AGENDA CULTURAL

‘Os Irmãos Karamázov’ – com Caio Blat e grande elenco, clássico da literatura mundial, realiza temporada no Sesc Copacabana

Os Irmãos Karamázov, clássico da literatura mundial, chega aos palcos brasileiros em montagem emocionante com elenco diverso e questões contemporâneas. Com direção de Marina Vianna e Caio Blat, a adaptação teatral da aclamada obra de Dostoiévski abre 2025 em curta temporada, no Sesc Copacabana.
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Uma família desestruturada atravessada por paixões, disputas financeiras, dilemas existenciais e um pai perverso. Esta poderia ser a trama de uma nova série ou filme, mas foi eternizada no romance Os Irmãos Karamázov, publicado em 1880 pelo celebrado autor russo Fiódor Dostoiévski. Com adaptação de Caio Blat e Manoel Candeias, o livro – considerado por Freud obra-prima da humanidade – chega aos palcos em espetáculo inédito no Sesc Copacabana. A temporada carioca acontecerá até 25 de janeiro, com exibições de quarta a domingo e, depois, segue para São Paulo.

Dirigida por Marina Vianna e Caio Blat, a montagem traz diálogos ágeis, cenas intensas e um elenco diverso. “Sabíamos de cara que não seria possível dar conta do romance inteiro, então o primeiro desafio foi entender o que é essencial dessas mil páginas pra gente conhecer a trama e os personagens”, conta Caio. “A nossa adaptação fez uma opção radical de seguir só os três dias em que a tragédia se desenvolve. A gente acreditou que a partir da urgência e da loucura dos personagens nesses três dias, é possível conhecer a personalidade de cada um. A partir daí, o desafio foi sintetizar numa peça rápida, vertical e vertiginosa os principais temas, e revelar a alma de cada um dos personagens”, completa.
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O elenco é formado por Babu Santana, Luisa Arraes, Sol Miranda, Nina Tomsic, Pedro Henrique Muller, Lucas Oranmian, além dos diretores Caio e Marina, que também atuam. Na encenação, a escolha do elenco não se ateve ao gênero dos artistas em relação aos personagens descritos. “Dostoiévski é, se não o maior, um dos maiores autores sobre a alma humana. São questões que não poderiam ser restritas a um gênero. Então a gente quis borrar essas fronteiras, mas as mulheres não estão interpretando homem, e os homens não estão interpretando mulher. Aqui são atores e atrizes fazendo seres humanos. O que prevalece sobre um personagem não é se ele é homem ou mulher, mas sim o que ele está buscando, qual é sua ânsia, qual é sua fúria. São questões de cada ser humano”, explica a atriz Luisa Arraes.

Ambientado na Rússia pré-revolucionária, o espetáculo traz para o palco temas atemporais como culpa, justiça, autoritarismo e a busca por libertação de figuras opressoras, simbolizada no desejo dos filhos de destruir o pai corrupto. O espetáculo explora essas questões com linguagem acessível e popular, aproximando-se dos temas que assolam a sociedade brasileira. “Todos os aspectos sociais da Rússia czarista que estão no texto – o abismo social, o patriarcado, o autoritarismo, a religião decadente que explora e ilude o povo – podem ser perfeitamente compreendidos pelo brasileiro hoje. A gente não precisou fazer nenhuma transposição, nem nenhuma grande pesquisa sobre a Rússia czarista, todos os símbolos que estão na peça são facilmente reconhecidos por qualquer plateia”, observa Caio Blat.
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Além do elenco, estarão em cena os músicos Arthur Braganti (também diretor musical do espetáculo) e Thiago Rabello; as artistas intérpretes de libras Juliete Viana e Maria Luiza Aquino; e Sofia Badim, assistente de direção que também apoia o elenco, compondo um grupo heterogêneo de 13 atores que se revezam para contar essa história, ora em coro, ora individualmente, com seus corpos e funções diversos.

