Danilo Dunas mergulha no humor e na diversidade musical em seu novo álbum Amor meio amargo. Com participações de artistas como Maria Alcina, Anastácia e Grace Gianoukas, o trabalho chega em todas as plataformas digitais, no mês de fevereiro.
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O multiartista Danilo Dunas lança seu mais recente trabalho, Amor meio amargo, um álbum que transcende gêneros e convida os ouvintes a embarcarem em uma jornada musical única, repleta de sarcasmo, paixão e liberdade criativa. Disponível nas principais plataformas digitais a partir de 7 de fevereiro, a obra reflete o amadurecimento artístico do cantor e compositor, consolidando seu estilo marcante e cheio de personalidade. O show de estreia do álbum, com participação especial de Maria Alcina, está previsto para 22 de fevereiro de 2025, no Redoma Bixiga, às 19h30, prometendo uma experiência teatral e envolvente, fiel ao espírito de cabaré que permeia o disco.
O álbum reúne blues, bolero, tango, fado, e até marchinhas de carnaval, criando uma atmosfera que mescla humor e lirismo. Danilo explora temas como liberdade e amor e traz críticas sociais e crônicas de costumes com letras marcadas por sarcasmo. “Este álbum fala de experiências pessoais e de pessoas próximas, mas também traz uma visão bem-humorada e sarcástica do mundo”, afirma.
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Produzido por César Benzoni, diretamente da Irlanda, o disco é uma demonstração de como a distância não é barreira para a criatividade. Com arranjos detalhados e participações de Maria Alcina, Anastácia, Grace Gianoukas, Verónica Valenttino e Pedro Buarque, o trabalho é um exemplo de colaboração artística. “Cada nova camada do arranjo era um deleite. Ver as músicas ganhando corpo foi emocionante”, comenta Danilo.
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Com Amor meio amargo, Danilo Dunas reafirma seu lugar como um dos artistas mais autênticos da música contemporânea brasileira. Prepare-se para rir, se emocionar e dançar ao som desse álbum que é puro prazer auditivo.
Um álbum, várias histórias
Composto por 12 faixas, Amor meio amargo mergulha na riqueza de estilos como blues, bolero, tango, fado, merengue e marchinhas de carnaval. Cada canção é uma peça de um quebra-cabeça que constrói o ambiente de cabaré que guia o álbum. O título traduz a essência do projeto: uma visão bem-humorada e, por vezes, cínica sobre o amor e a vida, marcada por temas como liberdade, diversidade, com crônicas de costumes.
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O disco abre com Na minha pele, uma música metalinguística. “Gosto muito de compor sobre os atos de compor, tocar e cantar e meus álbuns anteriores também trazem canções com esse enfoque, como O barulho que ela faz, Trilha sonora, Pulando a cerca, Carreira solo, A Bela e a Fera, Passagem de som e Cyrano”, comenta.
O tema de O guru está nu foi sugerido pelo parceiro Pedro Buarque após a divulgação da notícia de que um importante guru religioso, muito respeitado, foi acusado de abuso sexual. O artista não quis, porém, “fulanizar” o caso, como se fosse um episódio isolado, nem achar bodes expiatórios, e resolveu escrever sobre o comportamento de seita e gurus políticos e culturais, não apenas religiosos, que exercem poder inclusive junto a um público que acredita ser mais crítico. A música remete um pouco aos rocks e souls do fim dos anos 1960 e começo dos anos 1970, com referências religiosas.
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Mil noites de Baiuca´s foi feita em homenagem à casa de amigos de Danilo, um espaço de sociabilidade acolhedor, de festas, jantares e banhos de sol. “Nunca havia composto um merengue. Adoro ritmos latinos em geral, e o merengue remete a um ambiente de festa, alegre e solar. Minha referência foi um dos meus maiores ídolos internacionais, o dominicano Juan Luis Guerra”.
Amor meio amargo nasce de uma metáfora para o amor que o artista criou quando tinha apenas 15 anos, após ser questionado pela professora de Literatura no colégio. “Essa composição brinca com o meu ideal de amor, a imagem que outros têm de mim e meu gosto por chocolate bem amargo”. O bolero, pareceu o gênero ideal para essa letra, que traz uma visão meio cínica do amor. A letra faz referência a Com açúcar, com afeto, música que Chico Buarque não canta mais.
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Forró nas alturas foi inspirada em um episódio em que quase impediram Danilo de embarcar com sua sanfona na cabine do avião, em um voo para Fortaleza, alegando que teria que despachar o instrumento. “Com medo de danificá-lo, insisti muito para levá-lo comigo, consegui e depois fiquei fantasiando, lembrando de uma cena do filme A família Buscapé, como seria se eu sacasse a sanfona no meio do voo e começasse a puxar um forró”. A música teve a participação especial de Anastácia, a Rainha do Forró, que, curiosamente, morre de medo de avião.
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Qualquer negócio nasceu do desafio de escrever uma letra romântica finalizando os versos apenas com palavras terminadas em “ácio”, “ício”, “ócio” e “úcio”.
