“Quero a delicia de poder sentir as coisas mais simples.”
– Manuel Bandeira, do poema “Belo belo”.
O Habitante de Pasárgada” (1959), curta sobre o poeta Manuel Bandeira. O documentário é parte do DVD “Encontro Marcado com o cinema de Fernando Sabino e David Neves.
O último poema
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
– Manuel Bandeira, no livro “Libertinagem e Estrela da Manhã”. 14ª ed., Editora Nova Fronteira, 2000, p 70.
Manuel Bandeira em sua rotina: fazendo torradas, fervendo a água para o café, apreciando o desjejum na mesa à janela. Foi dessa maneira corriqueira, comum, que os diretores de O Habitante de Pasárgada (1959) registraram aquele que foi uma das vozes mais proeminentes da lírica brasileira moderna. A trivialidade das ocasiões que se apresentam no curta-metragem, entretanto, não é mera eventualidade. Bandeira foi poeta de inspirações cotidianas e, sobretudo, pessoais – logo, os registros do documentário expõem o autor em seu habitat lírico.
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