terça-feira, novembro 19, 2024

Rocinante Três Selos relança álbum “Os Orixás”, de 1978, em vinil

“Os Orixás”, de 1978: um tratado da música afro-brasileira. O icônico LP de Ildásio Tavares e Luís Berimbau, com vocais de Eloah, retorna em edição especial, celebrando a cultura dos orixás. Um relançamento Rocinante Três Selos
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A Rocinante Três Selos relança “Os Orixás”, de 1978, um dos discos mais importantes da história da música afro-brasileira. Uma edição cuidadosa que traz de volta a poesia de Ildásio Tavares, os ritmos de Luís Berimbau e a interpretação sublime de Eloah, em louvação aos deuses e às tradições do Candomblé.

Entre a vivência da cultura negra em Salvador e a experiência universitária, Ildásio Tavares iniciou a sua produção intelectual durante a década de 1970. Após um período nos Estados Unidos, o poeta, escritor, compositor e professor voltou ao Brasil para integrar o corpo docente da Universidade Federal da Bahia, a partir de 1975, fomentando a propagação da literatura africana de língua portuguesa. Desde cedo, Tavares esteve profundamente conectado ao Candomblé, observando a riqueza dos ritmos africanos, de onde tirou a inspiração para fazer daquilo uma música popular.
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Em parceria com o multi-instrumentista baiano Luís Berimbau, mergulhou nas tradições e ritmos dos terreiros, resultando em “Os Orixás” — talvez o tratado mais importante da música afro-brasileira em disco pós – ”Os Afro Sambas de Baden e Vinicius”. O LP traz 12 faixas, sendo 11 em homenagem aos orixás Exú, Ogun, Omolú, Oxóssi, Logun Edé, Nanã, Oxum, Yansan, Yemanjá, Xangô e Oxalá, além de uma em celebração ao terreiro Ilê Axé Opô Afonjá. O disco, fruto de uma pesquisa iniciada ainda 1967, se destaca pela fusão rítmica e pela profundidade poética com que Ildásio e Berimbau abordam a riqueza dos toques, cânticos, tradições e lendas dos orixás.

O álbum conta com a voz singular de Eloah (Aeluah Marize Souza Valle), uma cantora paulista de talento raro, cuja interpretação envolvente eleva cada canção a um novo patamar. Eloah deixa sua marca guiando o ouvinte através dos rituais e louvações em cada faixa. “Os Orixás” é um documento sonoro que reverbera a ancestralidade e a espiritualidade do povo negro.
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Em sua edição original, o LP trouxe ilustrações de Carybé, um dos mais festejados artistas plásticos do Brasil, e um texto do mestre Jorge Amado. Agora, a Rocinante Três Selos traz de volta essa preciosidade, em uma edição em vinil 180g e envelope com um texto inédito do jornalista e escritor Bento Araujo, autor da série de livros “Lindo Sonho Delirante”. Para colecionadores, admiradores da cultura afro-brasileira, ou para aqueles que desejam se aprofundar na riqueza dos ritmos dos orixás, esta é uma oportunidade de ouro. O vinil estará disponível exclusivamente no e-commerce rocinantetresselos.com.

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O POETA, O COMPOSITOR E OS ORIXÁS
Muito bom, me diz João Jorge, meu filho, vidrado num som moderno e entendido no assunto. Para mim, a música de Berimbau está além da contingência pois eu a sinto ritual e antiga, nascida na roda de santo. Também o poema de Ildásio Tavares tem suas raízes numa língua brasileira mestiça onde vocábulos ibéricos e vocábulos africanos se misturam e renascem em terras da Bahia. Fundem-se música e poema numa única verdade popular: a homenagem aos orixás que protegem a cidade e a gente que aqui vive, labuta, sofre, confia e canta. João Jorge me explica detalhes da criação musical e poética, justos e coerentes. Para mim, no entanto, ignorante da complexidade do som novo e de ouvido duro, sobra na memória antes de tudo essa fidelidade essencial à Bahia. O compositor e o poeta cantam no terreiro onde os orixás dançam com seus filhos e suas filhas.
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De Berimbau só sei da música e não é pouco pois a música do jovem compositor aí está para quem queira ouvi-la e destina-se, creio eu, a sucesso merecido e amplo. De Ildásio, sei muito pois há tempos acompanho seu caminhar e sua disposição em prosa e verso, sobretudo em verso. Esse moço intelectual tem trilhado muitos e diversos caminhos. Marcha porém sempre em frente, buscando o encontro constante da criação literária com as fontes populares, marcadas quase sempre pelo quotidiano dramático, numa conotação social que se afirma mesmo quando o poema é litúrgico. Os Orixás de Ildásio são orixás lutadores, ao lado do povo.
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Ildásio Tavares é figura importante no Axé do Opô Afonjá, com alto posto na casa de Oxum, no terreiro de Xangô. Assim, os temas que Berimbau tratou, transformando-os em nova criação musical, são familiares ao poeta que os conhece na intimidade. Daí o acerto do encontro do compositor e do poeta na louvação dos encantados, doze deles, os mais famosos. Reunidos, Berimbau e Ildásio fizeram-se voz da gente mais despojada da Bahia na sua afirmação inicial. Ainda bem.
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Voz também do povo em seu canto largo, é Eloah a quem os criadores entregaram a tarefa de interpretar a louvação. Ela lhe deu o calor de seu sentimento. O maestro Hélcio Alvares emprestou o valor do conhecimento musical nos arranjos admiráveis. Completando a alta qualidade desse LP.
Jorge Amado (contracapa do LP Orixás, Som Livre /1978)

