AGENDA CULTURAL

Osesp com Thierry Fischer e violinista Daniel Lozakovich na Sala São Paulo

Com Fischer de volta ao pódio, Osesp apresenta mais três concertos com violinista Daniel Lozakovich na Sala São Paulo. De quarta (26/jun) a sexta-feira (28/jun), Orquestra executa programa com obras de Villa-Lobos, Saint-Saëns e também a ‘Quarta Sinfonia’ de Johannes Brahms; performance de sexta (28/jun) será transmitida ao vivo no canal de YouTube.
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O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.

Entre quarta (26/jun) e sexta-feira (28/jun), a Osesp toca mais uma obra do compositor Johannes Brahms (1833-1897) como parte do Ciclo Brahms, um dos eixos temáticos da Temporada 2024: a Sinfonia nº 4 em mi menor. Também serão apresentados, neste programa, as Bachianas Brasileiras nº 1, do mestre brasileiro Heitor Villa-Lobos, e o Concerto para violino nº 3 em si menor, do francês Camille Saint-Saëns – este com o jovem prodígio sueco Daniel Lozakovich. O Diretor Musical e Regente Titular da Osesp, Thierry Fischer, estará novamente no pódio. Originalmente escalada para essas datas, a violinista norte-americana Hilary Hahn não poderá estar conosco na Temporada 2024 por motivos de saúde.
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Lembrando que a performance de sexta (28/jun) será transmitida ao vivo no YouTube da Orquestra.

Sobre o programa
Ecoando essa tendência, mas sempre atento às tradições populares da música nacional, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) criou as suas Bachianas brasileiras, no esforço de, em suas próprias palavras, extrair a música de Bach “do infinito astral para se infiltrar na terra como música folclórica”. A original mescla de formas barrocas e brasileiras acabou gerando nove obras, para variados meios instrumentais, compostas entre 1930 e 1945.
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A primeira Bachiana brasileira, para um conjunto de oito violoncelos (instrumento tocado e amado pelo compositor), foi esboçada em 1930, estreou em 1932 e terminou ampliada em 1938, com a incorporação de uma dança folclórica, a embolada, como movimento inicial. A versão original da obra trazia apenas dois dos três movimentos que ouviremos neste concerto.
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Compositor, pianista e organista, o francês Camille Saint-Saëns (1835-1921) nos deixou três concertos para violino e orquestra. O último deles, em si menor, é de 1880 e foi dedicado ao virtuoso (e também compositor) Pablo de Sarasate, espanhol de nascimento, mas francês por adoção, que o estreou em 2 de janeiro de 1881 sob regência de Édouard Colonne. Trata-se de mais um belo exemplo do concerto romântico para violino e orquestra, par a par com seus congêneres mais tocados, como os de Brahms e Tchaikovsky, ao alternar drama e lirismo, permitindo ao virtuoso que esbanje seu talento.

Escrita em Mürzzuschlag, onde passou os verões de 1884-1885, a Sinfonia nº 4 do alemão Johannes Brahms (1833-1897) foi recebida com ressalvas pelos amigos do compositor, para quem ele mandara a partitura em busca de aprovação. Alguns sugeriram cortar movimentos, outros, reescrever trechos inteiros. Muitos acreditavam que a música era intrincada demais, sutil demais, sofisticada demais, tecnicamente tão perfeita que a emoção se mostraria secundária e a plateia não conseguiria entender a música. Assim, não foi sem apreensão que Brahms a submeteu ao julgamento do público. Mas seus amigos estavam subestimando a força da música e o nível dos ouvintes. Desde o início, a sinfonia foi ovacionada, e logo passou a ser considerada uma das maiores obras sinfônicas de todos os tempos.

