O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.
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Entre quinta-feira (10/out) e sábado (12/out), a jovem regente austríaca Katharina Wincor comanda a Osesp em um programa que dá sequência ao Festival Schubert, um dos eixos artísticos desta Temporada, que é dedicado a Franz Schubert (1797-1828). Na companhia do Coro da Osesp, dos cantores brasileiros Lina Mendes, Luciana Bueno e Vitor Bispo e do sul-africano Lunga Eric Hallam, a Orquestra executa duas obras grandiosas do compositor romântico: a dramática Missa nº 5 e a Oitava Sinfonia, conhecida como Inacabada. Os ingressos para as três datas podem ser adquiridos neste link. O concerto de sexta-feira (11/out) será transmitido ao vivo pelo YouTube da Osesp.
Sobre o programa
Até hoje não se sabe a razão da Oitava Sinfonia não ter sido concluída. Os manuscritos foram encontrados, em 1865, no acervo do compositor Alselm Hüttembrenner, amigo de Beethoven e de Schubert, e os dois primeiros movimentos foram originalmente publicados em 1866. Esses movimentos iniciais têm a orquestração completa, já do terceiro movimento, um scherzo, há apenas rascunhos escritos para piano. Não se tem notícias dos planos de Schubert para um quarto movimento. A primeira audição pública da Inacabada aconteceu em Viena, em 1865, 37 anos após a morte do compositor.
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Schubert teve uma prolífica produção de música sacra. As Missas nº 5 e nº 6 são obras de sua maturidade, e a intenção de aprofundar a expressão de uma espiritualidade centrada no ser humano levou-o a liberdades que não agradaram o meio musical. Com a revisão da Missa nº 5, em 1826, Schubert esperava conseguir o cargo de vice-Mestre de Capela da corte imperial, o que não aconteceu porque a obra foi considerada excessivamente dramática. Estruturada em seis sessões, essa missa solemnis foi concebida sinfonicamente e possui passagens de sofisticada escrita camerística e solística, além de um acentuado virtuosismo vocal.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo — Osesp
Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. Possui quase 100 álbuns gravados (cerca de metade deles por seu próprio selo, com distribuição gratuita) e transmite ao vivo mais de 60 concertos por ano, além de conteúdos especiais sobre a música de concerto. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall. Mantém, desde 2008, o projeto “Osesp Itinerante”, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.
Coro da Osesp
Criado em 1994, o grupo aborda diferentes períodos e estilos, com ênfase nos séculos XX e XXI e nas criações de compositores brasileiros. Gravou álbuns pelo Selo Digital Osesp, Biscoito Fino e Naxos. Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como Coordenadora e Regente. De 2017 a 2019, a italiana Valentina Peleggi assumiu a regência, tendo William Coelho como Maestro Preparador — posição que ele mantém desde então. Em 2020, o Coro se apresentou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sob regência de Marin Alsop, repetindo o feito em 2021, em filme virtual com Yo-Yo Ma e artistas de outros sete países. Em 2022, fez turnê com a Osesp nos Estados Unidos, apresentando-se, novamente liderados por Alsop, no Music Center at Strathmore, em North Bethesda, e em dois concertos no Carnegie Hall, em Nova York. Na Temporada 2024, o grupo celebra seus 30 anos, com programação especial.
Katharina Wincor regente
A austríaca Katharina Wincor tem se destacado no cenário internacional desde sua atuação como Regente Assistente da Sinfônica de Dallas. Além disso, o trabalho com o Coro Arnold Schoenberg em Viena ampliou sua experiência orquestral e coral, quando participou do May Festival da Sinfônica de Cincinnati, em 2022, e do Festival de Salzburgo. Em 2020, foi premiada no Concurso Mahler, em Bamberg, e convidada para ministrar masterclasses junto à Orquestra Real do Concertgebouw e também com a Orquestra do Festival de Budapeste. É convidada frequente de orquestras como a Sinfônica Alemã de Berlim, as Sinfônicas de Seattle, Detroit, Vancouver e Utah, além da Bruckner Orchester Linz e das Filarmônicas de Graz (Áustria) e de Naples (EUA). Recentemente, retornou à Orquestra do Teatro de Frankfurt, à Filarmônica de Dresden, às Sinfônicas de Cincinnati, da BBC e da Rádio de Colônia.
