Obras de Brett Dean, Mahler e Beethoven compõem programa pensado para sensibilizar sobre preservação ambiental; Orquestra toca na Sala São Paulo e no Teatro B32 entre 1 e 5/jun; apresentação de sexta (2/jun) terá transmissão ao vivo no YouTube da Osesp.
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Pelo segundo ano consecutivo, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp irá celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente apresentando um programa especial para esta data, com obras que de alguma maneira se inspiram na natureza e buscam sensibilizar sobre a urgência de preservarmos o planeta. Comemorado anualmente em 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em 15 de dezembro de 1972, e tem o objetivo de chamar a atenção para os problemas ambientais e a importância do cuidado com nossos recursos naturais, que são finitos e precisam ser preservados.
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Regida pelo maestro norte-americano David Robertson, a Osesp vai interpretar entre quinta-feira (1/jun) e sábado (3/jun), na Sala São Paulo, a Sinfonia Pastoral do australiano Brett Dean; a peça O que Me Dizem as Flores do Campos, de Gustav Mahler (segundo movimento de sua Terceira Sinfonia, em orquestração de Benjamin Britten); e a belíssima Sinfonia nº 6 de Beethoven, conhecida como Pastoral. Os ingressos custam a partir de R$ 39,60 (valor inteiro), e a performance de sexta-feira (02/jun) será transmitida ao vivo no canal da Osesp no YouTube.
Na segunda-feira (5/jun), quando é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, nossa Orquestra mostra uma versão levemente reduzida do programa (sem a peça de Brett Dean) no Teatro B32, localizado na Avenida Faria Lima. Os ingressos para esta data têm valores a partir de R$ 80,00 (inteira).
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Após completar seus estudos em sua Austrália natal, Brett Dean (1961-) se mudou para a Alemanha em 1985 para se juntar à Filarmônica de Berlin como violista. Paralelamente à carreira de músico, começou a trabalhar como compositor, dedicando-se exclusivamente a esta última atividade desde 2000, ano em que completou sua Sinfonia Pastoral. Assim como outra Pastoral mais famosa, a obra de Dean também representa o desabrochar dos sentimentos do artista ao viver próximo à natureza, no seu caso, ao se mudar para a costa litorânea de Queensland.
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Talento precoce, Benjamin Britten (1913-1976) se identificou ainda jovem com a música e a personalidade de Gustav Mahler (1860-1911), com quem dividia o gosto pela solidão e pela ironia. Foi por sugestão de seu editor que Britten resolveu adaptar o segundo movimento da monumental Sinfonia nº 3 de Mahler para uma orquestra de menores dimensões, com o objetivo de levar a música de seu ídolo às salas de concerto com mais frequência. O ano era 1941 e o revival da obra de Mahler, capitaneado por Leonard Bernstein, ainda teria que esperar pelo menos duas décadas. O que Me Dizem as Flores do Campo foi publicada em 1950 e era o nome original pretendido por Mahler para seu movimento sinfônico. A versão de Britten, para uma orquestra de dimensões mozartianas, retém toda a atmosfera bucólica dos prados de Steinbach, para onde Mahler se retirava para compor. Em tempo de minueto, a exaltação à natureza perpassa todo o movimento, tanto que o próprio Mahler se referia a esta passagem como “a página mais despreocupada que compus, despreocupada como só as flores sabem ser.”
Muita água passou por debaixo das pontes da história nos quase 200 anos que separam a Pastoral de Dean da Sexta Sinfonia de Beethoven. Se hoje em dia mudou nossa relação com a natureza, na medida em que esperamos que ela seja mais responsável do que no início do século XIX, o que não mudou é nossa perplexidade ao desfrutarmos da beleza natural intocada. E talvez seja esta a primeira impressão que nos fica ao ouvirmos a Sinfonia nº 6 de Beethoven, composta entre 1806 e 1808. Este testemunho musical da apreciação de Beethoven pela natureza evoca o bem-estar do ser humano ao percorrer os prados verdejantes, ao nadar em um calmo riacho, ao ouvir o canto dos pássaros, enfim, ao sentir que existe uma interação entre a natureza, o homem e o divino. A Sexta Sinfonia não descreve a natureza ao imitar os efeitos sonoros das aves ou da tempestade, mas nos permite senti-la em sua plenitude justamente por ser música absoluta.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê na China. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. Em outubro de 2022, a Osesp estreou no Carnegie Hall, em Nova York, realizando dois programas – o primeiro como convidada da série oficial de assinaturas da casa, o segundo com o elogiado projeto Floresta Villa-Lobos.
David Robertson
O norte-americano foi Regente Principal e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Sidney, e atuou como Diretor Musical da Orquestra Sinfônica de Saint Louis por 13 anos, mas antes colaborou com a Orquestra Nacional de Lyon, na Ensemble InterContemporain – como um protegido de Pierre Boulez –, e foi Principal Regente Convidado da BBC Symphony Orchestra. Robertson é Diretor de Estudos de Regência e Professor Visitante na Juilliard School. Criou um laço com o Metropolitan Opera quando esteve à frente das produções Porgy and Bess (2019) e Così Fan Tutte (2018). Ganhou dois Grammys, um por Melhor Gravação de Ópera, em 2021, junto ao Metropolitan Opera; e outro junto à Orquestra Sinfônica de Saint Louis, com a gravação de composições de John Adams – incluindo o Concerto para Saxofone (uma encomenda da Osesp).
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Os concertos da Semana do Meio Ambiente na Sala São Paulo têm o patrocínio de Santander e Klabin, copatrocínio de Cebrace e apoio de Rosa Branca e Thales, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.
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O concerto da Semana do Meio Ambiente no Teatro B32 tem o patrocínio do Bradesco e copatrocínio da PwC, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.
PROGRAMAS
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TEMPORADA: OSESP CELEBRA A SEMANA DO MEIO AMBIENTE
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ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
DAVID ROBERTSON regente
Brett DEAN | Sinfonia Pastoral
Gustav MAHLER | O que Me Dizem as Flores do Campo [Orquestração de Benjamin Britten]
Ludwig van BEETHOVEN | Sinfonia nº 6 em Fá Maior, Op.68 – Pastoral
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TEMPORADA OSESP NO TEATRO B32: DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE
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ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
DAVID ROBERTSON regente
Gustav MAHLER | O que Me Dizem as Flores do Campo [Orquestração de Benjamin Britten]
Ludwig van BEETHOVEN | Sinfonia nº 6 em Fá Maior, Op.68 – Pastoral
SERVIÇOS
1 de junho, quinta, às 20h30
2 de junho, sexta, às 20h30 – Concerto Digital
3 de junho, sábado, às 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 258,00 (preços inteiros)
Bilheteria (INTI): Neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.
* Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
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5 de junho, segunda-feira, às 19h30
Endereço: Teatro B32 | Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.732, Itaim Bibi
Taxa de ocupação limite: 490 lugares
Classificação: Livre
Ingressos: Entre R$ 80,00 e R$ 130,00, na bilheteria e nos sites da Osesp e do teatro
Estacionamento:
Vallet: Acesso pela R. Lício Nogueira, 90 – Itaim Bibi. Preço: R$ 30,00
Self Park: Acesso pela R. Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, 1051 – Itaim Bibi. Preço: R$ 30,00 pelas 3 primeiras horas e R$ 10,00 pelas demais.
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A Sala São Paulo é um equipamento do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerenciada pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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> Imagem (capa matéria): Osesp – foto: © Gabriel Hirga
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