“Escrevi talvez porque comecei a lidar com tanta literatura na rádio, e aí me deu um negócio de fazer também um poeminha (risos).”
– Fernanda Montenegro
Poema dos meus 17 anos
Dizer o que se quer dizer… e há tanta coisa.
Vontade de chorar… chorar pelo sofrimento de querer todas as coisas, de viver todas as vidas… e não poder.
Sonhar.
Viver acima de tudo. Viver como se um sopro eterno suspendesse minha alma e a deixasse aí – no perigo de cair…
mas, na ânsia de subir, mais e mais.
Chora-se pelo que não se tem…
Chora-se pelo sonho que nunca é realidade…
Choro por alguém que nem mesmo conheço, nem sei como é seu rosto, sua voz, suas mãos…
Sei somente que sem ele nunca viverei, nunca serei completa.
– Fernanda Montenegro, publicado no ‘Estadão‘, em 27 Maio 2018. (‘Fernanda Montenegro faz mergulho em suas memórias no livro ‘Itinerário Fotobiográfico’’, por Adriana Del Ré, O Estado de S. Paulo).
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