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Velhos hábitos, novas formas: como a digitalização impacta o entretenimento

Uma parte fundamental da vida reside nos momentos de ócio. Ler um bom livro, ir a um museu, assistir a uma série, enfim, as opções de lazer são muitas e todas preenchem o corpo e a mente de formas diferentes. Com a constante revolução digital, essas atividades ganharam novas formas, sem perder a essência.

A digitalização alcança todos os segmentos da sociedade, no entanto, quando o assunto é entretenimento, o processo é ainda mais veloz. Parte fundamental da internet está baseada no tempo livre dos usuários, que passam horas e horas consumindo conteúdos digitais na web.

Com o aumento da demanda, as principais esferas do entretenimento e da cultura adaptaram-se para competir no ambiente online. Alguns setores saltaram na frente, como a música, os filmes e as séries, outros estão aprimorando a experiência dos internautas com as mais recentes ferramentas digitais.

©Unsplash

Museus e galerias

Esses recintos são dedicados a guardar, preservar e compartilhar a arte e a história, seja por meio de peças históricas ou por obras de arte que mudaram os conceitos do fazer artístico. A transformação digital oferece oportunidades e também apresenta desafios para museus e galerias.

No campo das novas possibilidades estão os tours digitais. Diversos estabelecimentos ao redor do mundo começaram a oferecer a possibilidade de visitas virtuais às suas exposições e principais obras. Instituições como Louvre, Metropolitan Museum of Art e a Pinacoteca estão na lista dos que oferecem um passeio online pelos seus corredores.

Ainda nesse caminho, o Google Arts & Culture é uma plataforma que abriga um imenso catálogo de obras de artes. A empresa, especializada em buscas, oferece a possibilidade de pesquisar por museus, artistas ou nome da obra. Na plataforma, o MASP oferece mais de mil obras do seu acervo totalmente online.

A mais recente novidade são as NFTs, obras de arte digitais únicas, negociadas na web. O grande foco está em artes criadas digitalmente, no entanto, a ideia está chegando aos museus. O Belvedere, de Viena, inovou e ofereceu a renomada obra The Kiss, do artista Gustav Klimt, em formato NFT. O quadro foi dividido em 10.000 seções digitais, onde os compradores teriam o seu recorte exclusivo e a obra completa em suas galerias digitais.

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Música, filmes e séries

O setor do audiovisual foi um dos mais transformados pela digitalização do entretenimento. Grandes pilares dessa indústria — as gravadoras, os estúdios de cinema e os canais de televisão — viram o seu domínio diminuir drasticamente. Os serviços de streaming roubaram a coroa e, agora, dominam a reprodução de conteúdos.

Nesse território, a Netflix merece destaque, afinal, foi a primeira empresa que conseguiu impactar a internet globalmente. Nos dias de hoje, a concorrência é grande e, devido à variedade, já existem plataformas segmentadas que buscam o público por suas preferências, como o caso dos sites que oferecem filmes clássicos e “cults”.

Na indústria da música o impacto também foi grande. Primeiro, vieram as desvantagens, com a popularização da internet, o download de canções foi uma das primeiras febres. Essa prática levou as gravadoras ao limite, muitas chegaram à borda da falência.

A criação de serviços de streaming musical aliviou o cenário e trouxe novamente as receitas necessárias. Na atualidade, existem diversas empresas nesse setor, as mais populares são o Spotify, Deezer, Apple Music e Tidal, a Amazon corre por fora para tentar emplacar o seu Amazon Music. O que realmente importa é que muitos músicos, como João Lyra e Cristovão Bastos, estão adaptados à nova forma de distribuição e lançam seus discos também em streaming.

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Os giros digitais

Outra vertente do entretenimento que embarcou na digitalização é a dos cassinos. Esses estabelecimentos dedicados ao lazer estão completamente adaptados ao mundo virtual, levando à Internet todas as suas modalidades mais tradicionais.

Nesse cenário, sites de jogos de roleta online tem conquistado novos fãs. Plataformas especializadas apresentam o jogo nos seus três modos mais populares: roleta francesa, europeia e americana. Além disso, também existem jogos ao vivo, com apresentadores que ditam o ritmo da partida.

A vantagem que a transformação oferece ao segmento do iGaming, que abriga a roleta e outros jogos possíveis de apostas, é justamente ampliar a oferta com modos de jogos novos e, de certa forma, mais atrativos aos usuários.

Esses são exemplos de três setores das artes e do entretenimento que entraram de cabeça na transformação digital. É notório que no primeiro momento a mudança parecia apocalíptica, porém, uma vez aparada as arestas, é possível ver que os novos canais estão mantendo os velhos hábitos e a mudança ocorre mesmo é na forma de consumir e produzir.

Revista Prosa Verso e Arte

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