Simone lança disco e minidocumentário comemorativo aos 50 anos de carreira. O álbum ’50 (Ao vivo)’ traz 20 músicas que se tornaram sucessos na voz da cantora baiana
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Após ganhar o Grammy Latino pelo conjunto da obra em 2023, a aclamada intérprete baiana apresenta o álbum Simone – 50 Anos (Ao Vivo), com uma seleção de sucessos históricos que marcaram a sua carreira. “Eu jamais imaginei que chegaria aos 50 anos de carreira. Contei com a participação e com o apoio de muitas pessoas nesta trajetória e só cheguei até aqui por causa do coletivo. Sou extremamente grata”, diz Simone
Simone “50 (Ao vivo)”, chegou às plataformas pela gravadora Biscoito Fino. São mais de cinquenta anos pelas estradas, grandes clássicos lançados em sua voz e uma crescente paixão por música popular brasileira reunidos em vinte faixas. A veterana rodou o país com mais de 30 shows em comemoração às suas cinco décadas de carreira. Entre os sucessos, estão “Tô que tô”, “Sangrando”, “Começar de novo”, “Cigarra”, “Jura secreta” e muitos outros.
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Com direção musical de Pupillo e direção geral de Marcus Preto, o álbum é um registro do show realizado no Vivo Rio, em maio de 2024, no Rio de Janeiro. O espetáculo contou com jovens instrumentistas, além da participação da cantora Zélia Duncan e da bateria da Portela. “Os meninos da banda poderiam ser meus netos, mas eles conhecem muito bem a música brasileira que surgiu antes deles. Nós quebramos barreiras geracionais, o que resultou em uma troca valiosa. Eu adoro o som que eles fazem, & diferente e maravilhoso”, diz a cantora. Simone também compartilhou no canal do YouTube da Biscoito Fino um registro dos bastidores da turnê como um presente aos fãs.
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“Estou muito feliz em concluir esse projeto lindo que contou com tanta gente maravilhosa! Sinto-me vitoriosa por chegar aos 74 anos com ainda mais tesão pelo o que faço! Esses mais de 51 anos de estrada me trazem muita gratidão pelas importantes conquistas e só aumentam a vontade de trabalhar em novos projetos”, Simone conta com animação.
A seguir, Simone comenta o repertório do álbum com músicas de Belchior, Chico Buarque, Martinho da Vila, Sueli Costa e Abel Silva, entre outros.
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Tô Que Tô (Ao Vivo)
“A composição é dos irmãos Kleiton e Kledir Ramil e foi gravada pela primeira vez para o álbum Corpo e Alma [1991]. É uma música atrevida e atual, quebra o tabu e joga para o ar! Ela foi tema da novela [da Rede Globo] Sol de Verão [1982-83]. Levei um susto quando liguei a televisão e me ouvi.”
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O Que Será (À Flor da Terra) (Ao Vivo)
“Esta música fez parte da trilha sonora do longa Dona Flor e Seus Dois Maridos [1976, de Bruno Barreto]. Eu fui para o estúdio de gravação com Sônia Braga e lá estavam Milton Nascimento, Francis Hime e Chico Buarque, autor da música. Foi nesse dia que eu conheci o Chico pessoalmente, foi emocionante.”
Sangrando (Ao Vivo)
“Gonzaguinha é um compositor que eu amo e com quem tenho uma forte ligação. Esta música é um hino, uma declaração de amor a todas as pessoas que me acompanham nos shows é para os fãs. Tanto a melodia quanto a letra me emocionam muito.”
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Começar de Novo (Ao Vivo)
“Esta música foi um acontecimento. Ela tem uma importância grande para as mulheres porque fala sobre derrubar portas e mostrar a cara. É um ‘sim’ para a possibilidade de recomeçar e ser feliz. Foi tema da série [da Rede Globo] Malu Mulher [1979-1980], cuja protagonista era uma mulher divorciada.”
Cigarra (Ao Vivo)
“Eu acredito na minha intuição. Um dia eu estava sozinha e ouvi uma voz dizer três vezes: ‘cigarra!. Então eu pedi a Milton Nascimento que escrevesse uma música com esse tema. Ele e Ronaldo Bastos fizeram esta composição incrível. E ‘Cigarra’ acabou se tornando também o meu codinome.”
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Jura Secreta (Ao Vivo)
“A composição é da minha amada Sueli Costa [1943-2023] e de Abel Silva. Eles foram parceiros em muitas músicas que eu gravei. Sueli, que tinha grande sensibilidade e foi uma exímia musicista, merece todas as honras e homenagens. Até hoje eu fico sem chão, e às vezes choro, ao cantar esta música. É absurdamente linda.”
