Osesp toca Sinfonia Turangalîla, e Quinteto Osesp apresenta último recital

Orquestra se apresenta de 30/nov a 2/dez com regente Baldur Brönnimann e solistas Cynthia Millar e Jason Hardink; Quinteto faz seu último concerto do ano no domingo (3/dez); performance da Osesp na sexta (1/dez) terá transmissão ao vivo no YouTube.
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Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp se apresenta entre 30/nov e 2/dez, na Sala São Paulo, recebendo pela primeira vez o regente suíço Baldur Brönnimann, e tendo também como convidados a britânica Cynthia Millar (ondas martenot) e o norte-americano Jason Hardink. Nas três datas, o programa terá a Sinfonia Turangalîla, obra que é, ao mesmo tempo, “uma canção de amor e um hino à alegria, tempo, movimento, ritmo, vida e morte”, nas palavras de seu autor, o francês Olivier Messiaen. Vale lembrar que a apresentação da sexta-feira (1/dez) terá transmissão ao vivo no canal da Osesp no YouTube.

E, no domingo (3/dez), teremos o último recital da série do Quinteto Osesp nesta Temporada. Em ano sabático do Quarteto Osesp, o conjunto formado pelas violinistas Amanda Martins e Sung Eun Cho, pelas violistas Maria Angélica Cameron e Sarah Nascimento, e pela violoncelista Jin Joo Doh, todas elas integrantes da Osesp, interpreta um programa com o Quinteto nº 2 de Brahms, e o Quarteto nº 1 de Ligeti – compositor cujo centenário celebramos ao longo de 2023.

Sobre a Sinfonia Turangalîla
Em 1945, o compositor francês Olivier Messiaen [1908-1992] recebeu uma importante encomenda do maestro da Orquestra Sinfônica de Boston, Serge Koussevitzky. O pedido foi claro e generoso: “Faça-me a obra que quiser, no estilo que quiser, com a duração que quiser, com a formação instrumental que quiser…”. Ao final de novembro de 1948, temos finalizada a partitura da Sinfonia Turangalîla, com seus 10 movimentos, 2683 compassos e mais de 100 instrumentistas.
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Centrada em um jogo de amor e morte, seu título vem do Sânscrito. “Lîla” significa jogo, a partir do senso de influência divina sobre o cosmos, com sua força criadora e destrutiva. “Turanga” se refere ao movimento e ao ritmo, como o tempo que escorre feito areia fina através de nossos dedos. Nesse encontro de diferentes sentidos, Turangalîla celebra, simultaneamente, vida, morte, ritmo, movimento e tempo: um hino à alegria.
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Há que se falar do importante papel exercido pelo piano, que é pensado como uma orquestra dentro da orquestra. Messiaen dizia: “uma parte de piano solo, de extrema dificuldade, destinada a ‘abrilhantar’ a orquestra com passagens rápidas, cachos de acordes e cantos de pássaros, faz de Turangalîla quase um concerto para piano e orquestra”. Os instrumentos de teclado, agrupados, buscam trazer a sonoridade do gamelão javanês, conjunto de gongos de origem indonésia.
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Dividindo a atenção com o piano, temos um dos instrumentos eletrônicos mais notáveis do século XX, as ondas martenot. Som fascinante, com um quê de sobrenatural, magnético e difícil de categorizar. A sinuosidade que ele traz às melodias cria um charmoso vocalise, sobrepondo-se ao todo orquestral no registro mais agudo e oferecendo doçura no mais grave.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê na China. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. Em outubro de 2022, a Osesp — Orquestra e Coro — estreou no Carnegie Hall, em Nova York, realizando dois programas — o primeiro como convidada da série oficial de assinaturas da casa, o segundo com o elogiado projeto “Floresta Villa-Lobos”. Na Temporada 2024, a orquestra celebrará 70 anos de história com programação especial e a realização de uma turnê internacional.

Quinteto Osesp – foto © Beatriz de Paula.

Quinteto Osesp
Composto pelas violinistas Amanda Martins e Sung Eun Cho, pelas violistas Maria Angélica Cameron e Sarah Nascimento e pela violoncelista Jin Joo Doh, o Quinteto Osesp celebra o repertório escrito para uma das formações clássicas da história da música, que incorpora uma segunda viola ao tradicional quarteto de cordas. Nesta temporada de estreia, elas realizam cinco recitais, com obras de Mozart, Brahms, Dvorák, Mahler e Schubert, além da suíte Obrigado, Pixinguinha, escrita especialmente para o grupo pelo clarinetista Alexandre Ribeiro, em homenagem aos 50 anos da morte do compositor brasileiro — estreada em 2 de julho, na Sala São Paulo.

