O grupo A Cor do Som abre o I ❤ PRIO Blues & Jazz Festival, no Rio de Janeiro

Entre os dias 30 de maio e 9 de junho, o I PRIO Blues & Jazz Festival convida o público carioca para uma experiência imersiva no Teatro I PRIO, no Jockey Club Brasileiro, na Gávea. Com entrada gratuita, o festival reúne shows, exposições, performances, oficinas de música e mixologia. Os primeiros a entrarem no evento ganharão um cartaz exclusivo com a arte do dia. Pessoas cadastradas no site terão prioridade no acesso entre 17h e 18h30.
.
Com quase 50 anos de carreira, o grupo vencedor do Grammy Latino 2021 na categoria de melhor álbum de rock ou música alternativa, leva aos palcos novidades e sucessos que marcaram sua carreira. A COR DO SOM faz o show de abertura do I PRIO Blues & Jazz Festival, no dia 30 de maio, quinta-feira. Era o ano de 1977 quando os cinco rapazes do recém-formado grupo A Cor do Som surpreenderam o Brasil com sua peculiar fusão musical, e no ano seguinte surpreenderam o mundo quando estrearam no palco do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, em julho de 1978. Caso raro de grupo que se mantém unido e criativo em quase cinco décadas de carreira, A Cor do Som traz sempre novidades aos shows além de apresentar músicas consagradas que marcaram gerações, incluídas em programas e novelas da TV Globo e líderes de execução em rádios, como Menino Deus, Abri a Porta, Palco, Zanzibar, Beleza Pura e Semente do Amor. Não faltam sucessos instrumentais como Pororocas, Saudação à Paz e Frutificar, músicas do álbum vencedor do Grammy Latino 2021. Parcerias com Moraes Moreira e Fausto Nilo e composições feitas especialmente para o grupo por Caetano Veloso e Gilberto Gil garantiram as altas execuções nas emissoras de rádio e TV e os shows lotados por todo o Brasil.  A Cor do Som é Dadi Carvalho, Armandinho Macêdo, Mú Carvalho, Ary Dias e Gustavo Schroeter.

A Cor do Som – foto ©Daryan Dornelles

O Teatro I PRIO será transformado em uma tradicional casa de jazz norte-americana, com direito a performances de um dançarino de jazz e de um saxofonista itinerante. A artista paulista Fe Motta, conhecida por pintar retratos de jazzistas famosos na frente da plateia, irá expor 28 telas prontas e pintará outras três, ao vivo, nas três primeiras noites do festival. Nos dias 30 de maio, 4, 5, 6 e 9 de junho, o lounge do teatro ganha um espaço para mini-oficinas de jazz, conduzidas pelo multi-instrumentista britânico Tom Ashe com participação de seus alunos do Favela Brass, projeto patrocinado pela PRIO. No palco, os shows ficam por conta de atrações instrumentais e de artistas da MPB, celebrando a influência do Blues e do Jazz na música brasileira, da bossa nova ao rock.

Com uma apresentação concebida especialmente para o público do festival, a banda instrumental André Vasconcellos Jazz & Blues Trio, formada por Eduardo Farias (piano), Cassius Theperson (bateria) e André Vasconcellos (baixo acústico), traz releituras modernas e descontraídas de clássicos do jazz e do blues. No repertório, temas como “Cantaloupe Island” (Bernie Hancock), “Song For My Father” (Horace Silver) e “Caravan” (Duke Ellington), além das interpretações de canções de Ray Charles, Jimi Hendrix e Stevie Wonder. “A estética do jazz e os caminhos do blues, tanto como movimento artístico e especialmente musical, trazem a liberdade e a criatividade como expressões principais. As músicas serão interpretadas de forma criativa e contemporânea, marca fundamental do Trio”, comenta André Vasconcellos, que abre o palco nos quatro primeiros dias de festival.
.
Foi depois de uma participação no Festival de Montreux, no final da década de 1970, que A Cor do Som ampliou sua potente fusão de ritmos brasileiros – como pop, choro, baião – com rock progressivo e jazz. O grupo formado por Dadi Carvalho, Armandinho Macêdo, Mú Carvalho e Gustavo Schroeter é a segunda atração do dia 30 de maio. No repertório do show, clássicos como “Menino Deus”, “Abri a Porta”, “Palco”, “Zanzibar”, “Beleza Pura” e “Semente do Amor”.

