“OUTRAS MARIAS” de volta aos palcos cariocas. É o sucesso da força de mulheres libertárias no musical estrelado por Clara Santhana.
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Devido ao enorme sucesso na temporada carioca em fevereiro, o musical “Outras Marias” está de volta ao Teatro Glauce Rocha, para temporada de 28 de abril a 28 de maio, sempre de sexta a domingo, às 19h. O espetáculo foi idealizado e é estrelado por Clara Santhana, que conhece o sucesso graças a seu belíssimo trabalho interpretando, há dez anos, Clara Nunes no espetáculo “Deixa clarear”. Com direção de Patricia Selonk, “Outras Marias” tem texto de Márcia Zanelatto, contando a história de sete Marias que deixaram um legado de luta e transformação social.
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Sete mulheres de povos, culturas e tempos de diferentes encontram-se no teatro. Maria Padilha de Castela, Maria Quitéria, Maria Felipa de Oliveira, Maria Doze Homens, Maria Bonita, Maria Navalha e Maria Mulambo entrelaçam suas histórias de luta e liberdade no musical “Outras Marias”, dando continuidade ao trabalho de Clara Santhana sobre a trajetória de mulheres fortes.
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As histórias de vidas dessas Marias sustentam a narrativa que, por sua vez, resulta da costura entre textos falados e cantados. Alguns deles são célebres como “Olha, Maria”, música de Tom Jobim letrada por Vinicius de Moraes e Chico Buarque, e “Saias e cor”, parceria de Ana Costa e Zélia Duncan. Essas canções misturam-se a ladainhas, pontos e louvores às entidades religiosas, como “Arreda homem” e “Pra ser rainha”, ambos de domínio público. Um dos temas é a inédita “Brinca, Maria”, composta pelo professor Luiz Antônio Simas, um dos mais respeitados estudiosos do samba e da africanidade no país. Tudo cantado ao vivo por Clara Santhana, acompanhada de Geiza Carvalho na percussão e Verónica Fernandes no acordeom.
O espetáculo foi construído a partir de uma pesquisa extensa, quando a atriz Clara Santhana notou a escassez de material de mulheres que tiveram a coragem de romper com padrões normativos, como Maria Bonita e Maria Felipa de Oliveira (que lutou pela independência da Bahia em 1823) e as Marias que se tornaram divindades em cultos de origem brasileira e matriz africana, como as Marias Mulambo, Navalha, a portuguesa Quitéria e a mais conhecida delas, Maria Padilha – amante de um monarca no antigo reino de Castela que foi coroada depois de morta.
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“Essas sete mulheres têm em comum, além do nome, o fato de serem mulheres transgressoras. Elas são de povos diferentes, culturas diferentes, viveram em tempos diferentes, mas representam a mulher livre. São arquétipos de mulheres livres, que vão numa trajetória oposta à de Maria de Nazaré, que representa o arquétipo da grande mãe e da mulher casta, que é mais aceita na sociedade. As nossas Marias rompem com os padrões normativos”, explica Clara Santhana.
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Patricia Selonk, uma das mais respeitadas atrizes da sua geração, fez sua estreia como diretora nesta montagem. A dramaturgia é assinada por Marcia Zanelatto, com quem Clara voltou a trabalhar, a direção musical é de Claudia Elizeu e a direção de movimento fica a cargo de Cátia Costa.
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A peça ganhou o Selo de qualidade, criado por Gilberto Batholo em 2022, e foi indicada em duas categorias no prêmio do site Musical Rio 2022 (Melhor atriz – Clara Santhana e Selo Musical.Rio – Outras Marias).
Ficha técnica
Atuação, idealização e pesquisa: Clara Santhana
Texto: Márcia Zanelatto
Direção: Patrícia Selonk
Direção musical: Cláudia Elizeu
Direção de movimento: Cátia Costa
Percussão: Beà Ayòóla / Geiza Caldas
Acordeon: Verónica Fernandes / Marcela Coelho
Atriz convidada (voz em off): Ilea Ferraz
Cenografia: Dóris Rollemberg
Iluminação: Daniela Sanchez
Figurino: Wanderley Gomes
Visagismo: Diego Nardes
Arte gráfica: Raquel Alvarenga
Fotos arte: João Saidler
Fotos cena: Ariel Cavotti
Bordadeira: Angela Santtana
Operação de som: Otto Siqueira
Operação de luz: Felipe Antello
Assessoria de imprensa: Sheila Gomes
Produção executiva: Márcio Netto
Direção de produção: Diga Sim! Produções (Sandro Rabello)
Realização: Naine Produções Artísticas e Diga Sim Produções.
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SERVIÇO
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“OUTRAS MARIAS”
Temporada: … até 28 de maio (2023)
Dias e horários: sexta a domingo, às 19h
Local: Teatro Glauce Rocha – Av. Rio Branco, 179 – Centro – Rio de Janeiro/RJ
Telefone: (21) 2220-0259
Lotação: 202 lugares
Duração: 1h10
Classificação: 12 anos
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada).
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