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Capa do álbum ‘Os Orixás’ • Ildásio Tavares e Luís Berimbau, com Eloah • Selo Rocinante Três Selos • 2024 | Arte: Carybé

DISCO ‘OS ORIXÁS’ • Ildásio Tavares e Luís Berimbau, com Eloah • Selo Rocinante Três Selos • 2024
– LP ‘Os Orixás’ – Selo Som Livre – Cat.: 409.6024 – 1978 –
Canções / compositores
Lado A
A1. Exú (Berimbau, Ildásio Tavares)
A2. Ogun (Berimbau, Ildásio Tavares)
A3. Omulú (Berimbau, Ildásio Tavares)
A4. Oxossi (Berimbau, Ildásio Tavares)
A5. Logun Edé (Berimbau, Ildásio Tavares)
A6. Nanan (Berimbau, Ildásio Tavares)
Lado B
B1. Oxun (Berimbau, Ildásio Tavares)
B2. Yansan (Berimbau, Ildásio Tavares)
B3. Yemanjá (Berimbau, Ildásio Tavares)
B4. Xangô (Berimbau, Ildásio Tavares)
B5. Oxalá (Berimbau, Ildásio Tavares)
B6. Axé Opô Afonjá Alujá (Berimbau, Ildásio Tavares)
– ficha técnica –
Eloah (voz) | Músicos não informados | Arranjos: Hélcio Alvarez | Produção: Magno Salermo | Assistente de produção: Berimbau | Técnicos de som: Zilmar R. de Araújo e Wanderley | Gravado e mixado no Estúdio do Templo, São Paulo | Arte/capa (Xangô): Carybé | Texto contracapa: Jorge Amado | Coordenação da capa: Vera Roesler | Layout: Joel Cocchiararo | Glossário: Didi Axipá (Deoscóredes Maximiliano dos Santos) || Edição Rocinante/Três Selos 2024Coordenação geral: João Noronha, Sylvio Fraga e Wladymir Jasinski | A&R: Márcio Rocha e Rafael Cortes | Coordenação gráfica: Mateus Mondini | Coordenação técnica: Pepê Monnerat | Coordenação de prensagem: Vinicius Crivellaro | Licenciamento: Daniel Moura e Joe Lima | Texto e edição de conteúdo: Bento Araujo | Direção de arte: Bloco Gráfico | Design: Pedro Caldara | Masterização: Pepê Monnerat | Assessoria de imprensa: Tathianna Nunes / Pantim Comunicação | Selo: Rocinante Três Selos | Cat.: R3-055 | Formato: LP – Vinil | Ano: 2024 | Relançamento: 23 de setembro | Ouça o álbum: clique aqui | ♩Compre o LP – vinil: clique aqui.
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Cerimônia para Oxalufã no Opô Afonjá – Carybé [Original para ilustração publicada em Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, pp. 236] Imagem ilustrativa não pertence ao Vinil.
‘OS ORIXÁS’ por Bento Araujo*
Entre a vivência da cultura negra em Salvador e a experiência universitária surge a produção intelectual de Ildásio Tavares durante a década de 1970. Após um período nos Estados Unidos, onde se graduou e lecionou, o poeta, escritor, compositor e professor voltou ao Brasil para integrar o corpo docente da Universidade Federal da Bahia, a partir de 1975, fomentando a propagação da literatura africana de língua portuguesa.
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Desde o ritual antropofágico tropicalista de 1967/1968 a cultura pop dialogava com o regional de maneira mais natural e fluída. Vieram os anos 1970 e com eles uma série de jovens compositores de formação universitária, onde o ambiente comum de circulação das ideias passava também a impregnar os textos das canções. Enquanto muitos desses artistas do Nordeste brasileiro partiam para trabalhar e viver no eixo Rio-São Paulo — e consequentemente adequavam sua arte ao principal mercado consumidor do país — em Salvador a busca por reavaliar e resgatar a riqueza dos valores, temas, símbolos e ritmos africanos era cada vez mais intensa e urgente. O surgimento dos blocos afros em meados dos anos 1970 foi uma consequência direta dessa busca, visando reafricanizar o Carnaval baiano. A partir dessa sacudida social e cultural, e do início da reabertura política brasileira, a indústria fonográfica passava a assimilar com cada vez mais intensidade grupos e artistas praticantes dos ritmos afro-brasileiros e suas tradições, dentre elas, o Candomblé.
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Ildásio Tavares começou cedo no Candomblé, como declarou a Henrique dos Santos em sua fundamental dissertação Ildásio Tavares — O Escritor Entre Línguas: “Eu entrei muito cedo no Candomblé. Com 29 anos, fui levado por Didi e tive um posto no Axé Opô Afonjá. Lá observando a polirritmia, a riqueza, a absoluta riqueza dos ritmos africanos, me veio a ideia de fazer daquilo uma música popular. Eu pensava da seguinte forma: de um ritmo africano tinha surgido o samba e todas as suas variantes, a chula, o choro e tantas outras variantes tinham surgido de só um ritmo. E o Candomblé é muito rico em termos de ritmos, então eu pensei em aproveitar aqueles ritmos ali. Um deles que me atraiu ali logo de cara foi o Ijexá, porque era o ritmo também dos Filhos de Gandhi, no qual eu saia desde os 16 anos. Desde muito cedo, eu me apaixonei pela cultura negra, por essa riquíssima cultura negra, pela culinária, do acarajé, do vatapá, do caruru, de tudo que você pode imaginar, da moqueca. No Candomblé, na capoeira, no samba de roda e todas essas manifestações culturais negras que são a nossa riqueza, o nosso patrimônio. Então procurei sempre mexer com isso e trazer para a estilização da música popular. Então, em 1978, junto com Antonio Carlos, eu introduzi o Ijexá na música popular brasileira. O primeiro Ijexá da música popular brasileira. Chama-se Ossain, em homenagem ao orixá Ossain, que foi feito logo quando entramos no Candomblé. Daí por diante as pessoas começaram a acordar para esses outros ritmos que nós também lançamos. Depois o primeiro Agueré, o primeiro Opanijé, o primeiro Ilu, o primeiro Batá. Todos esses estão no disco chamado Os Orixás”.