O espetáculo Os Irmãos Karamázov foi contemplado pelo edital Sesc Pulsar 2023/2024 e conta com patrocínio da Compass.UOL através da Lei Rouanet / Ministério da Cultura.
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A adaptação é fruto de 10 anos de estudo de Caio Blat e Manoel Candeias sobre a obra de Dostoiévski e o romance, além de quatro meses de um intenso processo criativo, com o elenco e o grupo de artistas envolvidos para a realização do espetáculo. Isabela Capeto assina a direção de arte e o figurino; Amália Lima, a direção de movimento; Arthur Braganti, a direção musical e trilha sonora original; Gustavo Hadba e Sarah Salgado, o desenho de luz; Moa Batsow, a cenografia; Raissa Couto, a acessibilidade criativa; com a direção de produção de Maria Duarte.
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Embora hoje seja considerado erudito, Dostoiévski foi um escritor popular e acessível. O romance Os Irmãos Karamazov foi publicado originalmente como folhetim, uma novela em capítulos no jornal. A montagem pretende popularizar o escritor e a sua obra no Brasil. Segundo Maria Duarte, para se produzir um espetáculo para o grande público, além da proposta artística da encenação, é preciso pensar na acessibilidade de fato. “É isto o que me move nesse projeto desde o primeiro dia: realizar um espetáculo realmente acessível. Isso implica olhar para a acessibilidade não como uma contrapartida, um problema a ser resolvido, um recurso a ser inserido depois da criação. E sim uma lente a mais para os criadores, que inspira e amplia possibilidades. Essa foi a minha proposta para a direção e toda a equipe envolvida. Quis trazer intérpretes atrizes para a cena com o elenco, e não tradutores de Libras numa lateral do palco. E o que parecia no início um problema, abriu uma explosão de ideias nesse processo, emocionante de ver”, completa a diretora de produção.

A acessibilidade como pilar criativo
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), há mais de 1,3 bilhão de pessoas com deficiência em todo o mundo. “É urgente encararmos este assunto, e considerarmos a acessibilidade como premissa da criação de um espetáculo, um show, um evento, um livro, qualquer produção cultural. Não é mais possível, em pleno 2024, se cogitar produzir um espetáculo teatral ignorando essa parcela da população”, afirma Maria. A produtora propõe a criação de um projeto inovador e ousado, que pensa a acessibilidade criativamente, entrelaçada de forma orgânica com a dramaturgia e a encenação. Todos os pilares criativos do espetáculo foram convocados – do figurino à comunicação – para o desafio de criar um espetáculo para todos, de fato.
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Fugindo do literal e do óbvio, a montagem inclui artistas intérpretes no elenco e o uso da língua brasileira de sinais nos diálogos e na composição do gestual da encenação, além de soluções que incluem efeitos sonoros, suportes táteis, comunicação acessível e outras iniciativas inéditas. Para esse desafio, o projeto conta com a direção de Raíssa Couto e o envolvimento de uma equipe de consultores, com e sem deficiência, envolvidos desde o início do processo criativo. “Trabalho há quase 15 anos com acessibilidade e anticapacitismo e nunca recebi um convite parecido como este para um projeto que não tem essa temática”, comenta Raíssa.
 
A produção envolveu artistas com deficiência, que atuaram ativamente no processo criativo desde a montagem do espetáculo, como a consultora Moira Braga e a bailarina intérprete Maria Luiza Aquino.
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Assim como a criação do espetáculo, a divulgação também considera a acessibilidade integrada. A proposta é que pessoas com deficiência também se sintam convocadas a ir ao teatro, engajando um público ainda mais amplo na formação de plateia. Nesse contexto, o projeto conta com a parceria de instituições como o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), o Instituto Benjamim Constant (IBC) e o Conselho da Pessoa com Deficiência do Município do Rio de Janeiro, bem como artistas influenciadores com deficiência.

