O encontro entre as divas Maria Callas e Marilyn Monroe é o ponto de partida para o espetáculo musicado que reúne humor, ironia, árias inesquecíveis e canções inéditas. ‘Parabéns Sr. Presidente In Concert’ com Vanessa Gerbelli e Ju Knust
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PARABÉNS SR. PRESIDENTE IN CONCERT traz Vanessa Gerbelli interpretando a cantora lírica Maria Callas e Ju Knust a atriz Marilyn Monroe. Para além do desafio de interpretar duas mulheres icônicas, de grande projeção e fins trágicos, o espetáculo musical desafia Gerbelli, que canta óperas e duetos vivendo o papel de uma das maiores cantoras de todos os tempos. A belíssima trilha sonora transita em diferentes estilos e ritmos com canções inéditas de Maíra Freitas. A última canção encerra o espetáculo em grande estilo, uma apoteose combinando as duas figuras tão distintas através da maior paixão em comum: A ARTE.
O projeto foi idealizado e produzido por Fernando Duarte, que também assina a dramaturgia. Com belos figurinos, sofisticadas projeções de Aníbal Diniz e direção artística de Fernando Philbert.
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PARABÉNS SR. PRESIDENTE IN CONCERT parte de eventos históricos que aconteceram na noite de 19 de maio de 1962, para discutir temas atuais. A grande questão é como duas pessoas de universos tão distintos se relacionariam e o olhar diferente que tinham sobre uma série de situações. O espetáculo explora, graças ao duelo verbal entre as duas, o drama feminino dos tempos recentes, a divisão entre afeto e realização, o conflito diante do papel a desempenhar em um mundo ainda regido pelos homens.
Marilyn fala abertamente sobre os abortos espontâneos que sofreu, as crises conjugais, a violência doméstica durante a conturbada relação com o ex-marido, o jogador de baseball Joe Dimaggio, que a agrediu fisicamente.
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Callas reconhece que a voz já não é a mesma e enfrenta problemas no relacionamento com o magnata grego Aristóteles Onassis, com quem manteve por nove anos um conturbado relacionamento. O homem que ela amava e por quem abandonou tudo, foi um tirano e parecia se divertir humilhando a grande Prima Donna diante dos amigos ilustres, como Winston Churchill e a princesa Grace Kelly de Mônaco.
A HISTÓRIA
Em 19 de maio de 1962, um sábado à noite, aconteceu na Madison Square Garden, famosa casa de shows em NY, a comemoração dos 45º anos do então presidente John F. Kennedy. Quinze mil pessoas lotaram o local e o evento foi transmitido ao vivo pela TV. A festa contou com a participação dos maiores artistas da época, entre eles, Marilyn Monroe e Maria Callas.
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A única lembrança que ficou na mitologia dos anos 1960, é a imagem da atriz MARILYN MONROE usando o icônico vestido de sereia brilhante e cantando aos sussurros, “Happy birthday mister presidente”.
Ao ser anunciada pelo ator Peter Lawford, mestre de cerimônias do evento e cunhado do presidente, a orquestra atacou com o “rufar dos tambores” e um grande foco de luz se abriu na lateral do palco. Nada! Peter anunciou pela segunda vez e nada. Quando Marilyn finalmente surgiu no palco, a plateia foi ao delírio. Antes de pegar o casaco branco da atriz e sair do palco, Peter disse:
– Senhor Presidente, a atrasada Marilyn Monroe!
Happy Birthday Mr President
(Letra que Marilyn Monroe cantou)
Feliz Aniversário (Happy birthday to you)
Feliz aniversário, Sr. Presidente (Happy birthday Mr. President)
Feliz Aniversário (Happy birthday to you)
Obrigado, Sr. Presidente (Thanks, Mr. President)
Por todas as coisas que você fez (For all the things you’ve done)
As batalhas que você venceu (The battles that you’ve won)
A maneira como você lida com a U.S. Steel (The way you deal with U.S. Steel)
E nossos problemas às toneladas (And our problems by the ton)
Nós te agradecemos muito (We thank you so much)
Pessoal, feliz aniversário (Everybody, happy birthday)
Senhoras e senhores, o presidente dos Estados Unidos! (Ladies and gentlemen, the president of the United States!)