Os Orixás, lançado originalmente pela Som Livre em 1978, apresentava doze canções, sendo onze em homenagem aos orixás Exú, Ogun, Omolú, Oxóssi, Logun Edé, Nanã, Oxum, Yansan, Yemanjá, Xangô e Oxalá – e uma em celebração ao terreiro Ilê Axé Opô Afonjá. O parceiro de Tavares no disco e em todas as composições era o multi-instrumentista baiano Luís Henrique Audíface de Oliveira Freire, mais conhecido como Berimbau. Além de Tavares, fomentou parcerias musicais também com Tito Madi, Dom Um Romão, Pedreira Lapa e Dilson Silveira, além de ter suas composições gravadas por Leny Andrade, Nora Ney, Milton Banana, Doris Monteiro, Dick Farney etc. Luís Berimbau integrou também o movimento Musicanossa, com Roberto Menescal, Rildo Hora, Johnny Alf e Mário Telles, entre outros.
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A pesquisa de Ildásio Tavares e Luís Berimbau quanto aos toques, cânticos, tradições e lendas dos orixás teve início em 1967, mais de dez anos antes do lançamento do LP pela Som Livre. Naquele mesmo 1967 a dupla assinou, ao lado de Antonio Carlos Pinto, a composição de “Apolo 11”, faixa-título do álbum de estreia de sua esposa, Maria Creuza. Antônio Carlos mais adiante formaria dupla com José Carlos Figueiredo, o Jocafi. Já no disco Musicanossa, lançado pela RCA Victor em 1968, Berimbau canta em duas faixas: “Você Tem Que Sambar” (Antônio Adolfo e Paulinho Tapajós) e “Chorar Pra Que?” (Rildo Hora). Na contracapa, um aviso de Mário Telles: “Berimbau, vindo da Bahia, trazendo um balanço e uma divisão incomuns, encontrou também no Musicanossa do Rio a sua oportunidade e soube aproveitá-la, como vocês podem conferir ouvindo”. Por volta de 1970 Berimbau se mudou para os EUA, como tantos outros músicos brasileiros já veteranos da era dourada da bossa nova. Lá gravou e escreveu canções com Dom Um Romão e se aprofundou na sua paixão pelo jazz: “Eu nasci no berço do jazz como uma coisa eclética, não apenas o jazz do quatro por quatro, o jazz da polirritmia, dos orixás”, declarou. Quando voltou ao Brasil lançou um compacto solo pela Odeon, contendo duas composições autorais: “Matreira” e “Saiceiro”.

