Jovem pianista israelense interpreta, de quinta-feira (23/mai) a sábado (25/mai), o terceiro ‘Concerto para piano’ de Beethoven; programa terá, ainda, a ‘Titã’ de Mahler; performance de 24/mai será transmitida ao vivo no YouTube da Orquestra.
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O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.
Entre quinta-feira (23/mai) e sábado (25/mai), a Osesp se despede do Artista em Residência da Temporada 2024, o israelense Tom Borrow. O jovem prodígio interpretará, nesta semana, o terceiro Concerto para piano de Ludwig van Beethoven – Borrow retorna como residente no próximo ano para tocar os outros dois concertos para piano do mestre alemão.
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O Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, comandará o programa, no qual nossos músicos apresentam, ainda, a Sinfonia nº 1 – Titã, de Gustav Mahler. O concerto de sexta-feira (24/mai), às 20h30, será transmitido ao vivo no YouTube da Osesp.
Sobre o programa
A partir do Concerto para piano nº 3, Beethoven (1770-1827) passa a pensar a relação orquestra-solista de forma mais sofisticada, com o piano fazendo parte do todo sinfônico. Por mais que o instrumento mantenha o seu perfil solista, há momentos na obra de total integração do piano à massa orquestral, fugindo da ideia da orquestra como apenas um suporte para o solista. Esse novo equilíbrio traz luz à escrita orquestral e inspira a ideia de ambos como verdadeiros parceiros.
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Para a sua Primeira sinfonia, Mahler (1860-1911) criou um programa que guiava a narrativa e que até chegou a ser publicado nas primeiras apresentações, embora o próprio compositor o tenha renegado, anos mais tarde. O título “Titã” fazia referência a um romance escrito pelo poeta romântico alemão Jean Paul, um de seus autores de cabeceira. O romance descreve a jornada de um herói cujo único recurso diante do ambiente hostil é uma notável força interna composta de entusiasmo, criatividade e ideais sinceros. Para Mahler, esse herói tinha um profundo significado, análogo à sua própria busca de força para sobreviver à hostilidade do mundo ao redor.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp é um dos grupos sinfônicos mais expressivos da América Latina. Com 13 turnês internacionais e quatro turnês nacionais realizadas, mais de uma centena de álbuns gravados e uma média de 120 apresentações por temporada, a Osesp vem alterando a paisagem musical do país e pavimentando uma sólida trajetória dentro e fora do Brasil, obtendo o reconhecimento de revistas especializadas como Gramophone e Diapason, e relevantes prêmios, como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Clássica de 2007. A Orquestra se destacou ao participar de três dos mais importantes festivais de verão europeus, em 2016, ao se tornar a primeira orquestra profissional latino-americana a se apresentar em turnê pela China, em 2019, e ao estrear em 2022, no Carnegie Hall, em Nova York, apresentando um concerto na série oficial de assinatura da casa e o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos. Desde 2020, Thierry Fischer ocupa os cargos de Diretor Musical e Regente Titular, antes ocupados por Marin Alsop (2012-19), Yan Pascal Tortelier (2010-11), John Neschling (1997-2009), Eleazar de Carvalho (1973-96), Bruno Roccella (1963-67) e Souza Lima (1953). Mais que uma orquestra, a Osesp é também uma iniciativa cultural original e tentacular que abrange diversos corpos artísticos e projetos sociais e de formação, como os Coros Sinfônico, Juvenil e Infantil, a Academia de Música, o Selo Digital, a Editora da Osesp e o Descubra a Orquestra. Fundada oficialmente em 1954, a Orquestra passou por radical reestruturação entre 1997 e 1999 e, desde 2005, é gerida pela Fundação Osesp.
Thierry Fischer
Desde 2020, Thierry Fischer é diretor musical da Osesp, cargo que também assumiu em setembro de 2022 na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. De 2009 a junho de 2023, atuou como diretor artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornou diretor artístico emérito. Foi principal regente convidado da Filarmônica de Seul [2017-20] e regente titular (agora convidado honorário) da Filarmônica de Nagoya [2008-11]. Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique. Gravou com a Sinfônica de Utah, pelo selo Hyperion, Des Canyons aux Étoiles [Dos cânions às estrelas], de Olivier Messiaen, selecionado pelo prêmio Gramophone 2023, na categoria orquestral. Na Temporada 2024, embarca junto à Osesp para uma turnê internacional em comemoração aos 70 anos da Orquestra.
Tom Borrow
Nascido em Tel Aviv, em 2000, Tom Borrow iniciou seus estudos no Conservatório de Música de Givatayim e na Escola de Música Buchmann-Mehta, frequentando ainda o Centro de Música de Jerusalém. Recebeu aclamação do público e da crítica após ser chamado com apenas 36 horas de antecedência para substituir a renomada pianista Khatia Buniatishvili em uma série de 12 concertos com a Filarmônica de Israel, em 2019. Em 2021, após estreia muito elogiada junto à Orquestra de Cleveland, a Musical America o indicou como “Novo Artista do Mês”. Nomeado Artista da Nova Geração da BBC, apresenta-se no regularmente no Wigmore Hall. Estreou em 2022 na BBC Proms, no Royal Albert Hall. Dentre suas distinções, destacam-se o Prêmio Terence Judd-Hallé Orchestra [2023], o Concurso de Jovens Artistas da Rádio Israelense e da Sinfônica de Jerusalém, além do prêmio “Maurice M. Clairmont” [2018], concedido pela America-Israel Cultural Foundation e pela Universidade de Tel Aviv. Seus compromissos recentes incluem a Orquestra de Cleveland, as Sinfônicas Nacional Dinarmaquesa, de Milão, de Baltimore, de Atlanta, de St. Louis e da BBC, as Filarmônicas Tcheca e de Londres, além das orquestras do Konzerthaus de Berlim e de Viena e a própria Osesp.
PROGRAMAS
A TITÃ DE MAHLER
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP
THIERRY FISCHER REGENTE
TOM BORROW PIANO [Artista em Residência]
Ludwig van BEETHOVEN | Concerto para piano nº 3 em dó menor, Op. 37
Gustav MAHLER | Sinfonia nº 1 em Ré maior – Titã
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SERVIÇO
23 de maio, quinta-feira, às 20h30
24 de maio, sexta-feira, às 20h30 – Concerto Digital
25 de maio, sábado, às 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 271,00 (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
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*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
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A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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