O episódio é um dos que são mais lembrados da vida da atriz. A sua figura, seus gestos, a voz suave ao cantar, o vestido coberto de pedras cintilantes, o emblemático penteado… ao sair do palco flutuando feito uma borboleta e acenando para a plateia, o mundo não sabia, mas seria a última vez que viriam aquela linda imagem da loira mais famosa do cinema. A performance que durou três minutos fez a versão do “Parabéns pra você” se tornar a mais famosa, aclamada e parodiada até os dias de hoje e entrou na história da cultura americana. A apresentação foi o canto do Cisne, a última aparição pública da atriz que faleceu dois meses depois, aos trinta e seis anos.
Você se se acha muito especial só porque tem esse apito enferrujado na garganta? Assim Onassis falava com Callas. Ela o amava, mas era um amor que a deixava insegura, levava ao descontrole, ele gostava de exibi-la como um troféu, circular nas altas rodas ao lado da cantora mais famosa do mundo, a diva que abre às portas de todos os salões. Na época, morando em Paris, só aceitou o convite para cantar e viajar até NY, para fazer um agrado a Onassis (ele queria conhecer Kennedy). Trajando um elegante vestido ela decidiu cantar “Habanera” e “Siguidilha”, duas árias da ópera Carmen do compositor Georges Bizet. As quinze mil pessoas presentes na plateia do Madison Saquare Garden, ficaram de pé para aplaudir a grande diva da ópera ao final da apresentação arrebatadora. Maria Callas saiu do palco carregando um enorme buquê de flores enquanto o público gritava em coro, “Brava! Bravíssima!”. Nos bastidores, ela se deparou com uma emocionada Marilyn Monroe. A performance emocionou a atriz, que a procurou em seguida em seu camarim. A cantora foi ríspida e se arrependeu, mandando no dia seguinte um buquê de flores para Marilyn com um pedido de desculpas. O cartão dizia: “A senhorita é uma boa alma e eu não soube compreende-la, peço que me perdoe”.
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Na ficção de Fernando Duarte, a cantora se desculpa indo ao camarim da atriz. Lá, as duas divas de temperamentos opostos abrem o coração, trocam segredos, conversam sobre à vida enquanto tomam champanhe, cantam e por um breve momento podem ser elas mesmas.
FICHA TÉCNICA
Idealização: Fernando Duarte | Dramaturgia: Fernando Duarte e Rita Emôr | Direção: Fernando Philbert | Elenco: Vannessa Gerbelli e Ju Knust | Letras, arranjos e direção musical: Maíra Freitas | Direção vocal: Breno Pizzorno | Cenografia: Emerson Teixeira | Figurinos: Fernando Duarte | Designer de luz: Vilmar Olos | Direção de imagens / projeções: Aníbal Diniz | Visagismo: Anderson Bueno | Programação visual: Mau Resende | Fotografia: Edu Rodrigues | Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação | Financeiro: Karime Kawaja | Assistente de produção: Maria Clara Souza | Direção de produção: Fernando Duarte | Realização: Vissi D’arte Produções Artísticas e Ferreira Eventos Culturais
SERVIÇO
PARABÉNS SR. PRESIDENTE IN CONCERT
Estreia: 6 de outubro
Temporada: 6 a 29 de outubro – Sextas – Sábados – domingos.
Horários: 19h
Local: Teatro Sergio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno – 144 lugares
Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 / Bela Vista – São Paulo/SP | Informações: (11) 3288.0136
Classificação: 14 anos.
Duração: 70 minutos
Ingressos: R$ 80,00 inteira R$ 40,00 meia
Antecipados – preços promocionais R$ 50,00 inteira R$ 25,00 meia.
Venda online pela Sympla
Bilheteria do teatro: das 14h até o início de cada sessão.
Mais informações: Instagram @parabensinconcert
Atrizes e Autor falam sobre o espetáculo
“Mostrar estas divas fora do pedestal, desconstruídas, com os pés descalços, bebendo champanhe e falando da vida é uma delícia, não tem como não se identificar.”
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– VANNESSA GERBELLI (CALLAS)
“Marilyn em sua forma mais humana. Longe do estereótipo que permeia a imaginação dos homens e mulheres de todos os tempos. A diva é uma mulher da vida real. Aos poucos me encontro nela, crio conexões emocionais. Suas inseguranças, sua fragilidade emocional, seu humor, sua generosidade. A arte existe porque a vida não basta!”