Os Orixás talvez seja o tratado mais importante da música afro-brasileira em disco pós Os Afro Sambas de Baden e Vinicius. São muitos os fatores que elevam esta obra ao status de culto que ela usufrui atualmente: a poesia musical em celebração ao panteão afro-brasileiro, a proposta original, as fusões rítmicas, a batida de ijexá, a lindíssima ilustração de Xangô na capa (autoria de Carybé), o glossário dos vocábulos do Yourubá pelo Mestre Didi e o texto contemplativo de Jorge Amado iluminando tudo e todos. Completando o encantamento dessa polirritmia dos orixás e interpretando a louvação de maneira sublime está Aeluah Marize Souza Valle, a Eloah, cantora talentosíssima que infelizmente não possui muitos registros em disco.
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Após o lançamento do LP, quem mais o celebrou na imprensa musical foi a revista Música, que publicou uma resenha dizendo: “O elepê Os Orixás reúne doze composições de autoria de Berimbau e Ildásio Tavares, calcadas nos ritmos e melodias do tradicional culto negro no Brasil, o Candomblé da Bahia. As músicas são interpretadas por Eloah (Aeluah Marize Souza Valle), cantora paulista, que após anos de experiência em coros, lança-se como solista, demonstrando uma grande tarimba, e sensibilidade vocal. Mas não se trata, simplesmente, de mais um disco reunindo canções inspiradas em rituais dos Orixás. Além de tudo é um trabalho feito por artistas, que pertencem à comunidade religiosa negra mais tradicional e fechada da Bahia. Tavares detém um alto posto na casa de Oxum, Berimbau da casa de Oxossi, e Eloah, após as iniciações preliminares, passará a ocupar um lugar. Da longa vivência que Ildásio e Berimbau tiveram da riqueza afro-brasileira, surgiu a ideia de produzir um disco homenageando os Orixás. A capa é de Carybé, um dos mais festejados artistas plásticos do Brasil, com renome internacional. A contracapa é de Jorge Amado que dispensa qualquer comentário”.
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Em “Milagres do Povo”, Caetano Veloso cantou: “Quem descobriu o Brasil? Foi o negro que viu a crueldade bem de frente e ainda produziu milagres de fé no extremo ocidente”. Os Orixás, o disco, é um desses milagres.
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Os Orixás
Eloah
* Bento Araujo (jornalista e escritor, autor da série de livros “Lindo Sonho Delirante”)

Projeto Rocinante Três Selos
A paixão pelo vinil une três grandes nomes do mercado nacional em uma colaboração inédita. A fábrica Rocinante, localizada em Petrópolis, agora prensará uma seleção exclusiva de discos a partir de novembro, em uma parceria com a Três Selos. Esta curadoria, licenciada pela própria Rocinante, conta também com a contribuição da Tropicália Discos, uma loja icônica do Rio de Janeiro com mais de 20 anos de expertise na divulgação da música brasileira.
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Essas referências do mercado se unem para apresentar com excelência algumas das obras mais marcantes da música brasileira, incluindo nomes consagrados como Chico CésarGilberto Gil, Pabllo Vittar, Hermeto Pascoal, NovelliTulipa RuizCéu, Baiana SystemBarão VermelhoAnelis AssumpçãoDona OneteAlceu Valença. Com um projeto gráfico inovador e utilizando as melhores prensas de vinil do país, essa parceria promete elevar ainda mais a música brasileira, celebrando sua riqueza e diversidade em cada lançamento.
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Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Canção / Álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske


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