Maestro Thierry Fischer rege a Osesp em concerto na Sala São Paulo – foto: Gabriel Hirga

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp é um dos grupos sinfônicos mais expressivos da América Latina. Com 13 turnês internacionais e quatro turnês nacionais realizadas, mais de uma centena de álbuns gravados e uma média de 120 apresentações por temporada, a Osesp vem alterando a paisagem musical do país e pavimentando uma sólida trajetória dentro e fora do Brasil, obtendo o reconhecimento de revistas especializadas como Gramophone e Diapason, e relevantes prêmios, como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Clássica de 2007. A Orquestra se destacou ao participar de três dos mais importantes festivais de verão europeus, em 2016, ao se tornar a primeira orquestra profissional latino-americana a se apresentar em turnê pela China, em 2019, e ao estrear em 2022, no Carnegie Hall, em Nova York, apresentando um concerto na série oficial de assinatura da casa e o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos. Desde 2020, Thierry Fischer ocupa os cargos de Diretor Musical e Regente Titular, antes ocupados por Marin Alsop (2012-19), Yan Pascal Tortelier (2010-11), John Neschling (1997-2009), Eleazar de Carvalho (1973-96), Bruno Roccella (1963-67) e Souza Lima (1953). Mais que uma orquestra, a Osesp é também uma iniciativa cultural original e tentacular que abrange diversos corpos artísticos e projetos sociais e de formação, como os Coros Sinfônico, Juvenil e Infantil, a Academia de Música, o Selo Digital, a Editora da Osesp e o Descubra a Orquestra. Fundada oficialmente em 1954, a Orquestra passou por radical reestruturação entre 1997 e 1999 e, desde 2005, é gerida pela Fundação Osesp.

Osesp e Thierry Fischer – foto Laura Manfredini

Thierry Fischer
Desde 2020, Thierry Fischer é diretor musical da Osesp, cargo que também assumiu em setembro de 2022 na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. De 2009 a junho de 2023, atuou como diretor artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornou diretor artístico emérito. Foi principal regente convidado da Filarmônica de Seul [2017-20] e regente titular (agora convidado honorário) da Filarmônica de Nagoya [2008-11]. Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique. Gravou com a Sinfônica de Utah, pelo selo Hyperion, Des Canyons aux Étoiles [Dos cânions às estrelas], de Olivier Messiaen, selecionado pelo prêmio Gramophone 2023, na categoria orquestral. Na Temporada 2024, embarca junto à Osesp para uma turnê internacional em comemoração aos 70 anos da Orquestra.

Daniel Lozakovich – foto ©Lev Efimov/Deutsche Grammophon

Daniel Lozakovich
Nascido em Estocolmo, Lozakovich fez sua estreia solo aos oito anos com a Orquestra de Câmara Virtuosi de Moscou. Desde então, apresenta-se regularmente com importantes grupos, como as Sinfônicas de Chicago, Cleveland, Pittsburgh e Singapura, as Filarmônicas della Scala, de Luxemburgo, de Seul, de Los Angeles e de Oslo e a Orquestra da Suíça Romanda. Como recitalista, tem se apresentado em salas históricas, como Carnegie Hall, Théâtre des Champs-Élysées, Tonhalle Zurique, Concertgebouw de Amsterdam e Konzerthaus de Viena. Abriu a temporada atual com sua estreia no festival BBC Proms e como Artista em Residência da Filarmônica de Monte-Carlo. Aos 15 anos, assinou contrato de exclusividade com a Deutsche Grammophon – o álbum de 2019 foi eleito pela revista Gramophone como “Escolha principal” dentre as melhores gravações do Concerto para violino de Tchaikovsky nos últimos 70 anos. Lozakovich recebeu muitos prêmios, incluindo o 1º lugar no Concurso Internacional de Violino Vladimir Spivakov [2016] e o prêmio “Artista Jovem do Ano 2017” no Festival das Nações. Toca um Stradivarius de 1713, gentilmente emprestado pela LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton.

Sala São Paulo – foto: Mariana Garcia

PROGRAMA
LOZAKOVICH E O LIRISMO DE SAINT-SAËNS
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP
THIERRY FISCHER 
regente
DANIEL LOZAKOVICH violino
Heitor VILLA-LOBOS | Bachianas brasileiras nº 1
Camille SAINT-SAËNS | Concerto para violino nº 3 em si menor, Op. 61
Johannes BRAHMS | Sinfonia nº 4 em mi menor, Op. 98
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SERVIÇO
26 de junho, quarta-feira, às 20h30
27 de junho, quinta-feira, às 20h30
28 de junho, sexta-feira, às 20h30 – Concerto Digital
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 271,00 [Osesp, valores inteiros] e gratuito [54º FICJ]
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
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*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
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A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

Revista Prosa Verso e Arte

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