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Divina Comédia Humana (Ao Vivo)
“O [diretor] Marcus Preto recuperou um documento assinado pelo Belchior [1946-2017], com o meu nome, para que eu fosse a intérprete da música. Mas a letra acabou censurada pela ditadura militar. Eu trabalhei muito com Belchior, principalmente no começo da carreira, mas nunca havia gravado esta música. Fiquei feliz com esse resgate.”
Sangue e Pudins (Ao Vivo)
“Gravei no início da minha carreira esta composição de Abel Silva e Fagner. Fiquei um bom tempo sem cantar ‘Sangue e Pudins’ porque ela pede uma interpretação intensa e exige muito de mim. Eu coloco os meus demônios para fora.”
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Sob Medida (Ao Vivo)
“Chico Buarque me mandou ‘Sob Medida’ numa fita cassete com um bilhete, como um presente. Eu gosto da safadeza da música, gera uma troca muito legal com o público. Ela tem um ar de brincadeira e um ritmo incrível. É uma obra-prima.”
Alma (Ao Vivo)
“Esta é mais uma música de Sueli Costa e Abel Silva e foi composta para o álbum Corpo e Alma. Na versão atual, ela ficou mais acelerada, com ênfase na bateria e nos drives – ficou parecendo uma guarânia. Os instrumentistas mantiveram a essência da música, mas com uma sonoridade mais arejada.”
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Depois das Dez (Ao Vivo)
“Eu ouvi e cantei muito esta música, é meio disco music dos anos 80. A primeira vez que eu gravei ‘Depois das Dez’ foi um escândalo, eu surgia deitada em uma cama no show. A gente provocou.”
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Um Desejo Só Não Basta (Ao Vivo)
“Eu particularmente acho esta música linda. ‘Um Desejo Só Não Basta’ e ‘Separação’ formam um bloquinho de rasgar o coração, elas vêm na mesma onda. Para este álbum, nós mantivemos a espinha dorsal dela, só mudou a interpretação dos instrumentistas.”
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Separação (Ao Vivo)
“Esta faixa ficou com uma sonoridade diferente da original, como se fosse literalmente uma separação. A guitarra e o olhar do Filipe Coimbra, os teclados do Chico Lira e o baixo do Fábio Sá deram frescor à música.”
Encontros e Despedidas (Ao Vivo)
“Esta é a minha música, uma coisa linda. Mantivemos e respeitamos o espírito dela, com uma leve modificação na abertura.”
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Boca em Brasa (Ao Vivo)
“Esta é uma composição mais nova. Foi escrita pela Zélia Duncan, que também canta comigo, e pelo Juliano Holanda para o álbum Da Gente [2022]. Ela lembra um baião, com bumbos e surdo. É divertida e gostosa, chama você para o ‘bem-bom!”
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lolanda (Yolanda) (Ao Vivo)
“Eu fui a Cuba conhecer Yolanda Benet [esposa de Pablo Milanés, autor da música]. A letra de Chico Buarque consegue ser mais linda do que a original em espanhol. Aqui tiramos um pouquinho da intensidade e a deixamos mais suave.”
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Ex-Amor (Ao Vivo)
“A letra é de Martinho da Vila, por quem eu sou apaixonada. Somos parceiros há anos e ele está sempre junto de mim. Para mim, a música não fala de um ‘ex-amor’, são declarações para alguém que continua sendo um grande amor.”
Desesperar Jamais (Ao Vivo)
“Ivan Lins e Vitor Martins, compositores da música, começaram juntos comigo há 50 anos. Eu só gravei ‘Desesperar Jamais’ em versões ao vivo. A gravação deste álbum ganhou uma nova introdução criada pelo Pupillo.”
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Tô Voltando (Ao Vivo)
“Mantivemos a introdução original, mas a execução ficou diferente, já que a maioria dos músicos da gravação atual não é do samba. A pegada deles é diferente, com exceção do André Siqueira, que é sambista veterano como eu. Wellington Inocêncio, conhecido como Mosquito e roadie meu e de Zeca Pagodinho há anos, reforçou o surdo.”
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O Amanhã (Ao Vivo)
“Aqui entra a bateria da Portela comandada pelo mestre Nilo Sérgio, e tudo se transforma em uma enorme emoção. Vira uma festa e ninguém segura!”
