terça-feira, novembro 5, 2024

Pai e filha – os laços do afeto são mais fortes que o Tempo

“É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há”
– Legião Urbana, excerto da canção “Pais e filho”.

“Pai e Filha” (Father and Daughter) é um filme sobre o amor incondicional e a saudade, o tipo de saudade que discretamente, porém totalmente, afeta as nossas vidas.

“Em apenas oito minutos, Michael Dudok de Wit conta a saga da personagem que, ainda criança, vê o pai pela última vez. Ano após ano, e sempre de bicicleta, retorna ao lugar da despedida, esperando que ele volte. Assim como a música ao longo da narrativa – repetição incessante da mesma melodia, que varia, tal qual o Bolero de Ravel, rítmica e harmonicamente –, Pai e Filha se estrutura a partir de sequências a princípios idênticas entre si, que, entretanto, se diferenciam na medida em que são preenchidas pelo Tempo (o devir heraclitiano). Desse modo, enquanto a roda gira, os anos passam, cada corte introduzindo nova elipse temporal. Sobre a bicicleta, a filha envelhece: nós a acompanhamos estudante, com o primeiro namorado, já casada e com filhos, idosa. Trajetória que mostra não somente a degradação física, como também, e principalmente, os sentimentos e a memória e as lembranças cristalizam, ponte entre o passado, o presente e o futuro, visível na sucessão emotiva das estações do ano e das paisagens holandesas que ambientam o filme.”
–  Paulo Ricardo de Almeida

“Father and Daughter” é um filme de animação em curta-metragem holandês de 2000 dirigido e escrito por Michaël Dudok de Wit, produzido pela Cinété Filmproductie. Venceu o Oscar de melhor curta-metragem de animação na edição de 2001. De Wit também escreve e ilustra livros infantis e ensina animação e arte em escolas da Grã-Bretanha e em outros países.

Assista aqui ‘Pai e filha’ (Father and Daughter), uma emocionante animação:

Fontes: Contracampo – Revista de cinema + Revista Pazes

Site: Wit Animation


ACOMPANHE NOSSAS REDES

DESTAQUES

 

ARTIGOS RECENTES