Osesp, Coros e solistas interpretam o emocionante Oratório Paulus, de Mendelssohn, sob regência de Arvo Volmer. Concertos acontecem de quinta (28/mar) a sábado (30/mar) na Sala São Paulo; no domingo (31/mar), Festival Schubert tem início com recital do pianista britânico Paul Lewis; performance de sexta (29/mar) será transmitida ao vivo no YouTube da Osesp.
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O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.
Na semana de Páscoa, entre quinta-feira (28) e sábado (30), a Osesp, o Coro da Osesp, o Coro Acadêmico da Osesp e os solistas convidados Lina Mendes (soprano), Luciana Bueno (mezzo soprano), Nico Darmanin (tenor) e Paulo Szot (barítono), sob regência do estoniano Arvo Volmer, apresentam no palco da Sala São Paulo uma obra de fôlego: o oratório Paulus, composto pelo alemão Felix Mendelssohn-Bartholdy. A performance de sexta-feira (29) será transmitida ao vivo no canal da Osesp no YouTube.
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E no domingo (31), às 18h, o britânico Paul Lewis realiza o primeiro dos quatro recitais que fará na Sala São Paulo neste ano, dando início ao Festival Schubert, um dos eixos temáticos da Temporada 2024. Neste programa estão as Sonatas de números 7, 14 e 17 do austríaco Franz Schubert (os próximos recitais com Lewis acontecem nos dias 07/abr, 13/out e 20/out).
Sobre o programa
Para Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847), nascido em uma família de origem judaica convertida ao cristianismo, a história de Paulo, o Apóstolo, teve um interesse especial. Além do paralelismo com a adesão a uma nova fé, que se materializa com a mudança de nomes – de Saulo para Paulo, de Mendelssohn para Mendelssohn-Bartholdy –, o compositor buscou aproximar, neste seu primeiro oratório, a música da experiência espiritual descrita por Paulo como de iluminação, metáfora da conversão.
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Paulus foi estreado em 1836, em Düsseldorf, e se tornou uma importante contribuição do século XIX para o gênero oratório. Representou, para as plateias das salas de concerto da época, o encontro com uma obra cuja poética confirmava a consciência histórica musical que se tornaria cada vez mais cara ao ideário romântico. Com uma potente sonoridade, bem ao gosto da época (a orquestra tinha 172 integrantes e o coro, 364 vozes), Paulus rende homenagens à música do passado germânico, em especial, às de Bach e de Händel.
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O libreto de Paulus teve como base os relatos de Paulo nos Atos dos Apóstolos, intercalados com outros fragmentos bíblicos, e foi escrito por Mendelssohn em conjunto com o amigo teólogo Julius Schubring, e com as interferências de seu pai, o intelectual humanista Abraham. Sua estrutura tem duas partes divididas em seis cenas, num total de 45 movimentos e 120 minutos de música, e focaliza a conversão de Paulo.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp é um dos grupos sinfônicos mais expressivos da América Latina. Com 13 turnês internacionais e quatro turnês nacionais realizadas, mais de uma centena de álbuns gravados e uma média de 120 apresentações por temporada, a Osesp vem alterando a paisagem musical do país e pavimentando uma sólida trajetória dentro e fora do Brasil, obtendo o reconhecimento de revistas especializadas como Gramophone e Diapason, e relevantes prêmios, como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Clássica de 2007. A Orquestra se destacou ao participar de três dos mais importantes festivais de verão europeus, em 2016, ao se tornar a primeira orquestra profissional latino-americana a se apresentar em turnê pela China, em 2019, e ao estrear em 2022, no Carnegie Hall, em Nova York, apresentando um concerto na série oficial de assinatura da casa e o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos. Desde 2020, Thierry Fischer ocupa os cargos de Diretor Musical e Regente Titular, antes ocupados por Marin Alsop (2012-19), Yan Pascal Tortelier (2010-11), John Neschling (1997-2009), Eleazar de Carvalho (1973-96), Bruno Roccella (1963-67) e Souza Lima (1953). Mais que uma orquestra, a Osesp é também uma iniciativa cultural original e tentacular que abrange diversos corpos artísticos e projetos sociais e de formação, como os Coros Sinfônico, Juvenil e Infantil, a Academia de Música, o Selo Digital, a Editora da Osesp e o Descubra a Orquestra. Fundada oficialmente em 1954, a Orquestra passou por radical reestruturação entre 1997 e 1999 e, desde 2005, é gerida pela Fundação Osesp.