A mescla de gêneros musicais também faz parte do estilo de Marcelo Mariano, que faz o segundo show da noite de 31 de maio. No palco, o baixista, produtor musical, compositor e arranjador apresentará diversas vertentes e facetas de seus 40 anos de carreira, reunindo pop, jazz, soul, funk e música brasileira. A apresentação terá a participação especial de Torcuato Mariano. Também nas comemorações de quatro décadas de sucesso, o saxofonista, cantor e compositor George Israel vai transitar entre o rock e o blues no segundo show do dia 1º de junho.
.
A segunda apresentação do dia 2 de junho fica por conta de Ithamara Koorax, considerada um dos grandes ícones femininos do jazz brasileiro, eleita 12 vezes como uma das melhores cantoras do mundo pela DownBeat e outras publicações internacionais. Em sua apresentação, a cantora passeia pelo estilo, com pitadas de blues e da MPB. A artista trabalhou com grandes nomes da música internacional, como Ron Carter, Larry Coryell, Dave Brubeck, John McLaughlin, Gonzalo Rubalcaba e Claus Ogerman, tendo participado de festivais de jazz por toda a Europa, com passagens também por tradicionais casas do gênero, como Blue Note, em Nova Iorque, e Jazz Café, em Londres.
.
Já o saxofonista Glaucus Linx abre o festival nos dias 3, 4 e 5 de junho, acompanhado pela banda instrumental Blues Shooters. Formado por Marcus Kenyatta (guitarra), Ygor Hellborn (bateria) e Pedro Leão (contrabaixo), o show traz um enfoque do blues pouquíssimo conhecido e divulgado no Brasil. “Tenho certeza de que a noite será seguramente plena de swing e alegria”, afirma Glaucus, que já participou dos festivais de jazz de Montreux, Cascais, Skopje (Macedônia), Jazz à Nantes, Nice e Free Jazz.

Fernando Rosa, convidado recentemente para tocar ao vivo na banda de Lenny Kravitz, desenvolveu um estilo próprio diferenciado, que mostra no segundo show do dia 3 de junho. Dedicando-se à música instrumental autoral, o contrabaixista atingiu uma combinação perfeita entre a música brasileira, o soul, o hip hop, o experimental, o fusion e, lógico, o jazz. Com o projeto “Alive”, lançado em 2021, o músico levou ao palco de casas como Jazz Café, em Londres, e o icônico New Morning, em Paris, a releitura de clássicos dos anos 70 e 80.

Outro artista que criou um show especial para o festival é Evandro Mesquita, que se apresenta com The Fabulous Tab, banda de amigos que resgata canções dos anos 70 que inspiraram gerações de músicos em todo o mundo. “Nossos arranjos para essas músicas me remetem a Saquarema, quando ouvíamos BB King, Freddie King envolta da fogueira. Blues de alma! Além de Jimmy Hendrix, Bob Dylan, Rolling Stones, Led Zeppelin, Bob Marley, que são artistas que nos influenciaram. É puro prazer relembrar essas músicas com amigos queridos – e músicos excepcionais. Vai ser uma noite bem divertida e saborosa”, avisa o cantor, que faz o segundo show do dia 4 de junho.
.
Claudio Zoli celebra quatro décadas de estrada com um show inspirado nos mestres da soul music brasileira – Tim Maia e Cassiano – e em referências internacionais, como Jimi Hendrix, B.B. King, Freddie King, Albert King e David Walker. “Cresci ouvindo Marvin Gaye, Stevie Wonder e Tim Maia, com quem aprendi muito assistindo aos seus ensaios no Seroma”, conta o guitarrista, que fecha a noite de 5 de junho.
.
Considerado pela mídia internacional como “a versão brasileira do guitarrista de jazz norte-americano Joe Pass”, Nelson Faria se apresentou em festivais de jazz de mais de 30 países. O instrumentistas é também violonista, arranjador e compositor, além de host do programa “Um café lá em casa”, canal do YouTube veiculado na TV Arte 1, Music Box Brasil e Futura. O artista abre as noites entre 6 e 9 de junho.