Lontra é sua resposta a Tigresa, de Caetano Veloso, adaptada ao universo gay. “Já conhecia o termo “urso” usado para homens peludos e parrudos ou gordos e achei engraçado quando descobri que havia o termo “lontra” para designar homens peludos e magros, categoria na qual tanto eu quanto Ney Matogrosso, o homenageado da música, nos enquadramos”.
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Com fantasia foi composta originalmente para o musical Revista Babadeira, um teatro de revista dirigido por Neyde Veneziano e com elenco de drag queens. Nasceu pra ser uma música de sedução, de motel. A letra faz referência a Sem fantasia, de Chico Buarque. “A escolha pelo tango foi natural pra mim, tendo em vista a sensualidade do próprio gênero musical e o fato de o tango ser um misto de luta e coreografia sexual, exatamente a ideia que eu gostaria de passar na letra. Gosto muito de tango e já gravei um com Edy Star, Pulando a cerca, no meu álbum Refluxo”.
Fado brazuca foi composta após uma grande amiga de Danilo enviar um vídeo em um restaurante português de Santos com fado ao vivo, sugerindo que ele compusesse um, o que ele nunca havia feito. “Como associo fado à melancolia e à saudade, quis trazer isso para a letra. Lembrando que o fado teria nascido no Brasil e era cantado por portugueses com saudades de sua terra natal, resolvi inverter as coisas e colocar como eu-lírico um imigrante brasileiro em Portugal, refletindo uma realidade social e política bastante atual. Usei como referências um poema de Fernando Pessoa e musicas de Chico Buarque e Belchior”.
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Danilo participa todo ano, desde 2016, do concurso de marchinhas do bloco Nóis Trupica Mais Não Cai, na Vila Madalena, em São Paulo, e queria compor para o carnaval de 2024 uma marchinha que retratasse de forma crítica um fenômeno bastante atual, de preferência relacionado à vaidade, pois já havia defendido marchinhas sobre outros pecados capitais, como gula e luxúria. “Compus Máscara branca e me apresentei caracterizado como “Ken humano” no concurso e em cima do trio elétrico. A letra traz referências à Noite dos mascarados e Quem te viu, quem te vê, de Chico Buarque, e Máscara negra, de Zé Keti. Gosto muito de citar outras músicas nas minhas composições e Amor meio amargo acabou sendo um álbum com várias citações a Chico”.
Põe coentro dentro foi inspirada em uma discussão em um grupo de WhatsApp, quando amigos estavam decidindo se colocavam ou não coentro em um prato que eles comeriam em breve em um almoço. “Como amante do coentro que sou, resolvi fazer uma música de apologia à erva, lançada no Carnaval de 2023. Maria Alcina me viu cantando a música em um vídeo nas redes sociais e toda vez que me encontrava, falava dela. Resolvi então convidá-la para gravar comigo”.
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O artista escreveu a letra de Só sei ser Dercy após a leitura de uma das primeiras versões do texto de Nasci pra ser Dercy, peça de Kiko Rieser, estrelada pela Grace Gianoukas. Pedro Buarque musicou a letra e Danilo entregou para o Kiko, que resolveu incluir a música na peça como cena final. “A peça fez muito sucesso de público e crítica, foi bastante premiada e convidar Grace, que canta a música em todas as apresentações, para gravar comigo foi o caminho mais do que natural”, finaliza.
Sobre Danilo Dunas
Danilo Dunas é cantor, compositor, poeta e músico paulistano. Percorre diversos gêneros musicais, como marchinha, frevo, rock, blues, country, forró, guarânia, rancheira, tango e bolero. Em 2007, teve uma peleja virtual com Glauco Mattoso publicada no livro Faca cega (Annablume). A partir de 2010, começou a tocar sanfona com duplas sertanejas em bares. Paralelamente, integrou o grupo de funk FunClassic. Apresentou-se em lugares como o Teatro Coliseu de Santos, Memorial da América Latina, Fábricas de Cultura, Cabaret da Cecília, Parlapatões e Unibes Cultural.
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Em 2013, teve composições suas incluídas na trilha sonora da série Contos de Edgar, exibida pelo canal Fox Brasil. Em 2014, lançou o clipe O hotel de hoje. Em 2016, lançou seu primeiro álbum, o homônimo Danilo Dunas. Em 2018, foi lançado Refluxo, que traz participações especiais das Frenéticas Sandra Pêra, Leiloca e Dhu Moraes, de Edy Star e de Zéu Britto. Foi premiado no Concurso de Marchinhas do bloco Nóis Trupica Mais Não Cai em 2016, 2018, 2020, 2023 e 2024.
Em 2019, foi finalista no tradicional Festival de Marchinhas de São Luiz do Paraitinga. No mesmo ano, lançou os singles Mexe comigo e A Bela e a Fera, que conta com a participação especial da cantora paraguaia Perla, e o álbum Pecho abierto, que traz versões em espanhol de suas canções.
