Discos - com ficha técnica

Roça Nova lança o álbum “Corta Quebranto” com participações especiais da Banda de Pau e Corda e André Prando

Grupo mineiro Roça Nova mescla ritmos tradicionais como congado e música caipira com psicodelia e groove contemporâneos, explorando timbres únicos de viola, rabeca e berrante. 
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Depois do sucesso de Tramoia (2021), a banda mineira Roça Nova – formada por Bernardo Leitão (percussão), Hector Eiterer (baixo), João Manga (bateria), Marco Maia (guitarra), Pedro Tasca (voz e violão), Tiago Croce (viola caipira e rabeca) e Thalles Oliveira (percussão) – apresenta seu novo álbum, ‘Corta Quebranto‘, já disponível em todas as plataformas de streaming, o disco celebra o brilhante “caipigroove” do grupo, estilo que une tradições culturais a uma sonoridade moderna e inovadora.

Corta Quebranto representa movimento e cura. Se Tramoia falava sobre inércia e reflexão, este álbum é a renovação, um convite para ocuparmos os espaços com arte e autoconhecimento”, explica Thalles Oliveira.
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As 12 faixas foram criadas de forma colaborativa, marcando uma evolução no processo criativo da banda. Diferentemente do álbum anterior, cujas músicas eram compostas individualmente antes mesmo da formação do grupo, Corta Quebranto nasceu do coletivo, com composições e arranjos desenvolvidos em conjunto. Algumas canções foram testadas ao vivo antes do lançamento, fortalecendo o diálogo com o público. “Construímos tudo juntos, experimentando cada ideia até ela ganhar vida nos palcos e no estúdio”, comenta Pedro Tasca.

O álbum consolida a identidade musical da Roça Nova ao explorar timbres representativos como a viola caipira, a rabeca e o berrante de chifre, somados à bateria, guitarra e baixo. Os gêneros explorados incluem congado, folia de reis, baião, salsa, ijexá, coco e funk, sempre permeados por groove e psicodelia.
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O nome Corta Quebranto carrega uma história especial para a banda. Durante um show em 2020, uma pessoa na plateia publicou um trecho da apresentação nos stories com a legenda: “Roça Nova corta quebranto!”. Essa expressão mágica e mística marcou o grupo e inspirou o título do disco. “Mesmo após cinco anos, todos nós lembramos com carinho dessa frase. Ela sugere movimento, cura e renovação, algo que dialoga profundamente com o momento pós-pandêmico em que o disco foi concebido”, comenta Marco Maia.

“Assim como nosso som evoluiu organicamente, a arte visual também teve uma transição significativa. Das colagens digitais de Tramoia, passamos para doze telas pintadas à mão pelo mesmo artista, Leonardo Leitão. Essa colaboração trouxe um novo nível de simbiose entre música e imagem”, comentam os artistas.
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O disco conta com feats que ampliam suas fronteiras sonoras. Em Caipora, a lendária Banda de Pau e Corda contribui com arranjos que mesclam jazz mineiro e modas de viola, com violão, viola caipira e craviola, acrescidos de flauta e vocais característicos dos integrantes da banda pernambucana. “Poder juntar o interior de Minas com as raízes pernambucanas é um sonho realizado. A forma carinhosa com que eles valorizaram nosso trabalho tornou meus heróis ainda mais incríveis”, destaca Pedro Tasca. Já em Gavião Cigano, André Prando traz sua energia vibrante e espiritual em um diálogo com Hector Eiterer, baixista e compositor da faixa. “O André é uma das minhas maiores referências musicais. Depois que nos conhecemos na estrada, essa parceria era inevitável”, revela Hector.

O lançamento de Corta Quebranto chega acompanhado por um documentário dirigido por Rodrigo Ferreira, que registra os bastidores da produção e depoimentos sobre cada faixa. A obra visual reforça o elo entre música, arte e narrativa, oferecendo uma visão íntima do processo criativo do grupo. Essa conexão é simbolizada pela frase emblemática “Carroça nave, câmbio, preparar pra decolagem”, que surgiu como um elo comunicativo entre o vocalista Pedro Tasca e o público nos shows, traduzindo o anseio pelo início de novos ciclos.
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Além disso, os clipes de Tucano do Bico Verde, Rio Doce e Carroça Nave, Câmbio estão disponíveis no canal da banda no YouTube, reforçando a experiência multimídia do projeto.

Com influências que vão de Chico Science & Nação Zumbi a Buena Vista Social Club, o álbum é uma ótima dica para quem busca uma experiência musical que une o regional ao futurista.
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Em março de 2025, o disco será lançado em vinil, com pré-venda já anunciada. Corta Quebranto conta com o patrocínio da Prefeitura de Juiz de Fora, da FUNALFA e do Programa Cultural Murilo Mendes.

