AGENDA CULTURAL

Osesp e Coro com maestro Thierry Fischer e pianista Stephen Hough

OSESP SEGUE COM MAESTRO THIERRY FISCHER E PIANISTA STEPHEN HOUGH, E RECEBE CORO DA OSESP, NOS CONCERTOS DA SEMANA
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Orquestra e Coro fazem programa com obras de Ligeti (‘Lux Aeterna’), do brasileiro Alberto Nepomuceno (‘Série Brasileira’) e de Rachmaninov (como seu ‘Concerto nº 1 para Piano’, com Hough) na Sala São Paulo, entre quinta-feira (6) e sábado (8).
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Dando continuidade à Temporada 2023 – Sem Fronteiras, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp se apresenta na Sala São Paulo entre quinta-feira (6/jul) e sábado (8/jul) novamente sob a batuta de seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, e com o pianista britânico Stephen Hough – ele é o Artista em Residência desta Temporada. O Coro da Osesp também estará no palco nessas apresentações. O programa é eclético e terá peças de Ligeti (Lux Aeterna), Alberto Nepomuceno (sua Série Brasileira) e duas de autoria do russo Sergei Rachmaninov (Rapsódia Sobre um Tema de Paganini e o Concerto nº 1 para Piano, com Hough como solista). Vale lembrar que a performance de sexta-feira (07/jul), às 20h30, será transmitida ao vivo no canal oficial da Osesp no YouTube.

