“Incógnita” marca a estreia em carreira solo do músico e percussionista mineiro Mário Lúcio Lemos. O nome música faz alusão à sua sonoridade diferenciada. Composta e produzida por Mário Lúcio, “Incógnita” é toda construída utilizando apenas instrumentos de percussão, entre os quais, marimbas, de cerâmica e de madeira, djembê, caxixis, dunumbá, efeitos de sementes, pratos e reco-reco de mola, e voz. A engenhosa combinação desses sons confere à música um clima de mistério e suspense próximo das trilhas de cinema.
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O lançamento de “Incógnita” nas plataformas musicais e de vídeos, cumpre ainda o propósito de legitimar outros talentos de Mário Lúcio, que é também inventor e construtor de instrumentos de percussão, entre peças originais e convencionais. Muitos dos instrumentos que o músico usa em apresentações, gravações, cursos e workshops, são feitos em sua própria oficina, a “Percuteria”.

“O nome ‘percuteria’ surgiu da junção de luteria, oficina de instrumentos de corda, como violão e violino, com percussão, que agrupa meus principais instrumentos de trabalho”, explica Mário Lúcio. O músico informa que aceita encomendas, seja para fabricação de instrumentos convencionais, reprodução de suas peças originais e até a criação de outros objetos sonoros. Atualmente trabalha na manufatura de Instrumentos de madeira, metal, cerâmica, couro e material orgânico. Neste trabalho de criação e construção de instrumentos, na Percuteria, o músico-inventor prima pela diversidade, qualidade sonora e fino acabamento.

Mário Lúcio Lemos Rios – foto: Gabrielle Costa

Mário Lúcio Lemos é músico, professor, criador e construtor de instrumentos musicais. Mineiro de Três Pontas, formou-se em licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Iniciou seus estudos musicais na bateria com os professores Roberto Veitenheimer e Emílio Gama e na percussão com Bill Lucas, Paulinho Silva, Grupo Uakti e outros.

O músico, que atua há mais de 20 anos como educador musical de crianças, jovens e adultos em Belo Horizonte e região, conta que a bateria foi seu primeiro objeto de estudo e de trabalho, mas logo se interessou também pelos outros instrumentos da família da percussão. “Assim que comecei a estudar, descobri a percussão, os tambores, a individualidade de cada instrumento, e decidi conhecer melhor suas características e possibilidades, pesquisando os ritmos brasileiros, os sons africanos e também as manifestações populares, como a Folia de Reis e o Congado. Ele lembra que nessa época percebeu uma dicotomia entre instrumentistas dessa seção musical. “Quando comecei, havia uma divisão entre baterista e percussionista: um não penetrava o campo do outro”. Mas, para mim, ambas as funções eram importantes e análogas, então decidi escolher as duas”.
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Sua trajetória profissional contabiliza diversas gravações e apresentações ao lado de artistas como a banda Chuva a Granel; Ana Cê, Bia Lucca, Lu Toledo, Grupo Folclórico Aruanda e JazzMim, entre outros.
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O músico relaciona como principais referências, o grupo Uakti, Milton Nascimento, Naná Vasconcellos, Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti. “Eu sou de Três Pontas e morava próximo à casa dos pais do Milton, a propósito. Os integrantes do Uakti, por sua vez, além de me apresentar o lado melódico da percussão, me direcionaram para a construção de instrumentos.”

Em sua oficina, Mário Lúcio vem desenvolvendo o projeto “Máquinas de ritmo”, que consiste na criação e construção de uma série de máquinas sonoras que executam ritmos tradicionais brasileiros. Essas máquinas funcionam por meio de um sistema mecânico movido por movimentos circulares de manivela que acionam pequenas baquetas fazendo-as percutir instrumentos de percussão. São, ao mesmo tempo, instrumentos musicais, máquinas mecânicas e, por que não, esculturas sonoras.
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Uma série de máquinas já foram criadas e construídas por Mário Lúcio Lemos, como a Baiônica, a máquina de baião e a Sambáquina, a máquina de xote, além de outras que exploram relações rítmicas geradas pelo movimento circular.
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O trabalho de Mário Lúcio Lemos na Percuteria pode ser conhecido em suas páginas no Facebook e Instagram e no Catálogo de Experiências Turísticas da Belotur.
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Além de suas atividades como músico profissional e construtor de instrumentos, Mário Lúcio mantém ainda um programa de aulas particulares de percussão e bateria.

Capa do single ‘Incógnita’ • Mário Lúcio Lemos • Selo Naza Music • 2024

SINGLE ‘INCÓGNITA’ • Mário Lúcio Lemos • Selo Naza Music • 2024
Música / compositor
1. Incógnita, de Mário Lúcio Lemos
– ficha técnica –
Mário Lúcio Lemos (marimba de madeira, marimba de cerâmica, djembê, caxixis, dunumbá, pratos, efeitos de sementes, reco-reco de mola, cowbel, pandeiro, tambor falante, tambor trovão e vozes) | Produção musical, arranjo, captação de áudio: Mário Lúcio Lemos | Mixagem e masterização: Frederico Mucci | Clipe – Fotos com lente macro e vídeo da escultura, “O ninho do universo” – produzidos por Mário Lúcio Lemos | Edição de vídeo: Lucas Carvalho | Foto: Gabrielle Costa | Assessoria de imprensa: Luciana Braga / Naza Music | Selo: Naza Music | Formato: Single digital / clipe | Ano: 2024 | Lançamento: 12 de abril | ♪Ouça o single: clique aqui | ♩Assista o clipe: clique aqui.
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>> Siga: @marioluciolemosrios | @nazamusicgrp
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Série: Discografia da Música Brasileira / Instrumental / Percussão / Single.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske

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