Lina Mendes soprano
Natural do Rio de Janeiro, integrou a Accademia Teatro Alla Scala (Itália), o Centre de Perfeccionament del Palau de les Arts (Espanha) e participou do Festival de Música Schleswig-Holstein, na Alemanha. Recentemente, estreou na Ópera de Tenerife, além de ter interpretado canções de Richard Strauss junto ao pianista Pedro Halffter pela Fundación BBVA (Espanha). Foi solista em salas de concerto como Theatro Municipal de São Paulo e Theatro São Pedro, além da própria Sala São Paulo, onde se apresentou com a Osesp em diversas ocasiões. Em 2018, foi selecionada pela Broadway para protagonizar no Brasil o musical O Fantasma da Ópera, no papel de Christine Daaé, em 400 apresentações que foram assistidas por mais de meio milhão de pessoas. Representou o Brasil no BRICS Cultural Festival Xiamen, na China.
Luciana Bueno mezzo soprano
Estudou no Brasil e na Itália. Seu repertório sinfônico inclui participações como solista no Gloria de Vivaldi, na Missa em dó menor e no Réquiem de Mozart, no Messias de Händel, no Réquiem de Verdi, nas Missa em Dó maior, Missa Solemnis e Nona Sinfonia de Beethoven, na Lobgesang de Mendelssohn, na Sinfonia nº 2 de Mahler, além de recitais que incluem música brasileira e barroca. Destaca-se ainda sua interpretação da Carmen de Bizet, da qual se tornou intérprete bastante requisitada, apresentando-se em montagens no Palácio das Artes, no Theatro São Pedro, nos Theatros Municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro e nos Teatros Alfa, Amazonas, Guaíra (no Brasil) e Lucho Gatica em Rancagua, Chile.
Lunga Eric Hallam tenor
O tenor sul-africano Lunga Eric Hallam formou-se recentemente no Ryan Opera Center da Ópera Lírica de Chicago e fez parte do Programa de Jovens Artistas da Ópera da Cidade do Cabo. Em seu repertório, destacam-se Carmina Burana com a Sinfônica de Richmond, O barbeiro de Sevilha, na Ópera de Pittsburgh, Don Giovanni na Wolftrap Opera, além de sua estreia na Houston Grand Opera, na Filarmônica de Los Angeles e na própria Osesp. Na Ópera Lírica de Chicago, apresentou-se na série Beyond the aria no Harris Theater ao lado de Joyce DiDonato e fez sua estreia recente com a Orquestra Sinfônica de Chicago e Riccardo Muti em Baile de Máscaras de Verdi.
Vitor Bispo barítono
O paulistano Vitor Bispo faz parte da Ópera Estatal da Baviera. Ele iniciou seus estudos em ópera na Escola Municipal de Música de São Paulo, e em seguida lhe foi oferecida uma vaga na Royal Academy of Music, em Londres, onde adquiriu seu diploma com honras além do The Principal’s Prize, oferecido pelo Diretor, Jonathan Freeman-Attwood. Destacou-se em produções do Theatro Municipal de São Paulo, como O barbeiro de Sevilha, Turandot, La traviata e O cavaleiro da rosa e, no Theatro São Pedro, em O voo através do oceano e Aquele que diz sim. Recebeu 1º lugar no Concurso Maria Callas (Brasil), no Clonter’s Opera Prize (Reino Unido) e no concurso Pavarotti na Royal Academy of Music, além do prêmio do público na competição Tenor Viñas.
PROGRAMA
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP
CORO DA OSESP
KATHARINA WINCOR regente
LINA MENDES soprano
LUCIANA BUENO mezzo soprano
LUNGA ERIC HALLAM tenor
VITOR BISPO barítono
Franz SCHUBERT | Sinfonia nº 8 em si menor, D. 759 – Inacabada
Franz SCHUBERT | Missa nº 5 em Lá bemol maior, D. 678
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SERVIÇO
10 de outubro, quinta-feira, 20h30
11 de outubro, sexta-feira, 20h30 — Concerto Digital
12 de outubro, sábado, 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 271 (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): neste link | (11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Estacionamento: R$ 35,00 (noturno e sábado à tarde) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
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A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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