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Em 2020, lançou o clipe de Pra você, os singles Ciranda da Terra Redonda, com o Duo Badulaque, e Só uma picadinha, e integrou o elenco do filme A senhora que morreu no trailer, de Alberto Camarero e Alberto de Oliveira. Em 2022, lançou o single É ruim, mas é bom e o álbum Me deixa entrar, com participações especiais de Zeca Baleiro e Carlos Careqa.
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Em 2023, teve sua composição Só sei ser Dercy, parceria com Pedro Buarque, incluída como canção-tema de Nasci pra ser Dercy, espetáculo de Kiko Rieser, estrelado por Grace Gianoukas. No mesmo ano, lançou o single Evolução com Pedro Buarque, e o álbum Revista Babadeira, com as canções que compôs para o musical homônimo de Neyde Veneziano, com elenco de drag queens. Por este trabalho, foi apontado pela página É sobre musicais como um dos destaques da temporada de musicais, na categoria “letra e música originais”. Em 2024, lançou o single Algoritmo.
DISCO ‘AMOR MEIO AMARGO’ • Danilo Dunas • Selo Independente/distribuição Tratore • 2025
Canções / compositores
1. Na minha pele (Danilo Dunas)
2. O guru está nu (Pedro Buarque e Danilo Dunas)
3. Mil noites de Baiuca´s (Danilo Dunas)
4. Amor meio amargo (Danilo Dunas)
5. Forró nas alturas (Pedro Buarque e Danilo Dunas)
6. Qualquer negócio (Pedro Buarque e Danilo Dunas)
7. Lontra (Danilo Dunas)
8. Com fantasia (Danilo Dunas)
9. Fado brazuca (Danilo Dunas)
10. Máscara branca (Danilo Dunas)
11. Põe coentro dentro (Pedro Buarque e Danilo Dunas)
12. Só sei ser Dercy (Pedro Buarque e Danilo Dunas)
– ficha técnica –
Vozes: Danilo Dunas (faixas 1 a 12); Pedro Buarque (faixa 2); Anastácia (faixa 5); Verónica Valenttino (faixa 8); Maria Alcina (faixa 11) e Grace Gianoukas (faixa 12) | Bateria: Pietro Romano (faixas 1, 2, 3, 4, 6, 7, 10, 11 e 12) | Percussão: Pietro Romano (faixas 3, 4 e 5) | Pandeirola: César Benzoni (faixa 2) | Palmas: César Benzoni (faixa 2) | Teclados: João Leopoldo (faixas 1, 2, 3, 4, 7 e 8) | Baixo: César Benzoni (faixas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 10, 11 e 12) | Guitarra: César Benzoni (faixas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 10, 11 e 12) | Violão: Luís Panini (faixas 5 e 6), César Benzoni (faixa 9) | Backing vocal: César Benzoni (faixas 2, 3, 4, 5, 6, 10, 11 e 12), Natalie Oak (faixas 2, 3, 5, 10, 11 e 12) | Trompetes: Rubinho Antunes (faixas 2, 3, 4, 10, 11 e 12) | Trombones: Rubinho Antunes (faixas 2, 3, 4, 10, 11 e 12) | Violinos: Aramís Rocha (faixas 6 e 8) | Sanfona: Pablo Moura (faixas 5 e 6) | Assobio: Pedro Buarque (faixa 6) | Bandoneon: Agustina Taborda (faixa 8) | Guitarra portuguesa: Wallace Oliveira (faixa 9) || Participações especiais: Maria Alcina, Anastácia, Grace Gianoukas, Verónica Valenttino e Pedro Buarque || Produção executiva: Danilo Dunas | Produção musical e arranjos: César Benzoni | Arranjo de metais: Rubinho Antunes (faixas 2, 3, 4, 10, 11 e 12) | Arranjo de cordas: Quiel Nascimento (faixas 6 e 8) | Engenheiros de gravação: Luis Panini (Lá no Panini), Thadeu Lenza (Drum Village), Otavio Cintra e Vicente Barroso (Estúdio Urutu) | Edição: Karen Ávila | Edição de vozes: César Benzoni | Mixagem: César Benzoni | Masterização: Adonias Junior | Concepção de capa: Bruno Salles | Capa: Rafael Branco | Assessoria de imprensa: Paulo Henrique de Moura | Selo: Independente | Distribuição digital: Tratore | Formato: CD digital | Ano: 2025 | Lançamento: 7 de fevereiro | ♪Ouça o álbum: clique aqui.
SERVIÇO
Show de lançamento do álbum Amor meio amargo de Danilo Dunas
Data/horário: 22 de fevereiro de 2025, às 19h30
Onde: Redoma Bixiga (Rua Treze de Maio, 825 – São Paulo/SP)
Abertura da casa: 19h
Ingressos online: clique aqui
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>> Siga: @danilodunas
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Série: Discografia da Música Brasileira / Canção / álbum.
Publicado por ©Elfi Kürten Fenske
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