Ouvir música alegre melhora capacidade cognitiva, afirma estudo

O estudo britânico teve como base os concertos da série As Quatro Estações de Vivaldi e revelou benefícios ao nível da atenção e da memória.

A Universidade de Northumbria, no norte do Reino Unido, levou a cabo um estudo que concluiu que ouvir música alegre pode melhorar as capacidades cognitivas, aumentando o “estado de alerta” do cérebro.

O estudo britânico teve como base os concertos da série As Quatro Estações de Vivaldi e revelou benefícios ao nível da atenção e da memória. Desenvolvido por Leigh Riby e publicado este mês na publicação Experimental Psychology, a investigação envolveu 14 jovens adultos aos quais foi pedida a realização de uma tarefa de concentração. O objetivo era carregar na barra de espaço de um teclado quando aparecesse um quadrado verde no ecrã do computador, ignorando os círculos de várias cores e outros quadrados que surgiam de forma intermitente.

A tarefa teve duas fases, onde primeiro foi desempenhada em silêncio e depois enquanto se ouvia cada um dos quatro concertos do compositor italiano. Durante o processo, a atividade cerebral dos jovens foi medida através de eletroencefalografia (uso de elétrodos no couro cabeludo para analisar as correntes elétricas do encéfalo), segundo o comunicado da Universidade da cidade de Newcastle, no seu site.

O estudo mostrou que, em média os participantes responderam de forma correta e com mais rapidez enquanto ouviam a Primavera de Vivaldi. Durante a música, o tempo médio de resposta foi de 393,8 milissegundos, e em silêncio, levaram, em média, 408.1 milissegundos a completar a tarefa.

Já com a composição Outono, música mais lenta e sombria, o tempo de resposta aumentou para os 413.3 milissegundos quando, indicando uma diminuição da capacidade mental.
Após o estudo, Leigh Riby concluiu que a Primavera de Vivaldi pode ser usada como terapia pois “melhorou a atividade geral do cérebro e provocou um efeito exagerado na área cerebral que é responsável pelo processamento emocional”. Riby concluiu ainda que o estudo forneceu “evidências de que há um efeito indireto da música na cognição que é criado pelo estado de alerta, humor e emoção”.

“Quando ouço música, a minha imaginação compraz-se muitas vezes com o pensamento de que a vida de todos os homens e a minha própria vida não são mais do que sonhos de um espírito eterno, bons e maus sonhos, de que cada morte é o despertar.”
– Arthur Schopenhauer, em “Dores do Mundo – Capítulo referente à arte”.

Ouça As quatro estações, de Antonio Vivaldi – com Julia Fischer

Fonte do artigo: por Rute Martins /EspalhaFactos

Revista Prosa Verso e Arte

Música - Literatura - Artes - Agenda cultural - Livros - Colunistas - Sociedade - Educação - Entrevistas

Recent Posts

Banda Boogarins lança single ‘Corpo Asa’

A banda goiana Boogarins lança “Corpo Asa”, single de seu novo álbum “Bacuri” (Urban Jungle/ONErpm),…

5 minutos ago

Espetáculo solo ‘Caio em Revista’, com ator Roberto Camargo estreia temporada no MI Teatro

Espetáculo solo do ator Roberto Camargo, dirigido por Luís Artur Nunes, põe em cena textos…

3 horas ago

Leo Russo lança ‘Isabella’, parceria com Moacyr Luz

O single “Isabella”, canção de Leo Russo e Moacyr Luz chegou nas plataformas digitais. A…

3 dias ago

Espetáculo ‘Eu conto essa história’ tem apresentação gratuita no Salão Assyrio, do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

O espetáculo “Eu conto essa história" apresenta três narrativas de famílias que cruzaram continentes e oceanos em…

3 dias ago

Espetáculo ‘Quando o Discurso Autoriza a Barbárie’ estreia na Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho

A Companhia de Teatro Heliópolis apresenta o espetáculo Quando o Discurso Autoriza a Barbárie na Casa de Teatro Mariajosé de…

3 dias ago

Espetáculo ‘Verme’, estreia curta temporada no Teatro Paulo Eiró

A Cia. Los Puercos inicia temporada do espetáculo Verme, no Teatro Paulo Eiró, localizado na Zona Sul de…

3 dias ago