), acerca das dinâmicas de legitimação social existentes no campo da arte; e Crítica de Arte em Pernambuco: Escritos do Século XX (2012), coletânea que busca ampliar o sentido de “texto crítico” com base na prática crítica pernambucana. A crítica de arte aliada a práticas experimentais e a atividade curatorial colaborativa marcam sua trajetória profissional, em que colabora com o desenvolvimento e a consolidação da carreira de artistas e contribui ativamente com a pesquisa sobre arte contemporânea brasileira e sua circulação.
Galeria
NONADA, um neologismo que remete ao não lugar e a não existência, também abre ‘Grande Sertão: Veredas’, de Guimarães Rosa e a união desses conceitos represente o pensamento basilar desse projeto. Como o próprio significado de NONADA diz, ela surge com o intuito de suprir lacunas momentâneas ou permanentes acerca de um novo conceito. A galeria, inclusiva e não sectária, enquanto agente promotor de encontros e descobertas com anseio pela experimentação, ilustra possibilidades de distanciar-se de rótulos enquanto amplia diálogos. “NONADA é um híbrido que pesquisa, acolhe, expõe e dialoga. Deixa de ser nada e passa a ser essência por acreditar que o mundo precisa de arte… e arte por si só já é lugar”, definem João Paulo, Ludwig, Luiz e Paulo.
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A NONADA mostrou-se necessária após a constatação, por seus criadores, da imensa quantidade de trabalhos de boa qualidade de artistas estranhos aos circuitos formais e que trabalham com os temas do hoje, sem receio nem temor em abordar temas políticos, identitários, de gênero ou qualquer outro assunto que esteja na agenda do dia; que seja importante no hoje. “Queremos apresentar de forma plural novos talentos, visões e força criativa”. O processo de maturação do projeto da NONADA foi orgânico e plural pois “abrangeu desde nossa experiência como também indicações de artistas, curadores, e de buscas onde fosse possível achar o que aguardava para ser descoberto”, diz Paulo Azeco. Ludwig Danielian acrescenta: “não queremos levantar bandeiras, rótulos, e sim valorizar a arte boa, que independe de estereótipos. Queremos ter esta proposta de galeria em Copacabana, bairro popular, e no subúrbio, na periferia do circuito de arte, para que se leve excelentes trabalhos a todos. Pretendemos promover discussões livres, contemporâneas, abertas, sem julgamentos prévios.”
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SERVIÇO
Exposição: “fragmento I: vento pórtico”
Artistas: Iah Bahia, Loren Minzú, Siwaju Lima
Curadoria: Clarissa Diniz
Abertura: 6 de maio – sábado – das 11h às 17h
Período: de 11 de maio a 11 de junho de 2023
Galeria: NONADA ZN – @nonada_nada – Rua Conde de Agrolongo, 677, Penha, Rio de Janeiro/RJ
Dias e Horários de funcionamento: quinta e sexta, das 12h às 17h || sábado, das 11h às 15h
Número de obras: 32
Técnicas: pintura, escultura, desenho, fotografia, objetos, instalação
Dimensões: variadas
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