Entre quinta-feira (1/ago) e sábado (3/ago), Orquestra apresenta programa com compositores do século XX nascidos nas Américas; concerto de sexta-feira (2/ago) será transmitido ao vivo no canal de YouTube da Osesp.
.
O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.
Nesta semana, entre quinta-feira (1/ago) e sábado (3/ago), o maestro costa-riquenho Giancarlo Guerrero segue com a Osesp, dessa vez para interpretar compositores nascidos no século XX no continente americano. O trompetista venezuelano Pacho Flores é o solista convidado deste programa, que terá obras dos norte-americanos Adolphus Hailstork e Aaron Copland, do mexicano Arturo Márquez e do próprio Flores. Vale lembrar que a performance de sexta (2/ago) terá transmissão ao vivo no YouTube da Orquestra.
Sobre o programa
De ascendência afro-americana, nativa americana e europeia, Adolphus Hailstork (1941-) mistura em suas obras influências dessas tradições. Hailstork escreveu An American port of call em 1985 para a Sinfônica da Virgínia, procurando “capturar a energia estridente […] de uma movimentada cidade portuária americana”. Sua inspiração foi o grande porto de Norfolk, Virgínia, onde morou.
.
Pacho Flores (1981-), além de referência mundial em seu instrumento, também se arrisca com igual sucesso na composição. A valsa Morocota foi dedicada à sua mãe, e faz menção tanto a uma moeda de ouro quanto a uma brincadeira de família. As morocotas circularam pela Venezuela durante o século XIX e início do XX e seu valor nominal de US$ 20 era um verdadeiro “tesouro” para boa parte dos venezuelanos. Daí a forma como Pacho e su mamacita se tratavam carinhosamente: morocota. Na obra, predomina a atmosfera nostálgica sobre o caráter dançante da valsa, com o solista conduzindo a bela melodia enquanto é acompanhado por uma orquestração simples.
O mexicano Arturo Márquez (1950-), importante compositor de nossos dias e de quem a Osesp interpretou a Sinfonia Impossible em 2023, volta à programação da Orquestra, agora com o Concierto de otoño — escrita para o trompetista venezuelano Pacho Flores, que a estreou em setembro de 2018 com a Sinfônica Nacional do México. É o próprio Flores que estará em São Paulo fazendo a primeira audição da obra no Brasil.
.
Aaron Copland (1900-1990) é um dos mais importantes compositores estadunidenses do século XX, e a quem é dedicada a segunda parte do programa. A Sinfonia nº 3 foi a última escrita por Copland, entre 1944 e 1946, a partir de uma encomenda da Fundação Koussevitzky. Seu quarto e último movimento é introduzido pela peça mais famosa do norte-americano: a Fanfarra para o homem comum.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp é um dos grupos sinfônicos mais expressivos da América Latina. Com 13 turnês internacionais e quatro turnês nacionais realizadas, mais de uma centena de álbuns gravados e uma média de 120 apresentações por temporada, a Osesp vem alterando a paisagem musical do país e pavimentando uma sólida trajetória dentro e fora do Brasil, obtendo o reconhecimento de revistas especializadas como Gramophone e Diapason, e relevantes prêmios, como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Clássica de 2007. A Orquestra se destacou ao participar de três dos mais importantes festivais de verão europeus, em 2016, ao se tornar a primeira orquestra profissional latino-americana a se apresentar em turnê pela China, em 2019, e ao estrear em 2022, no Carnegie Hall, em Nova York, apresentando um concerto na série oficial de assinatura da casa e o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos. Desde 2020, Thierry Fischer ocupa os cargos de Diretor Musical e Regente Titular, antes ocupados por Marin Alsop (2012-19), Yan Pascal Tortelier (2010-11), John Neschling (1997-2009), Eleazar de Carvalho (1973-96), Bruno Roccella (1963-67) e Souza Lima (1953). Mais que uma orquestra, a Osesp é também uma iniciativa cultural original e tentacular que abrange diversos corpos artísticos e projetos sociais e de formação, como os Coros Sinfônico, Juvenil e Infantil, a Academia de Música, o Selo Digital, a Editora da Osesp e o Descubra a Orquestra. Fundada oficialmente em 1954, a Orquestra passou por radical reestruturação entre 1997 e 1999 e, desde 2005, é gerida pela Fundação Osesp.
