segunda-feira, março 17, 2025

Osesp e Thierry Fischer recebem pianista Marc-André Hamelin na Sala São Paulo

Sala São Paulo – Osesp e Thierry Fischer recebem pianista canadense Marc-André Hamelin no programa desta semana. Concertos com obras de três autores norte-americanos formam o programa,  Andrew Norman, Leonard Bernstein e George Gershwin.
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Entre quinta-feira (20/mar) e sábado (22/mar), a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo — Osesp apresenta um programa devotado a autores estadunidenses do século XX na Sala São Paulo. Regida por seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, a Orquestra faz a estreia mundial de Revolve, de Andrew Norman, obra encomendada para a comemoração dos 70 anos da Osesp, celebrados em 2024; e interpreta também a Sinfonia nº 2 e as Danças sinfônicas, do musical West Side Story, ambas de Leonard Bernstein; e a mítica Rhapsody in blue, de George Gershwin.
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O pianista canadense Marc-André Hamelin é o solista dessas três últimas peças. Artista versátil, Hamelin é excepcionalmente dotado de técnica e inteligência musical e construiu uma carreira particular, na qual combina o repertório canônico a autores menos executados, ao jazz e às próprias composições. Vale lembrar que o concerto de sexta-feira (21/mar) será transmitido ao vivo pelo YouTube da Osesp, a partir das 20h.

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Osesp – Sala São Paulo – foto: Mario Daloia

Sobre o programa
Revolve, de Andrew Norman (1979-), gravita em torno da noção de órbita e traduz em música trajetórias circulares, movimentos de expansão e contração, e deslocamentos de energia característicos dos corpos celestes e, ressalta o compositor, humanos. A obra percorre um ciclo de afastamento e retorno, onde notas se propagam e transformam na orquestra, criando ondas sonoras que culminam em um vórtex central. Guiada por uma espécie de “gravidade musical”, a peça combina som e movimento, fazendo os gestos dos músicos parte da experiência sensorial.
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Sinfonia nº 2 de Leonard Bernstein (1918-1990), intitulada The Age of Anxiety, foi inspirada no poema homônimo de W.H. Auden e reflete a crise moral e existencial dos Estados Unidos do pós-guerra. A obra segue de perto a estrutura do poema, dividindo-se em seções que traduzem musicalmente a jornada emocional das personagens, sem a intenção de simplesmente ilustrá-las.

Rhapsody in blue, de George Gershwin (1898-1937), estreou em 1924 e marcou uma revolução na música de concerto americana ao fundir elementos do jazz com a tradição sinfônica. Seu título faz referência ao gênero musical que nasceu com os negros do delta do Mississippi e desembocou no jazz e, como se não bastasse, sugere que o tom da peça é “blue”, e não o Si bemol maior que escutamos na cadência final. O trocadilho remete a um elemento profundamente enraizado da musicalidade afro-americana: as chamadas blue notes, que alteram a escala tradicional de modo a tornar mais incerta a distinção entre tonalidades maiores e menores.
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Em 1961, Bernstein e os compositores responsáveis pela adaptação do musical West Side Story para o cinema, Sid Ramin e Irwin Kostal, selecionaram nove números do espetáculo para formar as Danças sinfônicas. Com algumas das grandes melodias de um dos grandes melodistas do século XX articuladas em uma estrutura musical coerente, a peça é divertida, inteligente e profundamente expressiva. A suíte vai da romântica “Somewhere” à agressiva “Rumble”, passando por um animado “Mambo” e pelo jazz contrapontístico de “Cool”.

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Osesp e Thierry Fischer – foto: acervo Osesp

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall em Nova York. Mantém, desde 2008, o projeto “Osesp Itinerante”, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.

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maestro Thierry Fischer –
foto: Marco Borggreve

Thierry Fischer regente
Desde 2020, Thierry Fischer é diretor musical da Osesp, cargo que também assumiu em setembro de 2022 na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. De 2009 a junho de 2023, atuou como diretor artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornou diretor artístico emérito. Foi principal regente convidado da Filarmônica de Seul [2017-20] e regente titular (agora convidado honorário) da Filarmônica de Nagoya [2008-11]. Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique. Gravou com a Sinfônica de Utah, pelo selo Hyperion, Des canyons aux étoiles [Dos cânions às estrelas], de Olivier Messiaen, selecionado pelo prêmio Gramophone 2023, na categoria orquestral. Na Temporada 2024, embarcou junto à Osesp para a turnê internacional em comemoração aos 70 anos da Orquestra.

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Marc-Andre-Hamelin – foto: Canetty-Clarke

Marc-André Hamelin piano
Reconhecido mundialmente por sua fusão excepcional de musicalidade e virtuosismo técnico, Hamelin se apresenta regularmente com algumas das principais orquestras do mundo e em prestigiadas salas de concerto e festivais internacionais. Na temporada 2024-2025, faz recitais na China, na Coreia do Sul e no Japão. Na Europa, apresenta-se em cidades como Varsóvia, Copenhague, Toulouse, Florença, Budapeste, Hamburgo e Londres. No Brasil, retorna à Osesp para concerto e recital. Na América do Norte, Hamelin se apresenta no Carnegie Hall e colabora com orquestras como as de Cleveland, Montreal, Atlanta, Quebec, Ottawa e Edmonton. Participa de festivais como Schubertiade, Banff Center e Lanaudière. Artista exclusivo da Hyperion Records, lançou quase 90 álbuns, com repertórios solo, sinfônico e de câmara. Nascido em Montreal, Hamelin já recebeu diversas honrarias, incluindo Juno Awards e indicações ao Grammy. É Oficial da Ordem do Canadá, Chevalier da Ordem Nacional do Quebec e membro da Sociedade Real do Canadá.

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Osesp e Thierry Fischer – foto: acervo Osesp

PROGRAMA
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP
THIERRY FISCHER
 regente
MARC-ANDRÉ HAMELIN piano
Andrew NORMAN | Revolve [Encomenda Osesp | Estreia mundial]
Leonard BERNSTEIN | Sinfonia nº 2 – The age of anxiety [A era da ansiedade]
George GERSHWIN | Rhapsody in blue
Leonard BERNSTEIN | West Side Story: Danças sinfônicas

SERVIÇO
20 de março, quinta-feira, 20h
21 de março, sexta-feira, 20h — Concerto Digital
22 de março, sábado, 16h30
Endereço: Praça Júlio Prestes, 16, Luz, São Paulo, SP
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: De R$ 42,00 a R$ 295,00 (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): osesp.byinti.com
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.Estacionamento: Rua Mauá, 51 | R$ 39,00 (noturno e sábado a tarde)| 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
Mais informações nos sites oficiais da Osesp e da Sala São Paulo.

A Sala São Paulo Digital conta com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal.
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A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.


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