Após sucesso na novela Vai na Fé, ator Zécarlos Machado comemora 50 anos de carreira no teatro. Ator vive seu terceiro protagonista em uma obra de Oduvaldo Vianna Filho (1936-1974), o Vianinha. Neste trabalho, foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator. Depois do sucesso na novela Vai na Fé, Zécarlos conta com diversos papéis sendo reprisados na televisão
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Celebrando 50 anos de carreira, Zécarlos Machado está nos palcos com o Grupo Tapa encenando Papa Highirte, com direção de Eduardo Tolentino de Araujo, no Teatro Aliança Francesa, em São Paulo, até 1º de outubro. Ao viver um ditador populista de um país fictício sul-americano que deseja voltar ao poder, Zécarlos encarna o terceiro protagonista de uma obra de Oduvaldo Vianna Filho (1936-1974), criador da série televisiva A Grande Família. Por esse papel, o ator foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator.
O ator mantém uma trajetória no teatro com autores brasileiros como Jorge Andrade, Plínio Marcos, Nelson Rodrigues, e claro, Oduvaldo Vianna Filho. Zé também protagonizou outras duas obras de Vianinha, Corpo a Corpo (1994), produção do Grupo Tapa, trabalho que lhe rendeu o Prêmio APCA; e Rasga Coração (2007) com direção de Dudu Sandroni.
A ligação com o Grupo Tapa iniciou em 1987 na montagem de Uma Peça por Outra, do dramaturgo francês Jean Tardieu. Depois vieram Senhor de Porqueiral, de Molière (1989); As Raposas do Café, de Antonio Bivar e Celso Luiz Paulini (1990); Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues (1994); entre outras.
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O ano de 2023 está sendo efervescente para o ator que acabou de interpretar Fábio na novela Vai na Fé, da TV Globo. Também pode ser visto na telinha em reprises das novelas da Record: Gênesis (Abraão) e Os Dez Mandamentos (Faraó Seti); e nas séries da GloboPlay: Sessão de Terapia (o terapeuta Théo Cecatto) e Chuva Negra. Em suas mais de cinco décadas de atuação, Zécarlos marcou presença com trabalhos de destaque no teatro, cinema e televisão. Inclusive, já trabalhou com Grande Othelo, Paulo Autran, Beatriz Segall, Bibi Ferreira, Nathalia Timberg, Renata Sorrah, Tarcísio Meira, Camila Pitanga, Beto Brant, entre outros.
PAPA HIGHIRTE
Na trama, Papa Highirte é um ditador populista deposto da fictícia Alhambra, exilado na também fictícia Montalva. Em sua conspiração para voltar ao poder, relembra um tempo de exceção onde governava com mão de ferro seu país natal, chegando à triste conclusão que nunca passou de fantoche de militares a serviço de uma potência estrangeira. Metáfora precisa sobre a América latina, que ganha significativa relevância nos tempos atuais.
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Além de Zécarlos Machado, o elenco tem Adriano Bedin (Morales), Bia Bologna (Grissa), Bruno Barchesi (Pablo Mariz / Diego), Caetano O’Maihlan (Hermano Arrabal / Manito), Camila Czerkes (Graziela), Fulvio Filho (Estrangeiro), Kiko Vianello (Perez y Mejia) e Mauricio Bittencourt (Menandro).
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Escrita em 1967/1968, ano do AI-5, a peça foi proibida pela censura e somente ganhou uma montagem profissional em 1980 devido à anistia com o Teatro dos 4 e direção de Nelson Xavier. Tin Urbinatti chegou a dirigir uma montagem pioneira de Papa Highirte feita pelo Grupo de Teatro de Ciências Sociais da USP, em 1975. No final dos anos 80 teve uma produção com direção de Reinaldo Maia.
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O título da montagem tem alusão ao ditador haitiano que governou de 1957 a 1971, François Duvalier, conhecido como Papa Doc. O texto trabalha em diversas camadas temas como o declínio do populismo caudilhista, a organização das militâncias de luta armada e a influência da política externa estadunidense no continente americano.
REPERTÓRIO TAPA
O Grupo Tapa também está com temporada de Um Picasso no Teatro Paiol Cultural até 1º de outubro (sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 18h30). Sergio Mastropasqua e Clara Carvalho protagonizam o texto do autor norte-americano Jeffrey Hatcher. Inclusive, 2023 marca os 50 anos da morte do pintor espanhol. Outra peça em cartaz é Credores, de August Strindberg (1849- 1912), que devido ao sucesso, teve a temporada prorrogada no Galpão do Tapa, até 25 de setembro (com sessões às segundas, às 20h). A montagem é uma das mais longevas do grupo e, desta vez, traz no elenco André Garolli, Bruno Barchesi, Felipe Souza e Sandra Corveloni. Os espetáculos contam com direção de Eduardo Tolentino de Araujo.
PAPA HIGHIRTE
TEATRO ALIANÇA FRANCESA
Rua General Jardim 182 – Vila Buarque. Ar-condicionado. Informações: (11) 3572-2379
Temporada: Até 1 de outubro (Quinta a sábado às 20h | Domingo às 18h). Preço: R$ 60 (Inteira) e R$ 30 (Meia) [Quinta e Sexta]; e R$ 80 (Inteira) e R$ 40 (Meia) [Sábado e domingo]. Compra Online: pelo Sympla
Classificação: 14 Anos. Duração: 120 Minutos
***Passaporte 3X Tapa: Público assiste as 3 peças por R$ 90 reais
Link do Sympla: clique aqui
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FICHA TÉCNICA
Autor: Oduvaldo Vianna Filho. Direção: Eduardo Tolentino de Araujo. Elenco: Adriano Bedin (Morales), Bia Bologna (Grissa), Bruno Barchesi (Pablo Mariz / Diego) ), Caetano O’Maihlan (Hermano Arrabal / Manito), Camila Czerkes (Graziela, Fulvio Filho (Estrangeiro), Kiko Vianello (Perez y Mejia), Mauricio Bittencourt (Menandro) e Zécarlos Machado (Papa Highirte). Fotógrafo: Ronaldo Gutierrez. Desenho de luz: Wagner Pinto. Assistente de iluminação: Gabriel Greghi. Coreografias: Cassio Cöllares. Redes sociais: Felipe Pirillo (Inspira Teatro). Design gráfico da divulgação: Mau Machado. Coordenação de produção: Nando Medeiros e Rafaelly Vianna. Direção de produção: Ariell Cannal.
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