Baldur Brönnimann – foto © Jorgo Tsolakidis, Cynthia Millar – foto © Steven Nilsson e Jason Hardink – foto © Duston Todd

Baldur Brönnimann
Diretor Artístico e Regente Titular da Real Filharmonia de Galicia e de sua Escola de Altos Estudos Musicais, Baldur Brönnimann é também diretor do curso de regência contemporânea da Academia do Festival de Lucerna, na Suíça, e fundador do Desclasficados, projeto voltado a jovens músicos em Madri. Regeu obras importantes de Kaija Saariaho, Fausto Romitelli, Pierre Boulez, Dieter Schnebel e outros compositores em festivais como Wien Modern, Darmstadt, Mostly Mozart no Lincoln Center e BBC Proms. Na temporada 2023-24, o maestro suíço retorna às sinfônicas da Rádio de Colônia e da Rádio de Stuttgart e à Orquestra de Valência, além de estrear com a Orquestra Nacional Basca, a Sinfônica de Madri e com a própria Osesp. Foi Regente Titular da Basel Sinfonietta [2016-23], da Sinfônica do Porto Casa da Música [2014-20], e Diretor Artístico do BIT20 Ensemble [2011-15], na Noruega, e da Sinfônica Nacional da Colômbia [2008-12].
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Cynthia Millar
Cynthia Millar estudou ondas martenot com John Morton na Inglaterra e Jeanne Loriod na França. Desde sua primeira performance de Turangalîla, no festival BBC Proms, em 1986, com a Orquestra Jovem Nacional da Grã-Bretanha, tocou essa peça mais de 200 vezes com algumas das orquestras e alguns dos regentes mais destacados do mundo. Na temporada 2023, une-se à Orquestra Nacional da França, à Sinfônica de Londres e às Filarmônicas de Berlim, Hong Kong, Bruxelas e Nova York, além da própria Osesp, para apresentar essa sinfonia. Millar também retorna nesta temporada à Filarmônica de Los Angeles, com Trois petites liturgies de la présence divine [Três pequenas liturgias da presença divina], também de Messiaen, sob regência de Michael Tilson Thomas. Em 2016, ela estreou a ópera de Thomas Adès The Exterminating Angel [O Anjo Exterminador], escrita especialmente para ela, no Festival de Salzburgo, e em 2018 também na Royal Opera House (Londres), na Metropolitan Opera (Nova York) e na Royal Danish Opera (Copenhagen).
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Jason Hardink
O norte-americano Jason Hardink é Pianista Titular da Sinfônica de Utah. Tem atuado em um largo espectro de composições pianísticas, desde as obras históricas até as modernas. Seu repertório mais recente inclui The vanishing pavilions, de Michael Hersch, Vingt regards sur l’Enfant-Jésus [Vinte olhares sobre o Menino Jesus], de Messiaen, Transcendental études, de Liszt, e Notations, de Pierre Boulez. Tem atuado junto a importantes orquestras no mundo, além de colaborar com destacados pianistas, como Augustin Hadelich, Nicola Benedetti e Phillip Setzer. No campo da música contemporânea, o pianista foi responsável por encomendas como And the waves sing because they are moving [E as ondas cantam porque elas estão em movimento], de Thomas Osborne, Passagio scuro, de Bruce Quaglia, e do concerto para piano Hiraeth, de Inés Thiebaut. Gravou recentemente O carnaval dos animais, de Saint-Saëns, com a Sinfônica de Utah e a pianista Kimi Kawashima, sob regência de Thierry Fisher.

PROGRAMAS
TEMPORADA OSESP: BALDUR BRÖNNIMANN, CYNTHIA MILLAR E JASON HARDINK
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
BALDUR BRÖNNIMANN 
regente
CYNTHIA MILLAR 
ondas martenot
JASON HARDINK 
piano
Olivier MESSIAEN | Sinfonia Turangalîla
TEMPORADA OSESP: QUINTETO OSESP
QUINTETO OSESP
György LIGETI | Quarteto de Cordas nº 1 – Metamorfoses Noturnas
Johannes BRAHMS | Quinteto de Cordas nº 2 em Sol Maior, Op. 111
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SERVIÇO
30 de novembro, quinta-feira, às 20h30
1 de dezembro, sexta-feira, às 20h30 – Concerto Digital
02 de dezembro, sábado, às 16h30
03 de dezembro, domingo, às 18h [Quinteto Osesp]
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 258,00 [Osesp], e entre R$ 39,60 a R$ 143,00 (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.

*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
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A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

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