Espetáculo “Os Irmãos Karamazov” – foto: Lorena Zschaber

Figurinos como obras de arte e uma nova forma de fazer
Isabela Capeto assina a direção de arte e figurino do espetáculo, fazendo coro à linguagem contemporânea e inovadora proposta pela direção. Reconhecida pelo maximalismo e o uso abundante de cores em suas coleções, Isabela apresenta um conjunto de figurinos brancos, produzidos artesanalmente, a partir de material de origem sustentável.
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A criação dos figurinos partiu da sugestão da obra “Branco sobre Branco”, de Malevich, além de outras referências visuais sugeridas pelos diretores Caio Blat e Marina Vianna, e mobilizou a estilista para uma imersão sobre o romance e os personagens. “Experimentamos uma nova forma de fazer. Desde o começo, foi colocado pela Maria (Duarte) a proposta de construir junto. Estou acompanhando todo o processo criativo dos atores desde o início, nas primeiras leituras e nos ensaios diários. É diferente de uma figurinista que faz o figurino, entrega e ponto. Tem uma relação. Eu quero ir a todos os espetáculos!“, conta.
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Visando a economia de recursos e considerando os impactos negativos da indústria têxtil no planeta – que, somente no Brasil, gera 175 mil toneladas de resíduos por ano – a produção do espetáculo procurou a Oficina MUDA, empresa que promove a economia circular e a gestão dos resíduos sólidos da indústria têxtil brasileira, para estabelecer uma parceria em prol dos figurinos e do cenário do espetáculo. A proposta foi acolhida com entusiasmo pela fundadora e diretora criativa Larissa Greven, e o que poderia ser visto como uma dificuldade para a equipe de figurino foi o que mais entusiasmou a estilista Isabela Capeto. “Já fiz alguns figurinos, mas nunca me identifiquei tanto com um trabalho. Eles me deram liberdade para fazer o que eu queria. Me disseram, a história é essa, vamos juntos, mas eu fiquei muito livre para fazer o figurino. E ainda aconteceu essa proposta de reutilizar materiais, pensar um figurino sustentável, com restos de tecido e reaproveitamento de roupas, o que é o que eu sei fazer melhor. Quando comecei lá atrás, fazia tudo em cima da customização, está no meu DNA, eu amo fazer! O figurino é todo feito à mão, artesanal. E criamos a partir dos tecidos doados pela MUDA, sobras de materiais de coleções antigas do meu ateliê, o elenco também trouxe roupas velhas para serem aproveitadas. Todos se envolveram, isso é maravilhoso.”

Espetáculo “Os Irmãos Karamazov” – foto: Lorena Zschaber

Música como elemento central da encenação
Pensar a música como elemento figurativo do que é apresentado na cena em termos de dramaturgia; produzir pelo som forças que desestabilizem a cena, que abram o sentido, ou que reforcem a presença da dúvida. Essa foi a proposta do diretor musical do espetáculo, Arthur Braganti. “Caio e Marina desejavam que a música, em praticamente toda a extensão da encenação, fosse produzida ao vivo e de dentro da cena. E que os músicos estivessem integrados à cena, numa qualidade de atores e escritores imediatos. De fato, o processo de criação da música se deu em sala de ensaio. Eu e Thiago Rebello nos munimos de teclas, das cordas da guitarra e instrumentos percussivos e observamos, acompanhando e experimentando desde o começo do processo, numa prática absolutamente integrada com tudo que compõe a cena: texto, gesto, silêncios, intervalos, vazio e preenchimento. Já de antemão sabíamos que esta experiência integrada deveria acontecer multilateralmente, ou seja, os músicos como atores e escritores da cena, e também os atores produzindo o desenho de som, eventualmente assumindo instrumentos e desenhando a malha sonora com as suas vozes em coro.”

Espetáculo “Os Irmãos Karamazov” – foto: Lorena Zschaber

A polifonia na montagem teatral
Segundo Mikhail Bakhtin, filósofo e pensador russo, teórico da cultura e das artes e pesquisador da linguagem humana, Os Irmãos Karamazov é um acontecimento literário polifônico. A imagem da polifonia, conceito originalmente desenvolvido na música, se refere às múltiplas vozes e perspectivas que colidem sem um único ponto de vista dominante, como a do narrador, tradicionalmente. Esta característica marcante da obra de Dostoiévski norteou a criação cênica e toda a direção musical do espetáculo.
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“A gente transformou a literatura numa peça coral, uma peça coletiva em que as vozes se sobrepõem, cada personagem que entra em cena toma a narrativa do outro, e se torna o narrador por algumas cenas, depois outro personagem toma a voz. E em algumas situações as vozes começam a se sobrepor, a ecoar: repetições de frases de personagem para o outro. Tem ainda a Libras dentro de cena, como outra voz para o mesmo texto. Até literalmente o canto polifônico que abre a peça, uma canção russa de um canto polifônico ortodoxo, voltando às origens do texto”, comenta Caio. “E a dramaturgia da música que está em cena. As várias camadas sonoras: as palavras do texto, do Dostoiévski e as palavras de dentro de cada personagem, que ecoam, que multiplicam ruídos, murmúrios… Os gestos que também podem comunicar”, complementa a diretora Marina Vianna.
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De forma contemporânea e também inovadora, a montagem espera levar para os palcos a polifonia característica da obra de Dostoiévski.