Criado como ateu, György Ligeti (1923-2006) nunca aceitou nenhuma doutrina religiosa. No entanto, em meados dos anos 1960, compôs dois trabalhos de impacto revelador de sua influência religiosa: Réquiem, para dois solistas, dois coros e orquestra, e Lux Aeterna, para 16 vozes solo. São diferentes de quaisquer outras peças sacras anteriores. O platô da “mais alta música” é mantido em Lux Aeterna e em sua companheira orquestral, Lontano [Distante]. Ambos os trabalhos têm características de objetos ocultos, ou de paisagens oníricas em que o som se transforma numa superfície tangível. No início de 1968, poucos meses depois da estreia de Lontano, um amigo americano escreveu a Ligeti com a notícia de que o diretor cinematográfico Stanley Kubrick havia lançado um épico de ficção científica intitulado 2001: Uma Odisseia no Espaço, no qual eram ouvidas nada menos que quatro partituras de Ligeti – RéquiemLux AeternaAtmosphères e Aventures. Embora o diretor não tivesse pedido permissão, e só tenha pago alguma coisa depois de uma demorada batalha judicial, Ligeti expressou admiração pela realização de Kubrick.
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Concerto nº 1 para Piano, iniciado em 1889 e terminado em 1891, marca uma etapa importante na evolução da escrita do jovem Sergei Rachmaninov (1873-1943). Diferentemente de esforços anteriores, aqui o talento melódico já não se alterna com acessos febris, com estrondos pianísticos; ao contrário, ambos se unem e trabalham a sonoridade concertante. O sinal de que Rachmaninov ganhou segurança é que ele não hesita em iniciar o primeiro movimento com um rasgo pianístico de força inaudita. Impactante, esse primeiro opus é verdadeiramente genial.
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Série Brasileira (1888-96) está entre as obras mais conhecidas de Alberto Nepomuceno (1864-1920). O título é curioso, uma vez que o conjunto, agrupando peças com características dançantes e independentes, talvez pudesse ter sido chamado de suíte; mas o autor optou por uma expressão em português, assim como preferiu “Intermédio” ao italiano intermezzo. E, de fato, os títulos de cada uma das partes auxiliam na caracterização dos ritmos e movimentos (como Alvorada na SerraSesta na Rede e Batuque).
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Também de autoria de Rachmaninov, a Rapsódia Sobre um Tema de Paganini (1934) tem um forte componente de burla, especialmente por não ser uma rapsódia, mas, sim, um tema com variações, bem fundamentado nos exemplos de Beethoven e Tchaikovsky. Essas variações agrupam-se em unidades maiores, que dão a impressão de constituir os três movimentos de um concerto convencional. O “Tema” – do Capriccio nº 24 de Paganini –, com seu contorno esbelto e neutralidade expressiva, só é apresentado depois da primeira variação.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê na China. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. Em outubro de 2022, a Osesp estreou no Carnegie Hall, em Nova York, realizando dois programas – o primeiro como convidada da série oficial de assinaturas da casa, o segundo com o elogiado projeto Floresta Villa-Lobos.
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Coro da Osesp
Criado em 1994 e atualmente reconhecido como referência em música vocal no Brasil, o Coro da Osesp aborda diferentes períodos e estilos, com ênfase nos séculos XX e XXI e nas criações de compositores brasileiros. Gravou álbuns pelo Selo Osesp Digital, Biscoito Fino e Naxos. Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como Coordenadora e Regente. De 2017 a 2019, a italiana Valentina Peleggi assumiu a regência do Coro, tendo William Coelho como Maestro Preparador – posição que ele mantém desde então. Em 2020, o Coro se apresentou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sob regência de Marin Alsop, repetindo o feito em 2021, em filme musical (virtual) com participação de Yo-Yo Ma e de vários outros artistas, de sete países. Em outubro de 2022 realizou dois concertos com a Osesp nos Estados Unidos, o último deles no emblemático Carnegie Hall, em Nova York.
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Thierry Fischer
Desde 2020, o suíço Thierry Fischer é Diretor Musical e Regente Titular da Osesp, cargo que também assume na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. Desde 2009, é Diretor Artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornará Diretor Artístico Emérito a partir do segundo semestre de 2023. Foi Principal Regente Convidado da Filarmônica de Seul (2017-20) e Regente Titular (agora Convidado Honorário) da Filarmônica de Nagoya (2008-11). Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique.
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Stephen Hough
Nomeado pelo The Economist como um dos Vinte Polímatas Vivos, o britânico Sir Stephen Hough combina uma notável carreira como pianista com a de compositor e escritor. Em 2010, foi eleito melhor instrumentista do ano pela Royal Philharmonic Society. É autor de diversos textos sobre música, publicados nos jornais The Times, The Guardian, The Independent e The Telegraph. Por sua visão artística e também por seus escritos, recebeu a prestigiosa MacArthur Fellowship, em 2001. Com mais de 70 álbuns gravados, já acumulou vários prêmios Diapason d’Or, Grammy e Gramophone e lançou o elogiado aplicativo para iPad The Liszt Sonata (Touch Press, 2013). Nomeado Commander of the Order of the British Empire em 2014, foi agraciado em 2022 com o título de Cavaleiro pela Rainha Elizabeth II. É professor visitante na Royal Academy of Music, em Londres, e professor na Juilliard School, em Nova York. Como Artista em Residência da Temporada Osesp, Sir Stephen Hough interpreta o ciclo completo de obras concertantes de Rachmaninov para o piano, além de se apresentar em recital solo na Sala São Paulo.

OSESP – Stephen Hough e Thierry Fischer – foto: Laura Manfredini


PROGRAMA

TEMPORADA OSESP: THIERRY FISCHER E STEPHEN HOUGH
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORO DA OSESP
THIERRY FISCHER 
regente
SIR STEPHEN HOUGH 
piano
György LIGETI | Lux Aeterna
Sergei RACHMANINOV | Concerto nº 1 para Piano em Fá Sustenido Menor, Op. 1
Alberto NEPOMUCENO | Série Brasileira
Sergei RACHMANINOV | Rapsódia Sobre um Tema de Paganini, Op. 43
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SERVIÇO
6 de julho, quinta, às 20h30
7 de julho, sexta, às 20h30 – Concerto Digital
08 de julho, domingo, às 18h00
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 258,00 (preços inteiros)
Bilheteria (INTI): Neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.
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* Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
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A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

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