Autor de dez romances, dez peças teatrais, cerca de 200 contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos e mais de 600 crônicas, ele é um dos maiores nomes da literatura brasileira.
Contista, poeta, cronista, teatrólogo, romancista, crítico, ensaísta, tradutor. Estas foram as muitas facetas literárias que Machado de Assis apresentou ao longo dos seus 69 anos, além da extensa carreira como jornalista e funcionário público, função esta que garantiu sua subsistência durante boa parte de sua vida.
Joaquim Maria Machado de Assis, nasceu em Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, em 21 de janeiro de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis e da açoriana, Maria Leopoldina Machado de Assis. Machado de Assis não frequentou regularmente às escolas públicas nas quais estava matriculado, muito menos foi à universidade. No entanto, desde pequeno mostrou interesse no aprendizado, aproveitando que sua madrasta vendia doces numa escola para meninas para assistir a algumas aulas, além de estudar francês com um imigrante durante as noites. Alguns biógrafos inclusive relatam que ele demonstrou grande fascínio pela leitura, tendo expandido sua bagagem cultural por conta própria.
Sua primeira obra a ser publicada foi a poesia “À Ilma Sra. D.P.J.A.”, ainda na adolescência, em 1854. Alguns anos mais tarde, ele ingressou na Imprensa Nacional trabalhando como tipógrafo aprendiz, função que abriu muitas portas para ele no meio jornalístico, inclusive depois de se aproximar de Manuel Antônio de Almeida, escritor que o tomou como seu protegido.
Foi a partir deste primeiro emprego na área que começou a publicar suas crônicas, contos, poesia e romances em folhetins, que posteriormente foram editados em forma de livro. Neste formato, sua primeira publicação poética foi “Crisálidas”, em 1864, enquanto seu o romance inaugural foi “Ressurreição”, quase uma década mais tarde. Durante estes anos iniciais como escritor, Machado de Assis ainda apresentava alguns tipos convencionais românticos, apesar de já se distanciar do maniqueísmo característico deste movimento literário contemporâneo e introduzir a observação psicológica das personagens, traços tão singular da sua prosa.
O primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras rompeu com estes padrões em 1880 ao publicar “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, obra que inaugurou o Realismo no Brasil. O humor reflexivo – ora divertido, ora ácido –, as intertextualidades, a metalinguagem, a ironia, os arquétipos e o caráter crítico de seus textos então se tornaram recorrentes na sua obra, além de motivo para a consagração do autor em meio à academia.
“O primeiro crítico do brasileiro”, como o intitulou José de Alencar, deixou ao todo 10 romances, 5 coletâneas de poemas, 200 contos e mais de 600 crônicas, sem mencionar seus trabalhos como crítico literário, nos quais prezava pela representação de temas universais no âmbito local. Ficou interessado em conhecer a obra deste autor que influenciou importantes nomes da literatura nacional, como Olavo Bilac, Lima Barreto e Carlos Drummond de Andrade?
:: 1ª edições das obras de Machado de Assis. Disponível para download no link.
– Acessar aqui as obras online.
:: Machado de Assis FFLCH/USP
:: Digital BBM/USP
VÍDEO “Machado de Assis na BBM : primeiras edições e raridades”, apresentado na abertura da exposição que esteve em cartaz na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin entre 28 de setembro e 17 de dezembro de 2018. Link.
Epitáfio do México
“Caminhante, vai dizer aos Lacedemônios que estamos aqui deitados por termos defendido as suas leis.”
Dobra o joelho: — é um túmulo
Em baixo amortalhado
Jaz o cadáver tépido
De um povo aniquilado;
A prece melancólica
Reza-lhe em torno à cruz.
Ante o universo atônito
Abriu-se a estranha liça,
Travou-se a luta férvida
Da força e da justiça;
Contra a justiça, ó século,
Venceu a espada e o obus.
Venceu a força indômita;
Mas a infeliz vencida
A mágoa, a dor, o ódio,
Na face envilecida
Cuspiu-lhe. E a eterna mácula
Seus louros murchará.
E quando a voz fatídica
Da santa liberdade
Vier em dias prósperos
Clamar à humanidade,
Então revivo o México
Da campa surgirá.
– Machado de Assis, no livro ‘Crisálidas’. (1864)
*Texto de introdução de Universia notícias.
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