Capa do álbum ‘Corta Quebranto’ • Roça Nova • Selo Independente • 2025

DISCO ‘CORTA QUEBRANTO’ • Roça Nova • Selo Independente • 2025
Canções / compositores
1. Carroça nave, câmbio (Pedro Tasca)
2. Quebra-coco (João Manga)
3. Montaña (Pedro Tasca)
4. Tucano do bico verde (Bernardo Leitão, Pedro Tasca, Marco Maia e João Manga)
5. Rio Doce (Bernardo Leitão, Leonardo Leitão, Rodrigo Flávio Albano e Marcelus Emerick / Poesia de Pedro Tasca, Cláudio Mello e Marco Maia)
6. Rabo de galo (Pedro Tasca e Tiago Croce)
7. Caipora (Pedro Tasca e Nathan Santos) | Participação especial Banda de Pau e Corda
8. Piãozinho (Pedro Tasca)
9. Aeon (Bernardo Leitão, Pedro Tasca e Marco Maia)
10. Gavião cigano (Hector Eiterer, Cláudio Mello e André Prando) | Participação especial André Prando
11. Mata-burro (Pedro Tasca e Tiago Croce) / vinheta
12. Mandacaru nos dentes de gaia (João Manga)
– ficha técnica –
Banda Roça NovaFaixa 1 – Pedro Tasca: voz | Tiago Croce: guitarra | Marco Maia: guitarra | Hector Eiterer: baixo | Thalles Oliveira: tambor mineiro e agbê | Arranjo: Pedro Tasca e Thalles Oliveira || Faixa 2 – João Manga: voz e bateria | Tiago Croce: viola caipira e coro | Hector Eiterer: baixo e coro Marco Maia: guitarra e coro | Bernardo Leitão: zabumba, pandeiro e coro | Thalles Oliveira: malacacheta, jam blocks, ganzá, agogô, palmas e coro | Pedro Tasca: apito de passarinho, vibratone, caixa de mar, palmas, vocais e coro | Arranjo: Pedro Tasca e Thalles Oliveira || Faixa 3 – Pedro Tasca: voz e violão | João Manga: bateria, vocais e coro | Tiago Croce: guitarra e vocais | Marco Maia: guitarra e coro | Hector Eiterer: baixo e coro | Thalles Oliveira: timbale, vocais e coro | Bernardo Leitão: coro // Convidados – Rick Guillhem: congas, bongô, guyro, maracas, cowbell e claves | Rafael Souza: trompete | Advar Medeiros: saxofone | Arranjo: Advar Medeiros e Rick Guilhem || Faixa 4 – Pedro Tasca: voz, reco-reco e tambor de onça | João Manga: bateria e coro | Tiago Croce: viola caipira e coro | Hector Eiterer: baixo e coro Marco Maia: guitarra e coro | Bernardo Leitão: pandeiro e coro | Thalles Oliveira: triângulo e coro | Arranjo: Hector Eiterer, Pedro Tasca e Tiago Croce || Faixa 5 – Pedro Tasca: voz e berrante de chifre | João Manga: bateria e coro | Tiago Croce: viola caipira e coro | Marco Maia: guitarra e coro | Hector Eiterer: baixo e coro | Bernardo Leitão: zabumba, pandeiro e coro | Thalles Oliveira: triângulo e coro // Convidado – Rick Guillhem: tambor mineiro e patangome | Arranjo: Hector Eiterer, Pedro Tasca e Tiago Croce || Faixa 6 – Tiago Croce: viola caipira | Pedro Tasca: violão | João Manga: bateria | Marco Maia: guitarra | Hector Eiterer: baixo | Bernardo Leitão: molho de unhas de lhama e molho de semente de jatobá | Thalles Oliveira: congas | Arranjo: Pedro Tasca e Tiago Croce || Faixa 7 – Pedro Tasca: voz e violão | Tiago Croce: viola caipira | Hector Eiterer: baixo | Marco Maia: craviola // Participação especial – Banda de Pau e Corda – Sérgio Andrade: voz; Yko Brasil: flauta | Arranjo: Pedro Tasca e Yko Brasil || Faixa 8 – Pedro Tasca: voz e violão | Tiago Croce: rabeca e coro | João Manga: bateria e coro | Marco Maia: guitarra e coro | Hector Eiterer: baixo e coro | Bernardo Leitão: congas e coro | Thalles Oliveira: pandeirola e coro | Arranjo: Bernardo Leitão e Tiago Croce || Faixa 9 – Pedro Tasca: voz e violão | Marco Maia: voz e guitarra | Tiago Croce: viola caipira e coro | Hector Eiterer: baixo e coro | João Manga: bateria e coro | Bernardo Leitão: axicô, pandeiro, campanela e coro | Thalles Oliveira: caxixi, molho de jatobá, molho de unha de lhama, pandeirola e coro | Arranjo: Marco Maia e Pedro Tasca || Faixa 10 – Hector Eiterer: voz e baixo | Tiago Croce: rabeca e coro | Pedro Tasca: violão, palmas e coro | Marco Maia: guitarra e coro | João Manga: bateria e coro | Bernardo Leitão: zabumba, pandeiro, congas e coro | Thalles Oliveira: congas, triângulo, palmas e coro // Participação especial – André Prando: voz | Arranjo: Pedro Tasca | Faixa 11 (vinheta) – Pedro Tasca: voz | Tiago Croce: viola | Arranjo: Tiago Croce || Faixa 12 – João Manga: voz | Tiago Croce: guitarra | Marco Maia: guitarra | Hector Eiterer: baixo | Bernardo Leitão: bateria e congas | Thalles Oliveira: clave, pandeirola e ganzá // Convidados – Advar Medeiros: saxofone | Rafael Souza: trompete e flugelhorn | Arranjo: Advar Medeiros e Pedro Tasca || Produção musical, gravação, mixagem e masterização: Henrique Villela | Direção artística: Pedro Tasca | Album art: Leonardo Leitão (@artemutreta) | Fotografia: Rodrigo Ferreira | Styling: Nino de Barro | Assessoria de imprensa: Sarah Martins / Assessoria Bianco | Selo: Independente | Formato: CD digital / LP | Ano: 2025 | Lançamento: 1 de janeiro | ♪Ouça o álbum: clique aqui / e nas plataformas de música aqui. | ♩Assista os clipes: clique aqui.
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>> Siga: @roca_nova

