Você já se sentiu tão exausto, dividido, desiludido ou desamparado que pensou que não poderia seguir em frente? Você se sentiu à beira do precipício sem escolha a não ser se render ou emocionalmente embaixo?
Acontece com todos nós: às vezes a vida nos ultrapassa. Por mais que lutemos, não vislumbramos a saída, nos sentimos presos. No entanto, quando passamos por essas situações extremas, é quando descobrimos nossa verdadeira força. Um ditado popular já disse: nenhum mar calmo fez um marinheiro experiente.
Maurice Vanderpol, ex-presidente da Sociedade e Instituto Psicanalítico de Boston, analisou um dos capítulos mais sombrios da história da humanidade: o Holocausto. Ele descobriu que as vítimas que conseguiram sair dos campos de concentração mentalmente saudáveis tinham algo em comum que ele chamou de “escudo plástico”.
Isso significa que cada situação é um microcosmo que inclui, por um lado, os fatos e, por outro, nossa reação ao que nos acontece. Portanto, uma mudança em uma dessas variáveis nos levará a uma situação diferente, para outro microcosmo. Às vezes não podemos mudar os fatos, mas podemos mudar a maneira como reagimos. E isso geralmente é o suficiente para sair da situação angustiante que tira nosso oxigênio psicológico.
Um bom ponto de partida é assumir a adversidade como uma oportunidade para conhecer melhor uns aos outros e enriquecer nossa mochila com novas ferramentas psicológicas para a vida. Para fazer isso, devemos entender que a adversidade:
• Nos ajuda a construir resiliência. A resiliência não é o produto de uma vida simples, mas é forjada nas circunstâncias mais difíceis, quando expandimos nossas forças para avançar, apesar de tudo e de todos. Todos os desafios que enfrentamos e superamos fortalecem nossa vontade e desenvolvem nossa capacidade de superar os obstáculos que aparecerão no futuro.
• Fortalece a autoconfiança. Superar a adversidade nos ajuda a sustentar a força interior. Somos o que somos por causa das experiências que vivemos e da maneira como lidamos com elas. Enfrentar a adversidade com sucesso nos dá a autoconfiança necessária para superar novos problemas sem desmoronar, com a certeza de que teremos sucesso, seja ele qual for.
• Aprendemos a nos sentir mais confortáveis na incerteza. A adversidade nos tira da nossa zona de conforto , enfrentando face a face com a incerteza. Isso nos permite aprender a lidar com o desconforto gerado pelo incerto e pelo desconhecido, de modo que, no final, nossa zona de conforto seja cada vez mais ampla.
• Isso nos permite descobrir nossos pontos fortes. As situações limítrofes podem trazer à luz nossas melhores habilidades e pontos fortes, qualidades que de outra forma teriam permanecido na sombra. A adversidade nos encoraja a superar nossos limites e a descobrir um novo “eu”. Não é por acaso que um estudo realizado na Universidade McGill irá revelar uma estreita relação entre resiliência e autoconsciência.
• Estimula a aceitação incondicional. A adversidade é inevitável, faz parte da vida. Resistir ou negar isso só fará com que volte com uma força destrutiva crescente. É por isso que os problemas são uma excelente oportunidade para praticar a aceitação radical , para assumir que há coisas que não podemos mudar, mas ainda assim podemos continuar a viver e até a desfrutar a vida.
Não devemos esquecer que a adversidade é uma das forças mais poderosas da vida. Pode trazer o melhor ou o pior de nós. A decisão é nossa.
Fonte: Oshio, A. et. Al. (2018) Resiliência e Big Five Personality Traits: Uma meta-análise. Personalidade e Diferenças Individuais ; 127: 54-60.
Do site Rincón de la Psicología | Tradução Revista Pensar Contemporâneo.
O single “Isabella”, canção de Leo Russo e Moacyr Luz chegou nas plataformas digitais. A…
O espetáculo “Eu conto essa história" apresenta três narrativas de famílias que cruzaram continentes e oceanos em…
A Companhia de Teatro Heliópolis apresenta o espetáculo Quando o Discurso Autoriza a Barbárie na Casa de Teatro Mariajosé de…
A Cia. Los Puercos inicia temporada do espetáculo Verme, no Teatro Paulo Eiró, localizado na Zona Sul de…
Memórias Póstumas de Brás Cubas, dirigido e adaptado por Regina Galdino, faz apresentações gratuitas em…
Em novembro, a N’Kinpa – Núcleo de Culturas Negras e Periféricas estreia Kuenda Kalunga, Kuenda…