Luisa Arraes, Pedro Henrique Müller, Babu Santana, Caio Blat e Nina Tomsic na peça “Os Irmãos Karamazov” – foto: Jorge Bispo

Arte para transformação social
Buscando a aproximação de vozes variadas e plurais do universo do autor, o projeto pretende compartilhar a pesquisa e a experimentação cênica com jovens e grupos de teatro que estão nas chamadas periferias da cidade do Rio de Janeiro, de modo a expandir as opiniões sobre o autor e sua obra.
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Durante a temporada do espetáculo no Sesc Copacabana, serão oferecidas oficinas criativas com os diretores e elenco do espetáculo, em que o grupo poderá compartilhar a pesquisa sobre a obra do autor e promover reflexões e experimentações cênicas com o público participante. As atividades serão realizadas nos dias 14 e 21 de janeiro na unidade do Sesc Copacabana, e contará com a parceria da Secretaria da Juventude do Rio de Janeiro. Além do apoio logístico, a Secretaria vai mobilizar jovens líderes nas comunidades do Rio de Janeiro que participam do Projeto Pacto pela Juventude, desenvolvido em parceria com a Unesco.
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Visando contribuir para a formação de plateia, o projeto prevê, ainda, a realização de ensaio aberto no teatro para estudantes de escolas públicas e integrantes de projetos sociais, bem como duas rodas de conversa sobre o processo criativo, que também acontecerão na unidade do Sesc Copacabana.
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Para participar das atividades, os interessados devem ficar atentos ao perfil do espetáculo no Instagram (@oskrmzv), onde serão divulgados em breve todos os detalhes.

Espetáculo “Os Irmãos Karamazov” – foto: Lorena Zschaber

SINOPSE
O espetáculo se passa na Rússia pré-revolucionária e acompanha as disputas entre os irmãos Karamázov e seu pai, Fiódor, pela herança da família e pelo amor da mesma mulher. Nesse caldeirão explosivo de ressentimentos familiares, cada um dos irmãos colabora de sua maneira para o mais temido desfecho: o assassinato do pai tirano com a participação ou omissão de cada um de seus filhos.

FICHA TÉCNICA
Texto: Os Irmãos Karamázov / De Fiódor Dostoiévski | Direção: Marina Vianna e Caio Blat | Dramaturgia e adaptação: Caio Blat e Manoel Candeias || Elenco: Babu Santana, Caio Blat, Lucas Oranmian, Luisa Arraes, Marina Vianna, Nina Tomsic, Pedro Henrique Muller, Sol Miranda | Músicos: Arthur Braganti, Thiago Rebello | Artistas intérpretes de libras: Juliete Viana, Malu Aquino | Coro: Sofia Badim || Direção de produção: Maria Duarte | Produção artística: Luisa Arraes | Direção de arte e o figurino: Isabela Capeto | Direção de movimento e preparação corporal: Amália Lima | Direção musical e trilha sonora original: Arthur Braganti | Cenografia: Moa Batsow | Desenho de luz: Gustavo Hadba e Sarah Salgado | Acessibilidade criativa: Raissa Couto || Produção executiva: Fabiana Comparato | Produtores assistentes: Arlindo Hartz e Mari Dantas | Assistente de direção: Sofia Badim | Preparadora vocal: Sonia Dumont | Assistentes de figurino: Antônio Rocha e Eduarda Sales | Consultoras de acessibilidade: Moira Braga, Juliete Viana e Maria Luiza Aquino | Registro criativo (fotos): Tadeu Fidalgo e Alberto Aguinaga | Fotos de divulgação: Jorge Bispo e Lorena Zschaber | Produção de conteúdo digital: Thaylan Tolentino | Projeto gráfico e ilustrações: Marcello Talone | Assessoria de imprensa: Approach Comunicação / Debora Almeida e Vanessa Rodrigues  | Na rede: @oskrmzv | *O espetáculo foi contemplado pelo edital Sesc Pulsar 2023/2024 e conta com patrocínio da Compass.UOL, através da Lei Rouanet / Ministério da Cultura.

Espetáculo “Os Irmãos Karamazov” – foto: Lorena Zschaber

SERVIÇO
Espetáculo: ‘Os Irmãos Karamázov’
Temporada: 8 e 25 de janeiro de 2025
Dias/horário: de quarta a domingo | às 20h
Onde: Arena do Sesc Copacabana (@sesccopacabana)
Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, Rio de Janeiro – RJ
Informações: (21) 2547-0156
Ingressos: R$ 7,50 (associado do Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira)
Bilheteria – horário de funcionamento:
Terça a sexta – das 9h às 20h; Sábados, domingos e feriados – das 14h às 20h.
Classificação indicativa: 16 anos
Lotação: Sujeito à lotação
Gênero: Teatro

Revista Prosa Verso e Arte

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