Banda Roça Nova – álbum “Corta Quebranto” – foto: Rodrigo Ferreira

ROÇA NOVA
Roça Nova é uma banda brasileira independente, formada na zona da mata de Minas Gerais, que cria um som único, o “caipigroove”, combinando ritmos regionais tradicionais com influências contemporâneas. O som reflete a riqueza cultural das suas raízes, ao mesmo tempo que ultrapassa fronteiras e explora novos territórios
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Formada em 2020, a banda rapidamente chamou a atenção por suas músicas e performances únicas. Cada membro traz sua própria formação e influências musicais, resultando em uma fusão dinâmica de estilos que ressoa com o público local e além

O projeto musical envolve temáticas de resistência frente as crises culturais, políticas, humanitárias e ambientais que se espalham pelas nações da América Latina. Liricamente, os compositores buscam inspiração na observação do cotidiano, na interpretação dos sentimentos e nos estilhaços da revolução tecnológica, rompendo com imagem de um interior limitado
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A comunicação da imagem da Roça Nova se faz em colagens de signos sincretizados, organizados como estruturas orgânicas. O chapéu aparece como personificação de um “ser”, um elo com o público, fazendo com que o mesmo vire parte integrante dessa “roça”
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Algumas das principais referências são: Chico Science & Nação Zumbi, Marku Ribas, Maurício Tizumba, Milton Nascimento e Cátia de França.

Em Janeiro de 2021 estreou o álbum de estreia, “Tramoia”, com prensagem em vinil, mais de 200 mil reproduções no Spotify, indicado ao prêmio “melhor álbum” pela Secretaria de Cultura do estado do Espírito Santo, SECULT Também foram lançados de forma independente dois clipes do álbum “Tramoia”, produzidos por nós, com destaque para “Roça Nova”, com mais de 30 mil visualizações
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A banda já se apresentou em diversos estados e regiões do Brasil, com destaque para o Festival João Rock 2022, realizando o show de abertura do palco principal, ao lado de artistas como Djonga, Erasmo Carlos, Pitty & Nando Reis, Titãs, CPM 22, Céu, Emicida e Criolo
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A banda também já se apresentou ao lado de artistas como Baianasystem, Marina Sena, Armandinho, Di Melo, Fino Coletivo, André Prando e outros. No momento, a banda se prepara para a turnê de lançamento do seu segundo álbum “Corta Quebranto”, que será lançado dia 1/1/2025, com 12 músicas inéditas incluindo feats com “Banda de Pau & Corda” e “André Prando”

Banda Roça Nova – álbum “Corta Quebranto” – foto: Rodrigo Ferreira

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Série: Discografia da Música Brasileira  / Canção / Álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske

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Revista Prosa Verso e Arte

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