TikTok é uma das redes sociais mais populares do mundo. Atualmente, conta com mais de 1 bilhão de usuários, e o número de adeptos não pára de subir; no Brasil, são mais de 74 milhões de usuários. Embora ainda fique atrás dos gigantes Facebook e Instagram, a rede tem enorme aceitação entre o público jovem. Além disso, a plataforma vem investindo em novos serviços a fim de conquistar novos públicos. Dentre eles, está o TikTok Music.
Tudo o que se sabe sobre o TikTok Music até o momento está em um registro de patente com mesmo nome, feito pelo rede social chinesa no USPTO (Escritório Americano de Patentes). Neste registro, consta que a plataforma permitirá que usuários escutem, comprem e baixem músicas ou álbuns inteiros. Neste sentido, TikTok Music difere-se do já existente SoundOn.
O SoundOn é uma plataforma de distribuição de músicas criada pela rede social para seus usuários. O SoundOn é uma parceria entre TikTok e Byte Dance, uma plataforma de streaming musical. O SoundOn também se integrará a outros serviços de streaming, como Deezer, Spotify, Apple Music e Pandora. O TikTok Music, em vez de integrar-se, deverá competir diretamente com as plataformas de streaming citadas acima.
A rede social garante que repassará o valor total dos royalties aos artistas criadores, por tempo ilimitado. O serviço será inteiramente gratuito. Os sons ficarão também disponíveis em todas as outras plataformas Byte Dance, como CapCut e Resso. O serviço encontra-se em fase de teste desde outubro de 2021.
Resso é uma plataforma de streaming de músicas e podcasts, pertencente à Byte Dance, também dona do TikTok. Diferente do SoundOn, é uma plataforma paga, assim como deverá ser o TikTok Music. A empresa pretende capitalizar sobre a popularidade da rede social para bater de frente com gigantes do ramo, como Spotify e Deezer; TikTok foi a rede social mais baixada mundialmente em 2021.
TikTok permite diversas formas de interação entre seus usuários, além de abrigar diversos tipos de conteúdo. Neste sentido, assemelha-se ao Instagram, onde se pode encontrar influencers das mais variadas áreas de interesse. Das bandas mais quentes do momento até os melhores sites de jogos de bingo online, é possível encontrar pessoas falando sobre tudo.
Com a criação deste serviço, a rede social espera aproveitar sua influência natural na indústria musical. De fato, diversas músicas que se tornaram populares primeiro por lá, acabaram chegando no topo da Billboard. Mesmo aqui no Brasil, diversas bandas e artistas ganharam notoriedade primeiro através do TikTok.
De acordo com levantamento da CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil), 78% dos jovens até 17 anos têm acesso à alguma rede social. Destes, 34% possuem uma conta no TikTok. De fato, TikTok é a rede campeã nesta faixa etária, que deixa Instagram em segundo lugar (33%) e Facebook com apenas 11% de adesão nesta faixa.O Brasil tem mais de 53 milhões de habitantes até 17 anos, o que torna o país bastante atrativo para a rede.
TikTok já deixou claro o seu potencial para influenciar o cenário pop. Usuários da rede já estão familiarizados com as famosas “dancinhas”, que alçam suas músicas ao topo das paradas, quando o conteúdo viraliza. Alguns exemplos incluem os hits “Não, Não Vou”, “Tipo Gin” e “Não Nasceu Pra Namorar”, de Mari Fernandez, MC Kevin o Chris e MC Rick G, respectivamente.
Embora a rede continue aberta ao conteúdo amador que a deixou famosa, diversos artistas e estúdios estão levando o TikTok bastante a sério. A dancinha de Tipo Gin, por exemplo, foi encomendada ao estúdio de criação Nice House Brasil, que conta com uma equipe que vai de publicitários a coreógrafos profissionais. A empresária de MC Kevin queria algo que combinasse com a rede social, com potencial de viralizar.
Mesmo assim, ainda há bastante espaço para amadores criarem e compartilharem seus conteúdos e até mesmo viralizarem. Espera-se que o TikTok Music influencie a indústria da mesma forma, dando espaço igual para amadores e profissionais, remunerando-os pelos seus trabalhos criativos e alçando-os à fama.
Ainda não há previsão para o lançamento do novo serviço, ou sequer se o nome será de fato “TikTok Music”. Além da solicitação de patente divulgada pela Insider, pouco se sabe sobre o serviço. Além disso, a Byte Dance já tem um serviço pago de streaming atuante no país, o Resso.
Ainda não está claro se a companhia aproveitará esta plataforma, ou criará algo inteiramente novo. De qualquer forma, o mercado brasileiro tem grande potencial para este tipo de iniciativa; criadores, amadores e profissionais, mal podem esperar.
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