Giancarlo Guerrero regente
Seis vezes vencedor do Grammy e Diretor Musical da Sinfônica de Nashville e da Filarmônica de Wrocław (Polônia), Guerrero nasceu na Nicarágua, imigrando ainda na infância para a Costa Rica. Posteriormente, estudou Percussão e Regência na Baylor University e obteve seu mestrado em Regência na Northwestern, ambas nos Estados Unidos. Ao longo de sua carreira, apresentou-se junto a importantes orquestras norte-americanas, como as de Baltimore, Dallas, Los Angeles, Filadélfia, Seattle e a Sinfônica Nacional (Washington), além de atuar com diversos grupos europeus, como a Sinfônica da Rádio de Frankfurt e as Filarmônicas de Londres, da Rádio França e da Holanda. Em 2019, recebeu a honraria de ser orador na Conferência da Liga de Orquestras Americanas. Na temporada 2023-2024, Guerrero retorna à Sinfônica de Chicago, em concerto conjunto com Wynton Marsalis e The Jazz at Lincoln Center, às Sinfônicas da Nova Zelândia e de Bilbao, à Filarmônica de Bruxelas, à Orquestra Gulbenkian, à Orquestra Cívica de Chicago e à própria Osesp, da qual é convidado frequente.
Pacho Flores trompete
Premiado no “Maurice André”, o mais importante concurso de trompetistas do mundo, Pacho Flores recebeu ainda distinções no Prêmio Philip Jones, da Royal Philharmonic Society, e no Concurso Internacional “Cittá di Porcia”. Foi trompete principal na Sinfônica Simón Bolívar da Venezuela, na Orquestra Saito Kinen do Japão e na Sinfônica de Miami. Atuando como solista, já se apresentou em importantes casas de concerto, como o Carnegie Hall em Nova York, a Sala Pleyel em Paris e a Opera City em Tóquio. Atuou em conjunto com as Sinfônicas de Tóquio e de Düsseldorf, as Filarmônicas de Kiev, Osaka e do Ártico, a Camerata de São Petersburgo, o Conjunto Orquestral de Paris, a Orquestra da Guarda Republicana e a Orquestra NHK do Japão. Como membro fundador do Quinteto de Metais Simón Bolívar, participou de turnês pela Europa e América do Sul e pelos Estados Unidos e Japão. É diretor fundador da Academia Latino-Americana de Trompete na Venezuela. Artista da família Stomvi, toca instrumentos especialmente fabricados para ele por esta renomada firma. É artista exclusivo da Deutsche Grammophon.
PROGRAMA
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP
GIANCARLO GUERRERO regente
PACHO FLORES trompete
Adolphus HAILSTORK | An American port of call [Um porto de escala americano]
Pacho FLORES | Morocota
Arturo MÁRQUEZ | Concierto de otoño
Aaron COPLAND | Sinfonia nº 3
.
SERVIÇO
1 de agosto, quinta-feira, 20h30
2 de agosto, sexta-feira, 20h30 – Concerto Digital
3 de agosto, sábado, 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 271,00 (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
.
*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
Composição e improvisação emergem como conceito no álbum “Aura”, novo trabalho do violonista e compositor…
O Barão Vermelho vai apresentar seu novo show “Do Tamanho da Vida”, título da música…
Chegou nas plataformas digitais “Que Clichê”, single de Fi Bueno que estará em seu próximo álbum autoral.…
Em tempos onde tudo é enquadrado em minutos palatáveis e formatos “acessíveis”, a poesia e…
Em um mundo onde as diferenças se dissolvem sob a rigidez das formas, A Outra…
A roleta tem inspirado gerações de jogadores com promessas de vitórias a cada giro e…