“Tempo e estrada são imateriais em profunda simbiose com a trajetória de um artista. Simone celebra 50 anos de luminoso caminho na música brasileira, oferecendo o que tem de melhor, com apuro, cuidado e disciplina: a voz, de corpo e alma. Fazendo história. Uma vida dedicada a construir um legado artístico da maior importância, referência e farol para seus contemporâneos e para quem chega. Cercada pelo talento de compositores, arranjadores, músicos, equipes múltiplas, público fiel, fãs ardorosos, Simone enlaça todos os elementos que fazem dela a trilha sonora de tantas gerações e uma das mais respeitadas e reverenciadas artistas de todos os tempos no Brasil. […] São 50 anos. E a Cigarra está aí, pronta para mais.” – Flávia Souza Lima (30 de janeiro 2025)
DISCO ‘SIMONE – 50 (AO VIVO)’ • Simone • Selo Biscoito Fino • 2025
Canções / compositores
1. Tô que tô (Kledir Ramil e Kleiton Ramil)
2. O que será (À flor da terra). (Chico Buarque)
3. Sangrando (Gonzaguinha)
4. Começar de novo (Ivan Lins e Vitor Martins)
5. Cigarra (Ronaldo Bastos e Milton Nascimento)
6. Jura secreta (Sueli Costa e Abel Silva)
7. Divina comédia humana (Belchior)
8. Sangue e pudins (Fagner e Abel Silva)
9. Sob medida (Chico Buarque)
10. Alma (Sueli Costa e Abel Silva)
11. Depois das dez (Tunai e Sergio Natureza)
12. Um desejo só não basta (Ferreirinha e Fausto Nilo)
13. Separação (Paulo Sérgio Valle e José Augusto)
14. Encontros e despedidas (Milton Nascimento e Fernando Brant)
15. Boca em brasa (Juliano Holanda e Zélia Duncan) | Participação Zélia Duncan
16. Iolanda / Yolanda. (Chico Buarque / Pablo Milanés) | Participação Zélia Duncan
17. Ex-amor (Martinho da Vila) | Participação Zélia Duncan
18. Desesperar jamais (Ivan Lins e Vitor Martins)
19. Tô voltando (Maurício Tapajós e Paulo Cesar Pinheiro)
20. O amanhã (João Sérgio) | Participação bateria da Portela comandada pelo mestre Nilo Sérgio
– ficha técnica –
Show da Turnê ‘Tô Voltando’ – Simone – voz | Filipe Coimbra – guitarra | Fábio Sá – baixo | Chico Lira – teclados | Vitor Cabral – bateria | André Siqueira – percussão | Participação especial: Zélia Duncan (voz – fx. 15, 16, 17) | Bateria da Portela comandada pelo mestre Nilo Sérgio (fx. 20) || Idealização e direção geral: Simone | Produzido por: Marcus Preto | Direção musical e arranjos: Pupillo | Gravação, mixagem e masterização: Vanius Marques | Administração: Augusto Nascimento e Vicente Barros || Equipe da turnê ‘Tô Voltando’ – Equipe técnica, som, luz: Andreas Sepulvedas. Aurélio Kauffmann, Darck Fonseca, Fabrício Reis, Julien da Rocha Katona, Rafael Lando, Wellington Inocêncio | Beleza: André Cerutti | Cabelo: Vini Kilesse | Cenário: Zé Carratu e Adriana Jorge | Fisioterapeuta: Ângela Cortes Góis | Assessoria: Ana Paula Aschenbach e Heitor Ribeiro | Figurino: Patrick Doering e Thomas Azulay | Fonoaudiologia: Janaína Pimenta, Júnia Braga, Daniela Lana | Icatu: Flávia Souza Lima | Produção executiva: Cibele Lopes | Da Lapa: Cristina Miranda || Equipe da Cigarra (Simone) – Sônia Lobo, Rosaura Pessetti; Guardiões: Alexandre, Andrea, Cynthia, Katia e Susy; Site e suporte: Júnior e Henrique; Acervo Basquete: Cláudia Guedes; Comunicação e redes Sociais: Avocado Agência / Adriana Jorge e Alex Borges || Documentário ‘Na Estrada’ – Idealização: Biscoito Fino | Direção e montagem: João Felipe Freitas | Direção de fotografia: Raphael Dias | Câmeras adicionais: Isabela Espindola e Felipe Bellard | Gravação áudio entrevistas: Ricardo Dias e Leonardo Alcantara na Visom Digital | Entrevista Simone: Marcus Preto | Entrevistas off Simone: Leonardo Lichote|| Uma realização da Biscoito Fino 2025 – Direção geral: Kati Almeida Braga | Direção artística: Olivia Hime | Direção executiva: Jorge Lopes | Gerência de A&R: Rafael Freire | Gerência de marketing: Marcela Maia || Foto capa: Leo Aversa | * Disco é registro do show realizado no Vivo Rio, em maio de 2024, no Rio de Janeiro | Assessoria de imprensa ‘Simone’: Perfexx Assessoria | Selo: Biscoito Fino | Formato: CD digital | Ano: 2025 | Lançamento: 31 de janeiro | ♪Ouça o álbum: clique aqui | ♩Assista o minidocumentário “Na Estrada” | Simone 50 (Ao Vivo): clique aqui.
“Agradeço imensamente a cada um que, de alguma forma, fez e faz parte da minha jornada. Obrigada, de coração, por acreditarem na minha música e caminharem ao meu lado.” – Simone
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>> Siga: @simoneoficial | @biscoitofino
Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Canção / Álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske