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– JU KNUST (MONROE)
“Uma peça sobre dois mitos, duas divas que se encontram no camarim e ali no reconhecimento de suas dores, alegrias, amores, elas se abrem em uma conversa franca sobre suas vidas. Se escutam e refletem sobre caminhos. Aqui existe uma meta teatro pois tanto Vannessa quanto a Ju reconhecem este universo onde as vezes são vistas mais como divas do que mulheres com seus desejos iguais a todas as mulheres.”
– FERNANDO PHILBERT – DIRETOR
“A proposta inicial é apresentar essas duas grandes mulheres em um evento histórico, no entanto, quando elas fazem essa conexão, tiram as máscaras, saem do pedestal, a plateia passa a conhecer as mulheres por trás do mito, mostrando mais a MARIA e menos a CALLAS, mais a NORMA JEAN (nome verdadeiro da Marilyn) e menos a MONROE, figura sensual que povoa o imaginário do público ainda nos dias de hoje. Meu maior objetivo sempre foi mostrar o lado humano dessas duas figuras femininas tão marcantes. Enquanto conversam e cantam, a plateia vai conhecendo seus segredos, a humanidade que há em todas as mulheres, as lutas, as alegrias, as dores. Antes de serem artistas, são duas mulheres normais falando sobre questões universais que todas as mulheres conversam ao longo da vida. Lá pelas tantas, tiram um pouco os sapatos, puxam os vestidos, respiram aliviadas enquanto se desmontam… é difícil manter a imagem de “diva”. O quanto são cobradas. Elas param para se olhar no espelho. São momentos pontuais e rápidos, um retoque na maquiagem, uma ajeitada no cabelo, como se para ter certeza de que ainda são “a” CALLAS e “a” MONROE, apesar de todas as confissões e toda a sinceridade da conversa que travam naquele momento: as dificuldades que tinham em 1960, em se provar dignas de respeito, tanto pessoal quanto profissional, tem muito a ver com a luta que muitas mulheres travam até hoje. A Marilyn falando sobre a violência doméstica que sofreu ou a Callas sobre a pressão do padrão estético, poderiam ser duas mulheres em 2023, em plena era digital sofrendo as mesmas pressões. O mundo mudou muito, o ser humano mudou muito pouco.”
– FERNANDO DUARTE – AUTOR E PRODUTOR
Sobre Maria Callas e Marilyn Monroe
MARIA CALLAS / VANNESSA GERBELLI
MARIA CALLAS a mais completa tradução da palavra DIVA. A mulher que traduzia fielmente o feminino no que diz respeito à força e fragilidade. Nesta obra teatral, são compartilhados as dúvidas e medos de “La Divina Callas”, a imperatriz do Bel Canto, que nos deixou como herança sua voz imortal. Callas, a diva das divas. Única. Uma força da natureza. A indomável Callas, geniosa, intempestiva, era regida pelos sentimentos. Sua história de vida foi tão dramática quanto às personagens que interpretou nas óperas. A maior soprano da história e um dos maiores mitos do século XX, teve sua vida marcada por glórias e tragédias. Ela revolucionou a história da ópera e ainda hoje é considerada a maior cantora lírica de todos os tempos.
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MARILYN MONROE / JU KNUST
A simples menção ao nome Marilyn Monroe desperta o imaginário de muitas formas. Para alguns, sugere o padrão absoluto da sensualidade feminina. Beleza. Graça. Sofisticação. Para outros, vem à mente insegurança. Infelicidade. Tragédia. Mas para apreciar a vida complexa e fascinante dessa mulher enigmática é preciso deixar de lado quaisquer noções preconcebidas sobre ela, tarefa, com certeza, difícil, considerando o seu status de iconoclasta. Dizer que nenhuma outra atriz vendeu tanto quanto ela, nem começa a explicar a importância que teve para o mundo do cinema. Ainda hoje é vista nas vitrines da vida como uma referência que nunca sai de moda. No entanto, por trás do sorriso fotogênico, era uma pessoa frágil e vulnerável, tinha uma combinação de esplendor e anseio que a destacava. Longe dos holofotes, sem a maquiagem que a transformava no mito Marilyn Monroe, às vezes, passava despercebida.
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