Com 25 anos de estrada e milhares de quilômetros rodados, o cantor, compositor, arranjador, produtor e multi-instrumentista Rodrigo Sha é a segunda atração do dia 6 de junho e promete uma viagem de estilos a bordo de seu saxofone, envolvendo bossa nova e música eletrônica.
.
A banda instrumental Azymuth, que tem como mote “o clássico do jazz para as novas gerações”, destaca-se pela fusão criativa de elementos do samba, da bossa nova, do soul e do jazz fusion. Fundada na década de 70 por Alex Malheiros (baixo), Ivan Conti (bateria) e José Roberto Bertrami (piano), a banda passou a ser um “estilo” incorporado nas setlists de diversos DJs, levando o som do Azymuth para uma plateia de jovens amantes do som fusion de raiz brasileira, sem excluir os fãs de longa data. Formada atualmente por Alex Malheiros, Kiko Continentino (piano) e Renato Massa (bateria), a banda é a segunda atração do dia 7 de junho.
.
Comemorando 30 anos de carreira, o cantor e compositor Paulinho Moska vai representar o rock nacional, gênero fortemente influenciado pelo blues. “A coisa de que mais gosto nessa vida é estar em cima do palco, tocando e cantando. É o momento em que tudo transcende e a música me coloca em estado de êxtase, numa viagem sensorial. É também quando recebo uma energia fundamental na minha vida: o olhar do público”, conta Paulinho Moska, que fecha a noite do dia 8. O encerramento do I PRIO Blues & Jazz Festival fica por conta do cantor, compositor e guitarrista, Rodrigo Suricato, segunda atração do dia 9 de junho.
.
O I PRIO Blues & Jazz Festival é uma realização do Governo Federal, Ministério da Cultura, Br Projects, PECK e apresentado pela PRIO.
.
Line Up
30 de maio, quinta: André Vasconcellos Jazz & Blues Trio + A COR DO SOM
31 de maio, sexta: André Vasconcellos Jazz & Blues Trio + Marcelo Mariano
1 de junho, sábado: André Vasconcellos Jazz & Blues Trio + George Israel
2 de junho, domingo: André Vasconcellos Jazz & Blues Trio + Ithamara Koorax
3 de junho, segunda: Glaucus Linx + Fernando Rosa
4 de junho, terça: Glaucus Linx + Evandro Mesquita
5 de junho, quarta: Glaucus Linx + Claudio Zoli
6 de junho, quinta: Nelson Faria + Rodrigo Sha
7 de junho, sexta: Nelson Faria + Azymuth
8 de junho, sábado: Nelson Faria + Paulinho Moska
9 de junho, domingo: Nelson Faria + Rodrigo Suricato

SERVIÇO
I Prio Blues & Jazz Festival
DATAS: De 30 de maio a 9 de junho
LOCAL: Teatro I PRIO – Jockey Club Brasileiro
END.: Av. Bartolomeu Mitre, 1110 – Lagoa, Rio de Janeiro
HORÁRIOS:
Abertura do teatro: 17h
School of Jazz: dias 30 de maio, 4, 5, 6 e 9 de junho, das 17h às 18h30
Primeiro show: 19h
Segundo show: 20h15
ENTRADA FRANCA – o acesso será por ordem de chegada (sujeita a lotação). Quem se inscrever pelo site terá prioridade de acesso entre 17h e 18h30.
Classificação: 18 anos. Menores de idade apenas acompanhados pelos pais ou responsáveis legais.

Revista Prosa Verso e Arte

Música - Literatura - Artes - Agenda cultural - Livros - Colunistas - Sociedade - Educação - Entrevistas

Recent Posts

O terror – uma crônica breve de Clarice Lispector

E havia luz demais para seus olhos. De repente um repuxão; ajeitavam-no, mas ele não…

24 horas ago

Memórias, um conto de Luis Fernando Verissimo

Estavam na casa de campo, ele e a mulher. Iam todos os fins de semana.…

1 dia ago

‘Não há sombra no espelho’ – um conto de Mario Benedetti

Não é a primeira vez que escrevo meu nome, Renato Valenzuela, e o vejo como…

1 dia ago

Negro Leo une desejo e tradição popular em novo álbum ‘Rela’

Um dos mais inventivos e prolíficos artistas de sua geração, cantor e compositor maranhense Negro…

1 dia ago

Guiga de Ogum lança álbum ‘Mundo Melhor’

Aos 82 anos, Guiga de Ogum, um dos grandes nomes do samba e da música…

1 dia ago

Espetáculo ‘A Farsa do Panelada’ encerra a temporada teatral no Teatro a Céu Aberto do Saquassu

“A Farsa do Panelada” com a missão de fazer o público rir através do texto…

1 dia ago