Coro da Osesp
O Coro da Osesp, além de sua versátil e sólida atuação sinfônica e de seu repertório histórica e estilisticamente abrangente, enfatiza em seu trabalho a interpretação, o registro e a difusão da música dos séculos XX e XXI e de compositores brasileiros. Destacam-se em sua ampla discografia os álbuns Canções do Brasil (Biscoito Fino, 2010), Aylton Escobar: Obras para Coro (Selo Digital Osesp, 2013) e Heitor Villa-Lobos: Choral Transcriptions (Naxos, 2019). Em sua primeira turnê internacional, em 2006, apresentou-se para o rei da Espanha, Filipe VI, em Oviedo, na entrega do 25º Prêmio da Fundação Príncipe de Astúrias. Em 2020, cantou, sob a batuta de Marin Alsop, no Concerto de Abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, feito repetido em 2021, quando participou de um filme virtual que trazia também Yo-Yo Ma e outros artistas e grupos de sete países. Junto à Osesp, estreou no Carnegie Hall, em Nova York, em 2022, se apresentando na série oficial de assinatura da casa e integrando o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos. Fundado em 1994 como Coro Sinfônico do Estado de São Paulo, por Aylton Escobar, foi integrado à Osesp em 2000, passando a se chamar Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como coordenadora e regente, funções que, entre 2017 e 2019, foram desempenhadas por Valentina Peleggi, que contou com a colaboração de William Coelho como maestro preparador, posição que ele ainda ocupa.
Coro Acadêmico da Osesp
Criado em 2013 com o objetivo de formar profissionalmente jovens cantores, o grupo é composto pelos alunos da Classe de Canto da Academia de Música da Osesp, sob direção de Marcos Thadeu. Oferece experiência de prática coral, conhecimento de repertório sinfônico para coro e orientação em técnica vocal, prosódia e dicção, além da vivência no cotidiano junto ao Coro da Osesp. Em 2021, a Classe foi reconhecida pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo como Curso Técnico, com o Diploma Técnico Profissionalizante de Nível Médio.
Arvo Volmer
Um dos maestros mais aclamados da Estônia, estudou no Conservatório Nacional de Tallinn (atual Academia Estoniana de Música e Teatro) e no Conservatório Rimsky-Korsakov, em São Petersburgo. Estreou na Ópera Nacional da Estônia aos 22 anos, tornando-se regente associado e, em 2004, tornou-se diretor artístico e regente titular. Em 1989, recebeu o prêmio Nikolai Malko, em Copenhague, e, de 1994 a 2005, atuou como regente titular e diretor artístico da Sinfônica de Oulu, na Finlândia. Foi diretor musical e regente titular da Sinfônica de Adelaide [2014-13] e da Orquestra Haydn de Bolzano e Trento [2014-20]. Apresenta-se regularmente com orquestras como Filarmônica de Stuttgart, da BBC, da Rádio França, Sinfônica da Cidade de Birmingham, Sinfônica da Rádio de Berlim, Orquestra Nacional de França e a própria Osesp, além de todas as principais orquestras estonianas e finlandesas. Desde 2019, é diretor artístico e maestro titular do Teatro Nacional de Ópera da Estônia.
Paul Lewis
O inglês coleciona prêmios como Instrumentista do Ano da Royal Philharmonic Society, dois prêmios Edison, três Gramophone e o Diapason D’or de l’Anée, além de títulos honorários das Universidades de Liverpool, Edge Hill e Southampton e a nomeação como Comandante da Ordem do Império Britânico. Apresenta-se regularmente com orquestras como as Filarmônicas de Berlim, Londres e Nova York, as Sinfônicas de Londres, Chicago e da Rádio da Baviera, a Orquestra Real do Concertgebouw e a Gewandhaus de Leipzig, além da Osesp (onde já foi Artista em Residência). Gravou a integral das sonatas e concertos para piano de Beethoven, os últimos com a Sinfônica da BBC (Harmonia Mundi, 2010).
PROGRAMAS
TEMPORADA OSESP: CORO DA OSESP, CORO ACADÊMICO, ARVO VOLMER E SOLISTAS
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ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORO DA OSESP
CORO ACADÊMICO DA OSESP
ARVO VOLMER regente
LINA MENDES soprano
LUCIANA BUENO mezzo soprano
NICO DARMANIN tenor
PAULO SZOT barítono
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Felix MENDELSSOHN-BARTHOLDY | Paulus, Op. 36
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TEMPORADA OSESP: FESTIVAL SCHUBERT COM PAUL LEWIS
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PAUL LEWIS piano
Franz SCHUBERT
Sonata nº 7 em Mi bemol maior, D. 568 [Reelaboração da Sonata D. 567 em Ré bemol (1817)]
Sonata nº 14 em lá menor, D. 784
Sonata nº 17 em ré maior, D. 850
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SERVIÇO
28 de março, quinta-feira, às 20h30
29 de março, sexta-feira, às 14h30 (Concerto Digital)
30 de março, sábado, às 16h30
31 de março, domingo, às 18h00 [Paul Lewis]
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 271,00 [Osesp] e R$ 39,60 a R$ 132,00 [Paul Lewis]
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
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*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
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A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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